terça-feira, novembro 08, 2016
Experiências com outras culturas*
Eu tenho tido quatro experiências principais
com outras culturas e acho que aprendi muitas coisas de cada uma delas.
Minha primeira experiência foi com a cultura
canadense. Na universidade participei num intercambio e fui para a cidade de
Winnipeg, na província de Manitoba. Foi
também a primeira vez que saia do México. Gostei muito da cidade porque era um lugar muito grande, com muitos
parques, limpo e muito seguro. As pessoas não fecham as portas com chave e
gostam ter bandeiras em todos os prédios públicos e também nas casas.
Também gostei da pontualidade. Tudo chega e
passa na hora que está planejado. Nunca tive que esperar um ônibus porque
sempre chegava na hora, ou mesmo acontecia com as aulas, os almoços e os
jantares. As pessoas gostam da tolerância e há uma diversidade cultural muito
grande.
Todos esses aspetos positivos da cultura
canadense têm influído na minha personalidade e desenvolvimento individual e
profissional.
A segunda experiência com outra cultura foi
quando morei na França. Lá trabalhei como assistente de
língua espanhola. Gostei muito de seu amor pela arte, pela gastronomia e pelo vinho. Comer era todo um ritual que eles adoram. Também é uma sociedade que
ama muito a pontualidade, algo que para os mexicanos é difícil de fazer. As
pessoas são muito amáveis, mas precisamos tempo para fazer uma amizade
verdadeira.
À diferença dos canadenses, os franceses são um
pouco racistas. Eles falam sobre as origens das pessoas que conhecem. Isso é
algo que no México não fazemos muito e que tampouco era um tema de conversação
no canada.
Gostei muito de morar lá e conhecer todos esses
lugares bonitos e aprende sobre a arte.
Depois, comecei a trabalhar no Cinepolis. Os primeros dos anos não tive contato com outras culturas, mas ao terceiro ano mudei
de posição e tive
meu primeiro contato com a cultura indiana.
Trabalhar com os indianos foi muito difícil. As
culturas são muito diferentes e tampouco ajuda a diferença de horário. Temos 11 horas de diferença. Outra coisa que é
difícil: todo o tempo dizem sim. Não compreendo bem porquê, mas peço os
relatórios e dizem que sim, que enviam. Depois tive que mudar minha táctica e agora
peço os relatórios, mas digo o dia e a hora quando eles devem enviá-los.
Finalmente, comecei a trabalhar com os brasileiros. Eles tampouco são muito formais. Este ano estive lá durante três
semanas. Conheci um pouco mais sobre sua cultura. Eles amam a beleza física e
gastam uma grande quantidade de tempo fazendo esporte. Trabalham sim, mas sabem
que tem coisas mais importantes, como sua vida pessoal.
Posso dizer que estas quatro culturas tem feito uma
mudança na minha visão de mundo. Também
tem mudado meus objetivos pessoais e profissionais.
Acho que cada cultura tem muitas coisas boas e algumas
coisas que podem melhorar. É preciso que todas as pessoas possamos ter contato
com outras culturas porque só assim vamos viver num mundo mais tolerante e justo.
*Esau Camacho Vargas (México)
Nota editorial:
Este texto foi elaborado numa aula de Português, o autor é meu aluno no ITESM, Campus de Morelia.
terça-feira, outubro 25, 2016
A minha experiência com outras culturas, por Juan Manuel Tovar Ramírez
A MINHA EXPERIÊNCIA COM OUTRAS CULTURAS*
México
Dentro desta empresa eu tenho tido a oportunidade de trabalhar com pessoas diferentes de todas as partes do México. E aqui está o meu primeiro comentário: apesar de falar a mesma língua, as palavras não significam a mesma coisa no norte do que no centro ou no sul. E também as questões culturais são muito diferentes: no norte falam com dureza (parece que falam um pouco aos gritos ou batido), no centro é muito comum o uso de palavras em diminutivo e no sul as pessoas são mais submissas e silenciosas.
Outros países
Por outro lado, com a expansão da Organização, tive contato com os povos de: Guatemala, Honduras, El Salvador, Costa Rica, Panamá, Brasil, Colômbia, Peru, Chile, Espanha, Estados Unidos e Índia. Também através da formação tive contato com pessoas da Coreia do Sul, Inglaterra e Canadá.
Em primeiro lugar a forma de estar entre os países latino-americanos é muito semelhante, uma vez que eles têm uma origem comum, embora com a manta de retalhos de raças têm sido gerados muito diferentes padrões culturais. O povo da América Central têm uma forma de estar um pouco conformista e devido aos problemas nestes países, o seu sonho é emigrar para outros países como México, Estados Unidos, Canadá ou qualquer país europeu. O povo da América do Sul em geral são mais calorosos no seu tratamento.
Particularmente as pessoas da Colômbia são muito respeitadoras e sempre falam com respeito e não tuteiam [tratar por tu] ninguém apesar de ser conhecidas há muitos anos.
No Brasil, as pessoas são muito trabalhadoras e sempre proativas e quando tive relações com eles para diferentes projectos de formação, em um primeiro momento foi complicado de não conhecer a língua, mas ao aprender Português e Inglês, o tratamento tem-se tornado muito melhor e as coisas são muito mais evidentes quando se trata de questões laborais, além de que também se estreita laços de amizade. As pessoas do Peru são mais silenciosas e é difícil fazê-las participar, mas eles são responsáveis.
No caso do povo do Chile, são bastante felizes e têm um papel muito especial no tipo de trabalho: são bastante aplicados em ideias que são transmitidas e gostam sempre de ser informados de todos os projectos. No caso dos americanos, é um pouco mais complicado trabalhar com eles porque eles estão habituados a que sempre têm a razão e os temos de convencer de que o que está sendo proposto é a melhor opção.
No caso do Canadá, estão abertos para ouvir as opiniões e a ser tomadas em conta, independentemente de que não são semelhantes às suas ideias. Em especial eu tinha algum tratamento com pessoal da IMAX (cuja sede está no Canadá) e adaptaram muitas de suas ideias e formas de trabalho para fornecer um melhor serviço aos seus quadros da América Latina, particularmente do Cinépolis.
Com as pessoas da Coreia do Sul, as pessoas gostam de trabalhar muitas horas por dia (12 ou mais). No entanto, algo que me chamou a atenção foi que cada 45 minutos há uma pausa para fumar e deixar de fazer o que você está fazendo para poder sair a dar uma fumada. Praticamente todas as pessoas que eu conheci eram fumadores e que era algo que eu não tinha visto em qualquer parte do mundo. Por outro lado, tivemos de comunicar numa língua que não era nativa para eles (Coreano), ou a minha nativa (Espanhol), ou seja em inglês e isso gerou uma certa confusão quando não chegam a compreender cada outros perfeitamente.
As pessoas da Inglaterra são tranquilas, respeitadoras e cordiais no tratamento.
O caso mais especial que tenho enfrentado é com as pessoas da Índia. Em várias ocasiões temos tentado implementar alguns projectos (tais como o sistema de gestão da manutenção de equipamentos chamado Máximo de IBM) e fazem orelhas moucas às coisas que você pretende implementar. Mesmo em algumas reuniões onde estávamos a falar em inglês e não chegávamos a um acordo, eles começaram a falar na sua própria língua ignorando-nos completamente, o que é frustrante e desesperante. No entanto, há que ser paciente com eles porque eles são algo fechados.
Nota editorial:
Este texto foi elaborado numa aula de Português, o autor é meu aluno no ITESM, Campus de Morelia.
segunda-feira, outubro 24, 2016
Minha experiência trabalhando com outras culturas, de Sergio Garcia
Minha experiência trabalhando com outras culturas*
No ano 2012 eu coordenei o Projeto de
Digitalização dos Cinemas No México, América Central e América do Sul. Para
isso, eu tive que viajar a muitos países e trabalhar com pessoas de muitas
culturas diferentes. Foi interessante, mas difícil, especialmente quando
chegamos ao Panamá, porque a equipe de trabalho
tinha pessoas com origens variadas: os técnicos do fornecedor eram americanos,
dois técnicos de Cinépolis eram colombianos e o outro era peruano, as pessoas
do cinema eram locais (panamenhos) e eu, o líder do projeto, mexicano.
Os nossos técnicos (os colombianos e o peruano)
falavam um pouco de inglês, mas nunca gostavam de falar diretamente com os
americanos. Eles sempre vinham comigo e falavam dos seus problemas com os
americanos, queixavam-se muito, e eu então, juntava-os, e tentava entender as
diferenças que eles tinham, chegar a um acordo, e que todos voltassem a
trabalhar. A coisa funcionava bem algumas horas, mas depois, algum outro
problema acontecia. Por exemplo, numa ocasião, o colombiano veio comigo para
dizer que os americanos tinham “roubado” as suas ferramentas de trabalho. Os
americanos já tinham voltado ao seu hotel, então eu tive que chamá-los por
telefone, e eles, muito zangados, disseram que não foram eles.... Depois duma
longa investigação, descobri que um panamenho as
arrumou na despensa do cinema.
No final, pudemos completar os trabalhos no
prazo estabelecido, e não tivemos que fechar as salas do cinema nenhum dia, mas
decidi trocar completamente a maneira de trabalhar com os técnicos, deixando as
responsabilidades e as faculdades mais claras, e procurando que as diferentes
equipes falassem entre si, sem a necessidade de que eu estivesse sempre no
meio.
*Sergio Garcia (México)
Este texto foi elaborado numa aula de Português, o autor é meu aluno no ITESM, Campus de Morelia.
Minha experiência no mundo do trabalho, por Víctor Ponce de León
Minha experiência
no mundo do trabalho*
Ao longo do tempo tenho tido a oportunidade de
trabalhar com muita gente de diferentes países ao largo da América, a Europa e
na Ásia, todas as culturas são muito diferentes e é importante conhecer as
culturas deles. Dentro do México há muita diferença também da cultura, as
expressões não são as mesmas no Norte que no Sul e é muito engraçado ouvir o
contexto dessas dependendo de onde você fique.
Uma das primeiras experiências que tive com
pessoas do estrangeiro foi minha primeira entrevista de trabalho com os
coreanos eles disseram para mim “se você gosta de trabalhar 12 horas ou mais e
gosta de trabalhar baixo pressão este é seu lugar”. Obviamente não fiquei lá
porque isso não é vida.
Depois trabalhei com pessoas do Panamá, eles
são boas pessoas, mas não são tão dedicados a seu trabalho, gostam da festa e
eles têm um mês de férias depois de trabalhar um ano [no México, por lei, a generalidade dos trabalhadores tem direito a 6 dias].
O terceiro país onde trabalhei foram as
Honduras, um país muito trabalhador, mas eles têm um problema, a gente busca
sair para os Estados Unidos em vez de trabalhar lá, então há muita pobreza e
a gente não têm muitas aspirações para sobressair e ter uma melhor vida. São
pessoas conformistas e podem ficar em seus trabalhos toda a vida.
Agora trabalho perto de pessoas da Colômbia, do
Brasil, da Índia, da Espanha, do Chile e dos Estados Unidos e todos têm
diferentes formas de fazer as coisas, cada país tem suas vantagens e
desvantagens por exemplo, as pessoas mais responsáveis são do Brasil, depois as
pessoas da Costa Rica.
As pessoas da Índia são as mais desorganizadas,
você tem de tratá-los mal para que façam as coisas e gritar para eles. Os
americanos têm sua forma de fazer as coisas e eles não vão trocar para nada e
isso quando trabalhas com eles esperando algo é muito difícil que eles o façam.
*Víctor Ponce de León (México)
Nota editorial:
Este texto foi elaborado numa aula de Português, o autor é meu aluno no ITESM, Campus de Morelia.