fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

domingo, junho 28, 2009

Concerto dos Xutos e Pontapés em Vila Velha de Ródão


 

 

 

Imagens do concerto dos Xutos & Pontapés em Vila Velha de Ródão, no recinto da Senhora da Alagada, esta noite, no âmbito da "XIII Feira das Actividades Económicas de Vila Velha de Ródão". 

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sábado, junho 27, 2009

Colóquio sobre Arqueologia e Geologia em Vila Velha de Ródão


A Carta Arqeológica de Vila Velha de Ródão foi apresentada durante o colóquio.
É um trabalho da responsabilidade de Francisco Henriques, João Carlos Caninas e Mário Chambino (todos da AEAT)

Mesa do colóquio durante o encerramento do mesmo, da esquerda para a direita: Dr. Luís Raposo (Director do Museu Nacional de Arqueologia), Dr. Fernando Real (IGESPAR), Dra. Maria Alzira Serrasqueiro (Governadora Civil de Castelo Branco), Dra. Maria do Carmo Sequeira (Presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão), Dr. António Martinho Baptista (Parque Arqueológico do Vale do Côa), Prof. Dr. João Pedro e Cunha (U. Coimbra) e Dr. Francisco Henriques (AEAT).

Durante a comunicação do Dr. Luís Raposo, Director do Museu Nacional de Arqueologia.


Na mesa, durante a sessão de abertura, da esquerda para a direita: Dr. Luís Raposo (Director MNA), Dr. Fernando Real (IGESPAR), Dra. Maria do Carmo Sequeira (Presidente CMVVR), Dr. Helder Catarino (Coord. AEAT) e Prof. Dr. Pedro Proença e Cunha (U. Coimbra)

Vista parcial da assistência.

Realizou-se ontem o Colóquio "Arqueologia e Geologia em Ródão", no magnífico espaço da Casa de Artes e Cultura do Tejo (CAC TEJO), em Vila Velha de Ródão, 26 de Junho de 2009, 1com início pelas 14.00h. A organização esteve a cabo da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão e da Associação de Estudos do Alto Tejo.

Da pergunta que colocámos, sobre o desaparecimento do tronco fóssil situado em Perais (VVR) -  identificado como um dos 16 geomonumentos do Geopark Naturtejo - e sobre o que está a ser feito para a situação não se repita, obtivemos uma resposta clara e pela primeira vez esclarecedora: não foi roubado e sim vendido, descobriu-se o rasto rele em Espanha e voltou a "desaparecer." A hipótese tinha sido colocada, no entanto ainda não tinha sido afirmado de maneira tão clara. 
Para culminar esta questão e a título de apelo à seriedade, já vai sendo hora de se retirar este geomonumento da rota do Geopark Naturtejo, uma vez que já não está lá! Não concordam?

Uma nota pessoal, para referir o nosso apreço pelo trabalho cultural e científico da AEAT, com um especial abraço para: o Dr. Jorge Gouveia, o Dr. Francisco Henriques e o Dr. Helder Catarino (todos da AEAT), para as colegas da Carta Patrimonial, representando a autarquia de Ródão, a Dra. Graça Baptista e a Eng. Raquel Lopes e para a Dra. Maria do Carmo Sequeira, sempre uma excelente anfitriã. É sempre um prazer reencontrá-los. Por último, não me canso de referir, especial abraço para quem nos motivou para a arqueologia e nos iniciou nos trabalhos arqueológicos, o nosso Professor, o Dr. Luís Raposo.
Aos "companheiros de jornada", colegas, amigos, tertulianos, homens de cultura e cidadãos activos, António Dionísio e António Paula, "aquele abraço".
A Casa Comum das Tertúlias não deixará de divulgar o trabalho desenvolvido pela AEAT, seja em tertúlias, como a apresentação dum número da AÇAFA (como já fizemos), seja na blogosfera.

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sexta-feira, junho 26, 2009

Inauguração da Biblioteca Municipal de Castelo Branco





No antigo edifício da Biblioteca Municipal "Dr. Jaime Lopes Dias" de Castelo Branco
[fotografia nossa de 29/06/2009; dedicada a todos os que esquecem o nome da nossa biblioteca]


A Biblioteca Municipal "Dr. Jaime Lopes Dias" de Castelo Branco será inaugurada no próximo domingo, 28 de Junho de 2009, pelas 15h 30m, pelo Sr. José Sócrates, actual Chefe de Governo.
(instalada no novo edifício e aberta desde 2007, a inauguração é apenas simbólica)

O Primeiro-ministro José Sócrates inaugura, no próximo domingo, a Biblioteca Municipal de Castelo Branco e o novo centro cívico da cidade albicastrense, requalificado ao abrigo do Programa Polis. Segundo apurámos, a inauguração daqueles dois espaços está agendada para as 15H30, seguindo-se uma intervenção do Primeiro-ministro em frente à biblioteca.
A inauguração dos espaços requalificados pelo Polis acabam por ser um acto simbólico, já que aquele programa teve início quando o actual Primeiro-ministro tutelava a pasta do ambiente. Aquelas obras são também uma marca do actual presidente da autarquia Joaquim Morão, que conseguiu requalificar o centro cívico, prosseguindo depois essa lógica de requalificação noutras zonas da cidade. A própria biblioteca municipal é hoje apontada como uma referência nacional
[Quem disse? A IFLA, a APBAD, a Biblioteca Nacional, a UNESCO??? O jornalista João Carrega, autor do excerto da notícia? Quem mandou a nota de imprensa via autarquia? O Gabinete do PM? O Ministro da Cultura?] e uma das mais modernas do país.
(João Carrega, "Reconquista", 25 de Junho de 2009)

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quinta-feira, junho 25, 2009

Braunie Oliana Bundinha de Cachacha: Entre a Memória Oral e Culpa da Carochinha no Livro de Cozinha de Maria de Lurdes Modesto entre os Riscos de Coca

Autora : Braunie Oliana Bundinha de Cachacha

Júri: Professora Doutora Micas Cocha Rainha da Madragoa ( Universidade Portuga, presidente e orientadora) e Professora Doutora ILusão Òptica Marada de Chamon ( Universidade da Carrapeta , arguente e orientadora ) , Macaco Adriano Cor de Burro Quando Foge ( arguente, Universidade da Carrapeta )
Doutoramento : Letras ( História Contemporânera)
Data da Defesa : 66 de Fevereiro de 333

Na nova tendência da historiografia Braunie Oliana Bundiñha de Cachacha decidiu apresentar um volume curioso nas memórias orais das suas avós : A Memória Oral e Culpa de Carochinha .
Na apresentação deste trabalho a autõra dividiu-o entre a crença da inocência e a culpa da Carocinha ( personagem Infantil que passa de heroína a vilã na obra de Monteiro Lobato ) Braunie Oliana é descente em linha colateral da boneca Emília de Rabicó e definiu a Dona Caroca como uma possível criminosa nos atentados europeus para obter dinheiro para snifar Coca . No segundo capítulo e em jeito de confissão na esquadra de polícia são definidas as linhas mestras : Será carochinha a assassina de João Ratão ? Acrescente-se que o livro de culinária de Maria de Lurdes Modesto foi apresentado como prova de venda de cocaína .
No livro de memórias que Braunie Oliana escreveu afirmou "É uma forma de emagrecer , disse Carochinha .No próximo ano penso ser modelo de Luís Bucinho .

domingo, junho 21, 2009

Colóquio sobre Arqueologia e Geologia em Vila Velha de Ródão


Colóquio "Arqueologia e Geologia em Ródão"


Casa de Artes e Cultura do Tejo (CAC TEJO)

Vila Velha de Ródão

26 de Junho de 2009

14.00h


Já este ano aconteceu uma inciativa semelhante em Oleiros, conjugando a Arqueologia e a Geologia, também com a AEAT na organização, tal como aquele colóquio, certamente este valerá igualmente a pena.

Organização:
Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão
Associação de Estudos do Alto Tejo

Mais:
Associação de Estudos do Alto Tejo
Tlm: 96 140 63 11
e-mail: altotejo@gmail.com
http://www.altotejo.org

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sexta-feira, junho 19, 2009

Mil enganos, mil imagens

Mais uma vez me enganei ou a memória me fez assim. O nome da haker do romance da terça feira passada chamava Solander e não LIsander, mas isso é um retrato de quem anda à chuva. Coisa que se passou na passada segunda feira e porque estamos numa de países frios, hoje decidi escrever-vos sobre uma colecção que está a decorrer no Brasil escrito por dezasseis escritores e cada um deles escreve numa cidade. O autor que vos vou falar hoje escolheu Moscovo e está inserido na colecção Amores Expressos. Publicado em Portugal pela Cotovia, o novo romance de Bernardo Carvalho lançado este ano na Feira do Livro. Traça uma novidade nos livros de Bernardo Carvalho. Bernardo até então escrevia na primeira pessoa, neste último optou por uma nova linha, dizendo que se sentia mais livre e pensaria de uma outra forma. A história passada na União Soviética é um reencontro com a sua actividade profissional de carreira a de jornalista de investigação. A história de dois rapazes um abandonado à sua sorte num quartel e outro ladrão que se encontra e surge uma amizade muito especial entre os dois. Esta amizade mais parece ter saído do catálogo de linha em tons bejes e frios da cidade de mil enganos e mil imagens em tons de rosa-choque da Ilga Portugal. Por hoje não me alongo mais. Um romance que se lê de um fôlego para quem gosta de policiais. Não se esqueçam da Lisabet Solander ela anda por aí. Foi talvez ela que me deu estas dicas para hoje. Um abraço para todos vocês. Até breve.

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terça-feira, junho 16, 2009

O rapaz que sonhava com um policial frio

Isto de escrever tem muito que se lhe diga. Pois é o último texto ficou com muita coisa por dizer. Hoje escrevo um notório pedido de desculpas e falar-lhes de um dos últimos livros que escrevi. "A rapariga que sonhava com uma lata de gasolina" é o segundo volume da trilogia Milenium. Trata-se sem dúvida de um dos policiais suecos mais desejados dos últimos tempos e que se tiverem tempo para as férias aconselho-vos a ler também o primeiro "Os Homens que odeiam as mulheres" que se lê de um fôlego, este último apesar de ser tão interessante porque se centra também na revista jornalistica Milenium traça a continuação dos acontecimentos do jornalista de investigação Mikael Blumkavist e da haker mais famosa Lisabet Lisander e da acusação que lhe é movida por todos quando são decobertos dois corpos de um casal uma cientista social e um jornalista que investigavam o mesmo tema. O livro traça dois lados o da investigação policial. A luta de Mikael em apurar a verdade que traça mais ou menos "A rapariga que sonhava com luta de gasolina e uma caixa de fósforos ". Para quem quiser saber o resto já sabe, basta ler o livro e descobrirá algumas dicas que o livro tem na capa. Cada volume tem algumas partes em títulos como se fosse a revista Milenum. E fiquem já a sonhar com famosa caixa de fósforos e do policial que veio afinal de um país frio.

domingo, junho 14, 2009

Passeio à Judiaria de Castelo Branco: breve reportagem



Cartaz do passeio



À partida, em frente ao Tribunal, com presença do Sr. Joaquim Morão,
Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, o qual acompanhou todo o passeio







Decorreu esta manhã, por iniciativa da Delegação Distrital da Ordem dos Arquitectos, em colaboração com o Centro Artístico Albicastrense, pelas 9h45m, um passeio cultural à Judiaria de Castelo Branco, na Zona Histórica da cidade.
Segundo os promotores:
A iniciativa surge na sequência da descoberta dos limites, zona de expansão e porta da Judiaria de Castelo Branco. O passeio é guiado e comentado pelo Arquitecto José da Conceição Afonso, que, ultimamente, tem dedicado grande parte do seu tempo à investigação sobre a presença dos judeus em Castelo Branco e na Beira Interior.
O ponto de encontro do passeio é junto à estátua de Amato Lusitano, na Praça do Município, e os participantes irão ter a oportunidade de conhecer a história e vestígios da judiaria nas Ruas D’Ega, Caquelé, Misericórdia, Muro, entre outras.

O Arquitecto José Afonso não se cansou de defender, durante todo o passeio, o muito que está por estudar e que é necessário mais trabalho arqueológico.
Aqui fica o sublinhado, no entanto ficámos sem perceber a quem apelava o ex-responsável regional pelo IPPAR.

Mais:
http://oa-castelobranco.org/docs/noticias.php?idNoticia=17
http://www.catedra-alberto-benveniste.org/_fich/15/Castelo_Branco-_Mapa_da_Judiaria-Correspondencia_ao_Duarte-dArmas.jpg

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terça-feira, junho 09, 2009

Para uma história breve... basta investigar

Hoje venho falar-vos de um novo empreendimento na minha vida e do reencontro com a história local. Certamente cada de vós já se deu conta a degustar os vinhos da vossa região, mas nem sempre se sabe como é que eles surgiram. De há alguns anos para cá uma vertente históiográfica centrou-se na dinamização de uma outra história. A história do vinho talvez seja por isso redescobrir as aventuras e as velhas histórias daqueles que um dia faziam a vindima, pisavam-na... Esta história pode ser a de muitos nós que tinha uma história caseira e talvez não se dê conta a história do vinho. Desde há algum tempo que vejo a olhar para a história recente e a história do nosso país carece de estudos nesse sentido, mas já vão surgindo alguns fenómenos tais como os trabalhos de Carla Sequeira Ferreira "A questão dureinse e o movimento dos Paladinos, 1907-1932" (2002_Prémio Fundação Mário Soares, o trabalho de Maria Dulce Freire Produzir e Beber. A Vinha e o Vinho no Oeste (1929-1939), Dissertação de Mestrado em 1997 na Faculdade de CIências Sociais e Humanas e mais recentemente Acção e Património da Junta Nacional do Vinho 1937-1986", de Maria da Conceição Freire de Brito Pereira. Nesse sentido encontra-se um vazio com a eno-história e daquilo que já foi feito. Em 2006 colaborei num trabalho sobre as Vinhas e os Vinhos da região de Cascais e aí diante de uma imensidão de documentos desbrava-se a história local, uma parte imensa que vinha fazer juz à história dos cusumes, das suas lutas e partilhas como em todos os documentos. Agora espera-se uma nova luta, aquela a que história regional padece de investigadores que se debrucem sobre a história do vinho da sua região. Raras são as vezes que depois de degustarmos um bom vinho seja proporcionado ou recordado uma breve investigação para que de melhor se saiba Baco se tenha tornado o inimigo dos portugueses, mas uma coisa é certa é lá do estrangeiro todos se recordam de Portugal. Não é por caso que uma das personagens de o Crime e Castigo esteja a beber o famoso vinho de Cascais. Outras histórias se centram no famoso vinho do porto, em romances ingleses e de outras nacionalidades se centram em pequenas preciosidades. Mas sabermos a sua história é outro caminho que devemos fazer... para preservar a sua longa e curta história que teima em desaprecer. Ou será que todos nós seremos vítimas de histórias breves? Ou será mais uma resdescoberta para a História?

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Inauguração do Centro de Interpretação - Moagem do Centeio e da exposição temporária "What happened in the 90's summers"

O catálogo...



O convite...





Inaugura amanhã de manhã, 9 de Junho de 2009, pelas 11h 45 (parece horário escolar...), o Centro de Interpretação - Moagem do Centeio e da exposição temporária "What happened in the 90's summers", no Fundão, n'A Moagem - cidade do engenho e das artes.

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segunda-feira, junho 01, 2009

Joaquim Furtado participa em Idanha-a-Nova num encontro com alunos sobre a Guerra em África*


Os alunos dos sextos anos...

e os alunos dos nonos e Secundário.

Prof. Carmo (pelo Conselho Executivo), Joaquim Furtado (convidado), Ana Paula (testemunha/vítima da Guerra), Profa. Elisabete Cristóvão (docente Dep. de Ciências Socias e Humanas), Profa. Helena Lopes (docente Dep. Ciências Socias e Humanas) e Prof. Luís Norberto Lourenço (coordenação das actividades; docente Dep. Ciências Socias e Humanas).

Escola EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro do Agrupamento de Escolas de Idanha-a-Nova recebeu na passada sexta-feira, 29 de Maio de 2009, uma palestra sobre "A Guerra em África (1961-1974)" contando com a  presença de Joaquim Furtado (jornalista da RTP; ex-Director de Informação da RTP; autor da série documental "A Guerra"), de alguns familiares de alunos que viveram neste período em África ou lá combateram, com a presença de turmas do 6.º ano, do 9.º e Secundário, dividida em duas partes, dum representante do Conselho Executivo, pelos professores envolvidos na organização da palestra e ainda de alguns funcionários.
De assinalar a presença inesperada dum cidadão que combateu em África, na Guiné Bissau, relatando o que viu e o que sentiu, nomeadamente, o choque, quando percebeu que a realidade guineense era bem diferente da propaganda colonial, verificando o atraso daquela Província Ultramarina (Colónia), o qual 400 anos de colonização não tinham atenuado, investindo (em estradas e em vários equipamentos) mais Portugal em 13 anos de Guerra, do que durante vários séculos, referindo que quase ninguém falava português, ao passo que no Senegal quase todos falavam francês.
Tocante o testemunho de duas alunas e de uma familiar (Ana Paula), a quem se agradece a presença e o testemunho.
A iniciativa procurou fomentar o debate sobre o tema, sabendo que a época histórica em questão é recente, não se pode deixar de abordar o tema, ainda que se saiba que falte o necessário distanciamento, se bem que se ganhe pelo facto de se poder trazer aos alunos os testemunhos vivos dos intervenientes duma dada época.
O tempo da guerra, os soldados mobilizados, os mortos (as viúvas, os órfãos...), os feridos, os "retornados", os emigrantes que fugiram da guerra (da morte, da probreza que agravou e da revolta que gerou), aqueles que jamais a deixarão de viver (vítimas de stress pós-traumático de guerra), as despesas com a guerra, as oportunidades perdidas de uma paz negociada mais cedo, o 25 de Abril e a descolonização... tudo isto esteve em cima da mesa.
A Joaquim Furtado, natural de Panamacor, filho desta nossa Beira, um desejo: VOLTE SEMPRE.

Esta palestra foi o culminar de um ciclo de iniciativas, a saber:
  • Palestra sobre “A Guerra em África (1961-1974)”, com Joaquim Furtado (jornalista da RTP; autor do documentário “A Guerra”), com testemunhos de familiares de alunos que viveram ou combateram em África durante este período – 29 de Maio de 2009 – Escola EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro de Idanha-a-Nova, Sala 3A, das 13h55/14h40 (9.º ano e Secundário) e das 14h50/15h35 (6º ano)
  • Exposição Documental “A Guerra em África (1961-1974)” – 18 a 29 de Maio de 2009 – Biblioteca Municipal de Idanha-a-Nova
  • Mostra Documental “A Guerra em África (1961-1974)” – 25 a 29 de Maio de 2009 – Biblioteca da EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro de Idanha-a-Nova
  • Exposição de Trabalhos de Alunos “A Guerra em África (1961-1974)”– 18 a 29 de Maio de 2009 – Biblioteca Municipal de Idanha-a-Nova.
A iniciativa foi proposta por Luís Norberto Lourenço no Departamento de Ciências Sociais e Humanas da Escola e ao Conselho Executivo, levada por este Departamento ao Conselho Pedagógico, aprovada e levada a cabo.

Damos a palavra aos alunos:
A senhora Ana Paula quando aconteceu a guerra tinha 4 anos e um dia um grupo chamado "FNLA" invadiram a casa dela. Ela nunca esquecerá esse dia. (João Ferrer)
No dia 29 de Maio de 2009 realizou-se uma palestra sobre a GUERRA EM ÁFRICA que foi contada pelo Sr. Joaquim Furtado que é jornalista da RTP. O Sr. Joaquim Furtado falou-nos sobre o que aconteceu, o que sofreram e o que sentiram quando estavam presentes na guerra da África. Havia lá um cidadão que combateu na Guerra da África na Guiné Bissau. Quando o Sr. estava a falar vi que as mãos estavam a tremer. Será que é por causa dos nervos e o sofrimento que viveu na guerra ou é da idade? No fim pedimos "quase todos" um autógrafo ao Sr. Joaquim Furtado. Esta palestra foi organizado pelo professor Luís Norberto, realizou -se às 13:55/15:35. Na minha opinião acho que o que eles contaram foi interessante e as palavras, as frases que a testemunha Ana Paula disse foi triste. Eu gostei da palestra. (Shivani Dilipcumar)
E.B. 2/3 C+S José Silvestre Ribeiro. Na 6º-feira dia 29 de Maio de 2009, na nossa escola, houve uma palestra sobre a guerra colonial onde participou Joaquim Furtado um jornalista da "RTP"e Ana Paula uma senhora que relatou a sua história. Joaquim Furtado veio falar-nos como passou a sua vida na guerra colonial, fizemos muitas perguntas. O Shivam fez uma pergunta que naquela altura da guerra colonial não se podia fazer, essa pergunta era se o Joaquim Furtado era contra Salazar, Joaquim Furtado explicou que naquela altura não se podia falar de política, não havia liberdade. Em seguida foi a vez de Ana Paula contar a sua história quando tinha 4 anos a mãe morreu em africa e o pai foi obrigado a ir à guerra e ficou com problemas por causa da guerra, a história dela era muito triste, eu até tenho pena dela coitada, alguns alunos do 6º e 8º ano fizeram-lhe perguntas. Quando acabou a palestra alguns alunos foram pedir autógrafos a Joaquim Furtado e a Ana Paula. E eu gostei da palestra!!!!! (Sofia Mascarenhas)
Eu achei a palestra de 6º feira sobre a guerra colonial interessante e aprendi coisas que não sabia, é o que se faz nas palestras! O que mais gostei foi do testemunho da senhora que estava ao lado esquerdo do Prof. Luís Norberto Lourenço. Onde ela contou que aos 4 anos em África mataram a sua mãe. Enquanto ela e a sua irmã que por sinal era mais velha tentavam sobreviver. Recordo-me de ela ter dito que a mãe foi morta por um "gang" [guerrilheiros da UPA/FNLA] que residia ali. Tanto ela como a sua irmã foram entregues ao chefe do "gang" [Holden Roberto] e depois encaminhadas para Portugal, a fim de serem adoptadas. Na 6º feira eu e amigos perguntamos ao Sr. Joaquim Furtado, porque razão a guerra se chamava guerra do ultramar. E ele respondeu que era por os territórios portugueses em África eram conhecidos por territórios ultramarinos. E foi assim a palestra com o Sr. Joaquim Furtado. (Ana Rafaela)
O professor Luís Norberto Lourenço convidou o jornalista Joaquim Furtado para dar uma palestra sobre a Guerra em África, falou de Angola Guiné-Bissau e Moçambique. Disse que quem governava Portugal era Salazar. Designa-se por Guerra Colonial, ou Guerra do Ultramar, o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Ouve um massacre da população. O inimigo matou muitos soldados e cidadãos. As frentes do inimigo começaram a avançar e os nossos aliados a recuar. Mas passado algum tempo de aguentar aí o inimigo, chegaram reforços e começaram a avançar outra vez. Esta guerra durou muitos anos desde 1961 a 1974. Porque o inimigo avançava e matava os nossos homens e vice-versa. Durando deste modo todos estes anos. Os alunos também fizeram algumas perguntas sobre a guerra. Porque é que começou a guerra? A Guerra Colonial começou porque as colónias queriam a independência e Salazar recusou-se a dar-lhes. Falou também uma senhora que viveu em Angola no tempo da guerra. A senhora disse que: Os guerrilheiros da FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) entram pela casa da senhora e destruiu-lhe a casa, mataram a mãe da senhora e levaram a senhora e o pai. Quando lá chegaram, o chefe passado algum tempo mandou soltá-los. Passou a viver ela e o pai. Estava também na palestra um senhor de cor. Ele disse que durante a guerra, estava a combater, um dos seus colegas levou com uma granada e morreu. Este senhor também foi ferido, mas aguentou-se. Ele não gostou da guerra porque muitos dos seus amigos morreram lá. (José Fonseca)
Na passada sexta-feira (dia 29 de Maio), veio à escola para dar uma palestra sobre a guerra colonial um jornalista chamado Joaquim Furtado (pai da famosa Catarina Furtado). Estarão certamente a pensar porque foi este o jornalista escolhido para falar abertamente sobre este assunto e, eu dou-vos a resposta: este jornalista escreveu um documentário e já fez muitas entrevistas sobre este tema e aceitou o convite que a nossa escola lhe propôs. Além deste senhor, vieram mais pessoas para testemunhar a sua presença nesta guerra. Entre todas elas (as testemunhas), houve uma que me chamou mais a atenção. Foi uma senhora que nos contou como ela viveu a guerra quando tinha apenas 4 anos. Contou-nos que um certo dia, uns homens entraram-lhe em casa, mataram-lhe mãe e raptaram-na a ela e à sua irmã. Esses homens trataram delas e quando chegou a altura, libertaram-nas. Uma outra história que também foi bastante interessante foi a dum senhor que nos contou como foi viver a guerra sendo-se soldado a combater na Guiné. O tema desta palestra foi a guerra colonial, como já referi, por isso, falámos de todos os assuntos que estavam relacionados com este tema, como por exemplo, quem começou a guerra, como acabou… Uma coisa que não posso deixar de referir é que todos os jovens, quando completassem 18 anos, eram obrigados a ir combater para a guerra. Para finalizar este texto, falta-me referir que esta guerra começou em 1961 e acabou em 1974, ou seja, durou 13 anos, o que foi um grande sofrimento para todas as populações que tinham família a combater em África. Espero que tenham gostado do texto, e até para a próxima! (Rita Baptista)
Joaquim Furtado – a palestra. Na passada sexta – feira, dia 29 de Maio, pelas 15horas, veio à escola um jornalista chamado Joaquim Furtado. Esse senhor, veio dar uma palestra sobre a guerra colonial ou da libertação. Com ele encontravam-se duas pessoas que vieram dar o seu testemunho, ou seja, contar-nos o que viveram naquela época. Uma das pessoas que se encontrava naquela sala chamada Ana Paula, e contou-nos que tinha perdido os seus pais num atentado do FNLA. Pois nessa altura, tinha ela quatro anos e por acaso o grupo do FNLA, que tinha provocado o homicídio, a tinha levado a seu líder que fez com que fosse levada ate ao governo português. De seguida, Joaquim Furtado, começou a explicarmo-nos as razões que levaram a guerra a decorrer-se, o porque de nome que lhe deram, as razões que levaram Portugal a participar nessa guerra, o que tinha decorrido em outros países como em Moçambique, Angola… Sinceramente, nós gostamos muito daquela palestra, não só por gostarmos de assuntos relacionados com a guerra como também adorarmos os testemunhos das outras pessoas, que viveram naquele tempo e que sentiram o que era a guerra na realidade. Nós adoramos esta palestra e gostaríamos de voltar a ouvir as palavras e os sentimentos que nelas estavam iminentes. Esperemos voltar a ver o jornalista Joaquim Furtado e ouvir mais experiências que ele viveu. Ex: 25 de Abril (João Augusto e João Gonçalo)
No dia 29 de Maio de 2009, o jornalista e autor do documentário “A Guerra” [RTP1], Joaquim Furtado, foi à escola EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro que fica em Idanha-a-Nova. O jornalista deu duas sessões, a primeira para os nonos anos e secundário e a segunda foi para os sextos, mas houve uma turma do oitavo ano que acabou por assistir. As palestras foram sobre a “Guerra Colonial”. A palestra foi organizada pelo professor Luís Norberto Lourenço (professor de História e Geografia de Portugal) e assistiram também as professoras Elisabete Cristóvão e Helena Lopes. Eu assisti à segunda sessão. Nesta sessão estavam duas testemunhas da guerra: um antigo militar (combatente português na Guiné-Bissau) e um civil, a D. Ana Paula que foi vítima da guerra, em Angola. Pelo que alguns alunos do 9.º A dizem, houve uma aluna, a Ana Rita Gil, que deu o seu testemunho, porque o seu tio morreu naquela guerra. O jornalista começou por perguntar o que é que os alunos sabiam sobre a guerra. Alguns responderam, outros não. Depois o Joaquim Furtado fez uma pergunta à qual iria responder e começar a história, a pergunta foi: “Porque é que a guerra começou?”. Começou a dar o seu testemunho e quando acabou de contar o que sabia houve um militar que contou o que realmente se tinha passado. Contou sobre o quanto sofriam os militares e as outras pessoas, que havia muita gente que era obrigada a ir para a guerra. Depois tivemos o testemunho de uma senhora [Ana Paula] que perdeu a mãe na guerra. Os militares [guerrilheiros da UPA/FNLA] entraram-lhe pela casa dentro e deram um tiro na mãe. (Notava-se que ainda não tinha recuperado muito). Eu gostei da palestra e achei interessante, aprendi algumas coisas (muitas). (Eduarda Mateus)
Eu gostei da palestra, aprendi coisas novas e aprofundei coisas que o meu tio [militar em África durante a Guerra] me ensinou. Gostei imenso de conhecer o senhor o Senhor Joaquim Furtado ao vivo e foi muito simpático da parte dele ter-nos aturado e partilhado o que ele explorou e aprendeu. [Joana Robalo]

Apoio:
Biblioteca da Escola EB 2,3/S José Silvestre Ribeiro de Idanha-a-Nova
Biblioteca Municipal de Idanha-a-Nova

*Capítulo da nossa História conhecido por diversos nomes: "Guerra Colonial Portuguesa", "Guerra do Ultramar", "Guerra de Libertação", "Guerra da Independência", "Guerra em África"... optamos por uma das designações academicamente aceites e pelo termo mais neutral.

NOTA:
As exposições ainda estão visitáveis.

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