fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

terça-feira, junho 09, 2009

Para uma história breve... basta investigar

Hoje venho falar-vos de um novo empreendimento na minha vida e do reencontro com a história local. Certamente cada de vós já se deu conta a degustar os vinhos da vossa região, mas nem sempre se sabe como é que eles surgiram. De há alguns anos para cá uma vertente históiográfica centrou-se na dinamização de uma outra história. A história do vinho talvez seja por isso redescobrir as aventuras e as velhas histórias daqueles que um dia faziam a vindima, pisavam-na... Esta história pode ser a de muitos nós que tinha uma história caseira e talvez não se dê conta a história do vinho. Desde há algum tempo que vejo a olhar para a história recente e a história do nosso país carece de estudos nesse sentido, mas já vão surgindo alguns fenómenos tais como os trabalhos de Carla Sequeira Ferreira "A questão dureinse e o movimento dos Paladinos, 1907-1932" (2002_Prémio Fundação Mário Soares, o trabalho de Maria Dulce Freire Produzir e Beber. A Vinha e o Vinho no Oeste (1929-1939), Dissertação de Mestrado em 1997 na Faculdade de CIências Sociais e Humanas e mais recentemente Acção e Património da Junta Nacional do Vinho 1937-1986", de Maria da Conceição Freire de Brito Pereira. Nesse sentido encontra-se um vazio com a eno-história e daquilo que já foi feito. Em 2006 colaborei num trabalho sobre as Vinhas e os Vinhos da região de Cascais e aí diante de uma imensidão de documentos desbrava-se a história local, uma parte imensa que vinha fazer juz à história dos cusumes, das suas lutas e partilhas como em todos os documentos. Agora espera-se uma nova luta, aquela a que história regional padece de investigadores que se debrucem sobre a história do vinho da sua região. Raras são as vezes que depois de degustarmos um bom vinho seja proporcionado ou recordado uma breve investigação para que de melhor se saiba Baco se tenha tornado o inimigo dos portugueses, mas uma coisa é certa é lá do estrangeiro todos se recordam de Portugal. Não é por caso que uma das personagens de o Crime e Castigo esteja a beber o famoso vinho de Cascais. Outras histórias se centram no famoso vinho do porto, em romances ingleses e de outras nacionalidades se centram em pequenas preciosidades. Mas sabermos a sua história é outro caminho que devemos fazer... para preservar a sua longa e curta história que teima em desaprecer. Ou será que todos nós seremos vítimas de histórias breves? Ou será mais uma resdescoberta para a História?

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