fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

quarta-feira, maio 06, 2009

Adeus Vasco Granja

Por vezes certas pessoas mudam a nossa vida e o nosso pensamento, mesmo que seja de longe. Vasco Granja apresentou anos a fio um tipo de desenhos animados que já não vemos, porque o universo também mudou. Agora podia ser que ele aparecesse virtualmente dando sugestões e apresentando determinados jogos de computador. Todos vocês que me estão a ler sabem bem disso, até já não escapamos aos anúncios da televisão de que não podes viver sem ela. E antes como era? Podemos falar nesta crónica de que Portugal e os desenhos animados se apresenta antes e depois dos desenhos animados apresentados. Eu via religiosamente via pela televisão aqueles nomes enormes que diziam ser lá da Europa do Leste, havia um que eu adorava especialmente o do menino que desenhava coisas que se podiam realizar. Hoje com a sua morte e com a sua ausência já não poderei ver mais esses desenhos diferentes tão próximos das ilustrações de livros infantis que o meu sobrinho manuseia e se inspira para desenhar. Será que alguma vez ele saberá como eram os desenhos animados quando os seus pais e os seus tios eram pequenos? Talvez através da máquina devoradora dos dvds mas não poderá descobrir o menino dolápis de cor que poderia fazer-nos recuar para trás e revivermos todas as aventuras esquecidas. Por tudo isso Vasco Granja é daquelas pessoas que aparecia todasa as sextas-feiras religiosamnete, o que para mim era um abenção , era muito mais interessante do que aquele homem vestido de branco falando-nos de um outro que morreria por nós. Tudo isso me chateava, mas ver os desenhos animados. Poderia ser Vasco Granja o meu padre confessor? Melhor do que nos mandar rezar dez pais nossos, o acto de contrição e dizer "Vai meu filho e não voltes a pecar ". Eu não percebia nada de óstias, nem de todas as outras coisas, mas dos desenhos animados do Vasco Granja sim. Percebia as histórias curtas e eternecedoras. Por tudo isto posso dizer, com pesar. Até sempre, Vasco Granja.

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