Experiências com outras culturas, de Esau Camacho Vargas
Experiências com outras culturas*
Eu tenho tido quatro experiências principais
com outras culturas e acho que aprendi muitas coisas de cada uma delas.
Minha primeira experiência foi com a cultura
canadense. Na universidade participei num intercambio e fui para a cidade de
Winnipeg, na província de Manitoba. Foi
também a primeira vez que saia do México. Gostei muito da cidade porque era um lugar muito grande, com muitos
parques, limpo e muito seguro. As pessoas não fecham as portas com chave e
gostam ter bandeiras em todos os prédios públicos e também nas casas.
Também gostei da pontualidade. Tudo chega e
passa na hora que está planejado. Nunca tive que esperar um ônibus porque
sempre chegava na hora, ou mesmo acontecia com as aulas, os almoços e os
jantares. As pessoas gostam da tolerância e há uma diversidade cultural muito
grande.
Todos esses aspetos positivos da cultura
canadense têm influído na minha personalidade e desenvolvimento individual e
profissional.
A segunda experiência com outra cultura foi
quando morei na França. Lá trabalhei como assistente de
língua espanhola. Gostei muito de seu amor pela arte, pela gastronomia e pelo vinho. Comer era todo um ritual que eles adoram. Também é uma sociedade que
ama muito a pontualidade, algo que para os mexicanos é difícil de fazer. As
pessoas são muito amáveis, mas precisamos tempo para fazer uma amizade
verdadeira.
À diferença dos canadenses, os franceses são um
pouco racistas. Eles falam sobre as origens das pessoas que conhecem. Isso é
algo que no México não fazemos muito e que tampouco era um tema de conversação
no canada.
Gostei muito de morar lá e conhecer todos esses
lugares bonitos e aprende sobre a arte.
Depois, comecei a trabalhar no Cinepolis. Os primeros dos anos não tive contato com outras culturas, mas ao terceiro ano mudei
de posição e tive
meu primeiro contato com a cultura indiana.
Trabalhar com os indianos foi muito difícil. As
culturas são muito diferentes e tampouco ajuda a diferença de horário. Temos 11 horas de diferença. Outra coisa que é
difícil: todo o tempo dizem sim. Não compreendo bem porquê, mas peço os
relatórios e dizem que sim, que enviam. Depois tive que mudar minha táctica e agora
peço os relatórios, mas digo o dia e a hora quando eles devem enviá-los.
Finalmente, comecei a trabalhar com os brasileiros. Eles tampouco são muito formais. Este ano estive lá durante três
semanas. Conheci um pouco mais sobre sua cultura. Eles amam a beleza física e
gastam uma grande quantidade de tempo fazendo esporte. Trabalham sim, mas sabem
que tem coisas mais importantes, como sua vida pessoal.
Posso dizer que estas quatro culturas tem feito uma
mudança na minha visão de mundo. Também
tem mudado meus objetivos pessoais e profissionais.
Acho que cada cultura tem muitas coisas boas e algumas
coisas que podem melhorar. É preciso que todas as pessoas possamos ter contato
com outras culturas porque só assim vamos viver num mundo mais tolerante e justo.
*Esau Camacho Vargas (México)
Nota editorial:
Este texto foi elaborado numa aula de Português, o autor é meu aluno no ITESM, Campus de Morelia.
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