fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

sábado, dezembro 20, 2014

Fotossíntese cap. 16


Claro que ela não se lembrava e é isso mesmo que agora vos irei contar. Na opinião de Benedita esta seria a forma de desmascarar o famoso jardineiro que certas partes do tratado não revelava. Para Bendita aquele acontecimento seria idêntico a uma sessão espírita , fazer aparecer o assassino. No entanto ninguém sabia  quem havia accionado o alarme. No tratado futurista En-Humma fazia justiça aos seus poderes. O que ninguém sabia que na biblioteca da discoteca alguém conseguira obter tais manuscritos traduzidos em primeira mão. Ao entrar no computador estava a entrar no pensamento da filha de Sargão de Akad.  Quando apagou o nome dos tradutores Benedita sabia muito bem o que fazia . Ela era a própria deusa. A sua pomba estava ali para a proteger. Fizera–se passar por mortal pois sabia que o jardineiro ali estava. Estava mais perto e ela sabia-o. Sabia-o porque ela era a larva e a larva era um dos desgígnios do deus da sabedoria. Desde que se tencionava vingar daquele jardineiro transformva-se em personalidades distintas.

Havia um risco à volta  daquele caderno. Alguém voltara a apagar todos os vestígios da memória do computador. Era o escritor. Não, não era. Era apenas a historiadora que procurava os registos da memória de todos os indivíduos. Carlota conseguira  o documento que precisara para a sua tese , mas para isso precisava de um subterfúgio. Procurou então o número de telefone de Caetana. Veio-lhe à cabeça o seu avô. Recordou-se como conhecera  Caetana  algum tempo atrás. Estava diante do seu avô um entusiasta  que lhe falava da guerra. O Colóquio havia sido um sucesso. Ela retirou uma folha do caderno e pô-la sobre a mesa. Nesse instante alguém apagava a história. Caetana escrevia num caderno num café à beira mar. Havia um mágico. Não. Um génio  que a observava. A jovem que este tinha umas asas enormes. Mas quem é que havia apagado toda a informação do computador? Carlota Joaquina tinha na sua mão a base das informações. Quem eram as pessoas que estavam ali dedicadas naquele canto da biblioteca? Quem roubara o texto e o copiara? O que queriam eles fazer com ele? Só se deram conta da importância do texto em que tinham em mãos quando viram que tinham um camião atrás delas. Estariam a enlouquecer? Estariam ali a fazer o quê?

 De um momento para o outro Carlota sentiu  que ia ao encontro do camião e teve a percepção de que um outro universo se abria para ela  de par em par, sentiu que um arco-íris era a junção de todos os elementos da natureza que correspondiam aos apelos das pessoas que assistiam aquele acidente. Um vento enorme começou a dirigir-se. Algo de estranho se estava a passar, alguém as observava. Caetana estava como que hipnotizada por uma voz estranha. Via um rosto de marfim, olhos de vidro, muito belos que lhe dizia:

 Optamos por caminhos irreais, veredas inquietas de emoções e não vagueamos ao sabor dos ventos e das horas. Transportamos a dor da humanidade. Caminhamos vezes sem conta perdidos na lama. Quietos ouvimos o vento. Pensa nisto.

A pomba que voava a cima dela dizia-lhe que Benedita fora morta. O jogo havia recomeçado e o escritor maldito voltava a escrever tudo do princípio. Não haviam tratados, não haviam jardineiros, não haviam mais ninguém. A discoteca fechara. Mas as provas todas as pesquisas de que foram efectuadas não havia mais nada.

 Carlota viu de súbito que a amiga estava em estado de choque. Não sabia  o que fazer, apenas acreditava que alguém lhe dissera algo. De um momento para o outro o feixe de luz desapareceu. Os deuses uniram-nos para destruir o jardineiro, especialmente aquele que desceu à terra, mas havia um deles que pretendia restaurar a humanidade era esse que deviam procurar. A discoteca havia sido destruída. Não restava pedra sobre pedra. François havia sido preso. Acusado de um crime que dizia não ter sido ele. Naram-Sim desaparecera e esperava na sua toca. Um novo momento para atacar.

-     Esta deusa  quer reclamar-te. Deves tornar-te senhora da guerra. –dizia Carlota enquanto a amiga ia a caminho do hospital. Parecia recitar a Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.

Estariam eles a ser um objeto de desígnio de Deus, como modelo de ação da história?

-     Fala comigo, Joaquina, não estás a ouvir-me? Pai Nosso que estais no céu, oh, maria concebida sem pecado rogai por nós que recorremos avós...

O mundo estava prestes a desmoronar-se e agora? Era demasiado obvio! Que dizer? Não lhe podia passar quem poderia estar por detrás de tudo aquilo fosse a pessoa que estivesse a imaginar! Benedita estava morta fora ela a mentora da discoteca, da famosa conferência. E os restantes Onde estavam? O que lhes aconteceriam?

Reconhecera o vulto que estava do outro lado. Bastava participar à polícia.

Fotossíntese cap. 15


Naram-Sim acabara de ver com o seus próprios olhos de que a teoria era verdade, mas tinha uma única missão: destruir a larva. Roubara as teses que se encontravam na biblioteca e vira como a influência da luz poderia ter para além dos baixos relevos neo-assírios. A estrutura da tese concentrava-se inicialmente na imagem do baixo relevo como um livro aberto de banda desenhada, na sua mente a tese teria tudo a ver com uma questão de religião e não com uma questão de arte. As fotos que adquirira por parte de um particular francês baseavam-se aliás nas referências do baixo relevo da Gulbenkian. Havia contactado com este investigador pela internet. O estudante de doutoramento conseguira uma bolsa em Paris para estudar esse mesmo relevo  que procurava à vários anos. Naquele instante estavam frente a frente um ao outro. Que se passariam naquelas cabeças? François lera em pequeno o romance Deuses,Túmulos e Sábios . Desde essa altura sonhara com aqueles palácios e inventara inúmeros jogos com aquelas imagens . Eram ambos os autores das imagens de das alterações das historiadoras tencionavam dar-lhes cabo das investigações. François propusera-se a estudar a fórmula de marketing político e a criação de uma opinião pública junto da população e do império assírio . Mas aquelas não eram as linhas que ele ambicionava. Aquele relevo pertencia à sua família  durante muitos anos. Só não conseguia entender como é que alguém o fizera desaparecer. O seu avô juntara dinheiro durante largos nos para aprender acádico viajar por todos os museus europeus tirar cópias de livros e comprou aquele magnífico exemplar. Agora tinham que pôr em prática os seus planos  contra os actuais donos daquele quadro. Naram- Sim disse-lhe que teria um plano infalível contra eles. A cem menos dali Carlota e Caetna uniam-se contra Agatha Critsie e preparavam uma emboscada que só elas tinham acesso, já que uma delas roubara as chaves de Naram- Sim . Brincar com alta tecnologia é algo que não se imagina, vive-se. Agora teria que entrar no universo mágico de Naram-Sim e fazer uma escolha qual dos papéis é que ela inverteria para si.

Depressa entendeu que as chaves para os segredos estavam nos espelhos da Gulbenkian onde havia um portal que as levaria ao processo que estariam de tocaia  ao assassino e estavam diante de dois: François e Naram-Sim. Será que os dois seriam a mesma e a própria pessoa? Não, segundo as informações colhidas o relevo exposto era dos familiares de  François ,coisa que ele nunca aceitara. Com Naram-Sim o caso mudava de figura, estava ali por outra e mais completa razão. 
A escolha daqueles sinais dava-lhes muito mais razões para pesquisarem na discoteca ao mesmo tempo que estudavam a arte neo-assíria estava qualquer coisa ali mal. Algo que pretendiam investigar. Chegavam  á conclusão de  que ao olharem ao longe  a figura do génio lado teriam que estudá-la ao pormenor . Com que meios se projecta  no meio de então? Como é que podiam compreender este ser mitológico ? Podiam concluir de que aquele relevo era um aviso. Os génios, os grifos demónios e s seres alados povoaram os seus sonhos durante a infância. Ao olharmos para as entradas das igrejas, nunca poderíamos entender as suas origens sem a máxima “fora da igreja não há salvação, dentro da igreja há salvação “. Uma origem que medeia uma época tão longíqua e profunda mas é o sonho  que atravessa a nossa memória conduz-nos a um universo habitado por seres alados capazes de dar as respostas às nossas preces. Olharam para o relevo. A sua grandiosidade contemplava-as, não eram capazes de o olhar de rente. Mas o ser alado também não o permitia. E isto porquê? Esse modelo idealizado pelo homem assírio aterrorizado pelo seu Deus. É isso que se sente quando olhamos para esse SER.
Dentro deste sistema acabara de ler um artigo numa revista de arqueologia espanhola sobre magia negra e maldição algo que o professor Francisco Caramelo já fizera também para os estudos de homenagem do professor José Nunes Carreira Mas não eram só esses mas também artigos ligados arte em revistas da especialidade como haviam já provado esse mesmo factor. A história da mesopotâmia perseguia-o tanto que o fizera recuara atrás e tentar perceber o porquê das coisas . Ao ver aquelas imagens na discoteca fazia-o recordar aos seus tempos de Deus, rei das quatro , regiões do Mundo, haviam  pelo menos os disfarces que o faziam compreender a sociedade em que se inseria, no entanto tudo aquilo fazia parte de um ficheiro contido numa ranhura de um dos arquivos de Ur para restabelecer a ordem. Ali descobria que não havia o Paraíso e que aqueles monstros que guardavam a entrada eram os mesmos que falara num seminário. Diante disto tinha a relações públicas à porta da discoteca que impunha um nível de perstígio. Ninguém sabia quem era o famoso Legal-já-jezi que muitos conheciam só de nome da história. Mas havia por ali alguém e esse alguém era ele que tencionava raptar aquela larva para a destruir.

Usava um brinco para se poder comunicar com os seus antepassados. Alguém lhe dizia que ele estava prestes a cair na armadilha, num jogo didáctico e que se deveria recordar das palavras mágicas. Naram- Sim aprendera a fumar. Acendia um cigarro enquanto falava com um escriba . Não conseguia compreender porque é que as pessoas olhavam as horas para uma caixa mecânica onde pudessem ver as horas que dispunham. Naram-Sim apenas sabia que a larva enquanto pessoa era uma mulher deslumbrante. Cantarolava a ópera Orfeu e Euridice de Monteverdi . Para tentar recordá-la ia às suas memórias para tentar embalar aquela mulher porquem ele se apaixonara, também antevia ali o mito da descida da deusa Isthar aos infernos. No meio de toda esta confusão alguém accionara  um alarme. Deixou-a de ouvir. A sua música era o perfeito elixir para os seus sentidos e de nenhum outro ser podia dizer que se havia apaixonada alguma vez nem tinha tido qualquer tipo de sentimentos iguais aqueles. Continuava à espera de notícias de nana . A larva era um programa altamente sofisticada. Quando se encontrou com François que trabalhava ali como barman  para poder pagar o seu doutoramento e se poder familiarizar não só Benedita , bem como os restantes elementos do grupo que ali trabalhavam naquele espaço avant-garde. Algumas revistas e programas de televisão haviam feito referência aquele espaço muito bem elaborado, no entanto o tema de conversa entre os dois posicionava-se sobre as mulheres e possivelmente uma que Naram-Sim vira na pista de dança. Qual Cinderela que perde o seu sapato de Cristal. François não podia deixar de sorrir como é que um fulano vindo de Londres se fora encafuar ali dentro daquele espaço e ainda por cima por uma mulher que nunca haviam visto. Sentiu um arrepio na espinha, porque presenciara outras histórias de amor. Naram- Sim não pensava noutra coisa a não ser naquela mulher. Queria-lhe escrever poemas de amor, mas não sabia mais  nada dela.

Nana  não existia. Era um  programa. Um projecto que tinha milhares de anos. Desde que En-Uma escrevera um tratado futurista sobre a capacidade dos seres Humanos serem capazes de produzir fotossíntese que os historiadores, biólogos, filósofos, não paravam de escrever teses sobre aquele tratado. O mais cómico era um deles Angel que vivia na Amazónia à procura da substância  que faria este programa desenvolver-se como um ser humano e conseguir ao mesmo tempo ter a capacidade  de produzir essa substância. Ninguém sabia onde ele estava. Todos? Não, Naram-Sim comunicava-se com ele através de um estranho aparelho  onde iam abordando as fórmulas de apanharem tal substância. Mas para tentarem compreender aquele texto uma equipa de historiadores desenvolveu um colóquio onde chegassem a algumas conclusões. Os filósofos seguiram-lhes o exemplo e até imagine-se os biólogos experimentaram as delícias das comunicações interdisciplinares. Uns diziam tratar-se de um texto filosófico onde se relacionava com a profecia de En-Huma. Um texto que havia desaparecido para sempre e era tido como lenda . Nestas andanças andavam as meninas de mestrado, como Carlota , Caetana que tentavam  tirar o maior dos proveitos para as suas teses, vinha depois o misterioso professor visitante defender que tudo aquilo não passava de uma visão de uma luta das forças da ordem contra as forças do caos e que de uma certa forma detinha uma posição muito idêntica a um mito o Pecado Mortal do Jardineiro. Alguém se lembrou de relacionar a luz. Porquê tanta gente a estudar uma coisa que nem sequer existia em Portugal?

Carlota Joaquina afirmou que uma destas fórmulas foram conducentes para o Museu Nacional de Arqueologia receber uma boa parte do espólio egípcio quando tomaram os baixos relevos que se encontravam nos navios alemães.

-        Encontramos os registos e os relatos nos jornais da época e tudo isso pode ser relevante para o futuro das minhas investigações. Bem eles sabiam que o projecto que tinham em mãos era evidentemente resultado desse tratado. Foi aí que Benedita, relações públicas da discoteca “O Vigário “ lançou a bomba.

Naram-Sim olhou-a nos olhos. Viu-os como da primeira vez, azuis como o mar onde as enormes ondas se desfaziam perto da areia da praia. Conseguia ver ainda o fogo que existia dentro dos seus olhos quando o via. Seguiam-se como pequenas câmaras de vigilância atentas a qualquer pormenor anormal que se passasse.
-        Quem és? - perguntou ela.

-        Não te lembras de mim? Não te lembras daquilo que vivemos?

quinta-feira, dezembro 18, 2014

Fotossíntese cap. 14


 Fora das aulas as raparigas imaginavam-se já num livro de aventuras e viam o primeiro elemento base como relevo neo-assírio de Lisboa. Viam-no como uma espécie de pressão psicológica que podia ser explicada de uma forma bem simples. Assim pensara da mesma forma o artista da discoteca “OVigário “ e ambas sabiam que continham fórmulas bem simples para aterrorizar os visitantes. Agora, não imaginavam como uma fórmula de poder onde é que era fixada a força da natureza e ao mesmo tempo com a força intemporal (Senhor da Assíria ) e o seu Deus (ASSUR). Entramos então no campo sobrenatural pois a imagem é fixada em caracteres iconográficos, os rituais estão subjacentes num período correspondente ao terreno de caça. Estamos então em pleno período de efervescência militar, as cidades vizinhas são tomadas destruídas para que o seu novo soberano possa reerguer e estabelecer uma nova ordem. Essa ordem é dotada por duas entidades, o rei e o Deus. O Deus emana a ordem ao rei que o encarna, perspectiva poder sobrenatural. Mas se a imagem é caracterizada como um elemento mágico ou se abordamos como fotográfico, podemos ver que a barba, o cabelo, a roupa ou os traços do corpo e as veias são mostradas ao mais ínfimo pormenor. Se o autor ou os vários autores quiseram transmitir uma mensagem ela figurou dentro da alma da mensagem que nos permitia descortinar a época histórica, o papel político, militar e económico da Assíria e por último a estratégia da mensagem.

Estes três pontos são essenciais para estruturarmos o nosso problema. Eles são a voz das nações e podemos contribuir para a destruição do elo mais fraco. Esta não é de longe nem de perto a afirmação dada por um génio alado, entidade semi-sobrenatural que ousa surgir no corredor dos palácios transmite uma força descomunal. Ao observarmos que estes seres não só estão ao serviço do império como nos permitem trazer segurança e heroicidade. Sabemos que eles detém vigor, força e virilidade. Esses elementos são nos dados pelos braços, pernas e pelo carácter guerreiro. Pois é meus senhores, estes homens não brincam em serviço, fazem parte das forças do bem e do mal. As batalhas costumam ser feitas no início do ano, na altura da subida do novo rei. E se de repente esse homem lhe desse uma flor, um ínfimo grão ou pólen das flores? Não seria este homem conhecedor das belezas da fertilidade? Não seria o rei uma espécie de abelha e o Deus caberia o papel de abelha rainha? Seria um papel duplamente fertilizante? Não estariam a jogar entre as sacerdotisas e as colheitas agrícolas? O bom princípio feito no início do novo ano, nas festas cultuais onde se denotavam as famosas festas onde o rei e uma sacerdotisa do clero de Isthar comandavam um papel importante?

O rei caminha sobre o universo, sobre o seu povo e nele detém a força o poder perfeito do céu e da terra e nele hão de respirar as normas da Terra. Nele contagiam o homem e a vida, um público virado para a imagem da qual o turista, o diplomata estremecem diante daquele que é o inimigo. E elas próprias que conversam sobre aquela discoteca. Vigário ou Shippar era a representação do Deus na Terra da civilização assíria. Naram- Sim isntalara-se lá com outro disfarce diferente daquele que observara as duas jovens, sorriu-lhes. Sabia que para ter a cesso a todas as informações de que dispunha a discoteca havia uma larva, espécie de composto que era provavelmente a descoberta mais revolucionária de todos os tempos. Nesse aspecto Naram- Sim optara por roubar um dos instrumentos mais importantes do empresário da discoteca: a larva Inanna.. Inanna seria uma mulher e teria o nome da sua deusa preferida, Inana. Chamar-lhe-ia carinhosamene Naná. Carlota Joaquina inventara Naná para a ajudar nas suas pesquisas sobre tudo o que se pudese passar naquela discoteca e de esta adivinhar quem seria o misterioso jardineiro, mas o que naná não sabia é que quando esta deixasse de ser utilizada seria destruída para todo o sempre. Naná era extremamente fria e cruel. Ela achava que a larva era lésbica e que tinha um fraco por ela, mas não sabia que a larva lhe lia os pensamentos e que se irritava com isso. Tinha o composto para criar a pessoa, a primeira mulher que iria produzir oxigénio. De súbito ouve-se um canto tão triste que anunciava uma nova des. Os grifos lados anunciavam a presença do poder bélico.

- Quem está aí? – perguntava o segurança. O segurança desconfiado abre lentamente a porta. Vê um vulto a sair do laboratório.


Fotossíntese cap. 13


 Alguns milénios atrás chamava-me Naram-Sim. Naram-Sim chegava à cidade de Lisboa com um único propósito o de infiltrar-se na discoteca “O Vigário”. Sabia que num dos recantos da discoteca se encontrava um laboratório que iria recriar o mundo vegetal, mas de início não sabia o que estava ali a fazer. Sabia que o falso detective François era testemunha de que a placa  que ele procurava pertencia-lhe por herança a um familiar seu nele estavam contidas de um jogo didático “O Conto do Vigário “. Ele sabia que aquela placa tudo faria sentido para ele e faria qualquer coisa para o apanhar. Nesse sentido devia proteger as três entidades Desde menino que ele chegava perto daquelas três imagens como às três jovens a elas o Conto do Pecado do Mortal do Jardineiro faria todo o sentido tal como Samuel Noah Kramer descrevia. Ao mesmo tempo o famoso laboratório apoderara-se dessa importantíssima jóia da arqueologia mesopotâmica e nela figuravam algumas das informações que lhes eram administradas a par e passo como de um jogo se tratasse. A história da mesopotâmia perseguia-os desde meninos Havia algo que na tese  François, Caetana e Carlota se sobrepunha e também à de Benedita. Eles eram os elos legais e ilegais deste puzlle.  No instituto da faculdade Naram-Sim fazia-se passar por um professor  que vinha para Portugal uma tese  sobre a “Hierarquia dos Demónios“ , nesse grupo estavam todos os elementos de que necessitava para os preparar de uma caça ao tesouro e neles estariam os traços iniciais em Assur-nar-sir-plaII.

_ Procuro em relevo-luz.

-     É disso que está à procura? – perguntou a bibliotecária.

-     Alguém está a defender uma tese de doutoramento em que prova que o relevo neo-assírio em alabastro é uma espécie de fotografia. Procura ao mesmo tempo espelhar a imagem e o conceito de  magia simpática. O autor em questão lera muito Carlos costaneda, dizia ele a certa altura enquanto pesquisava na tese que os espíritos espreitavam a qualquer momento.

O falso professor preparava-se para ir dar a sua aula: Hierarquia dos Demónios mas num outro plano os dos génios e dos grifos demónios. Num dos pontos máximos uma das teses haviam sido adquiridas e isso o computador é que lhes diriam no final.

Durante a aula O misterioso professor iniciou a sua aula como devia ser o rei assírio rico, esplendoroso. Comparava as imagens dos cartazes publicitários que pretendiam jogar através do vigor físico e do poder. Aproximavam-se das congéneres egípcias, hititas, mas aos seus olhos tinham outro encanto. Encanto esse  que passava para um patamar acima. Eram os demónios que faziam o homem mesopotâmico um ser religioso e ao mesmo tempo poético.

Aquilo que vos conto aqui é só um grão de areia do que se passou à milhares de anos. O meu estado de saúde também não é dos melhores e correr em busca de um documento por esse mundo fora não é tarefa fácil. Contam os anais da história que foi a primeira escritora de que desenvolveu uma profecia capaz de espantar os homens. Todos eles procuraram respostas e atravessaram o mundo. Só em sei porque me deram a resposta. Uns seres magníficos detinham  o poder da magia, só eles sabiam como se determinava a fotografia. Eu saí do meu corpo e falei com um touro de rosto humano, pujante de poder e força. Perguntou-me onde ia. Eu disse que ia avisar de que iam destruir o poder da luz e da ciência. eu gritava que era necessário fazer alguma coisa. Fui dizendo palavras e orações. Invocando todos os Demónios. Mas ele apenas me dizia que eu era mentiroso que queria unicamente as chaves para aparecer no futuro e restaurar o meu passado. Sabia que o Touro era intemporal e que ele fazia a ligação com a discoteca “Vigário “Disse-me que tinha que ter uma visão provisória para aparecer por lá já que a noite era dedicada ao vinho. Regressava agora ali aquele local onde vislumbrava aqueles alunos que me ouviam com toda a atenção. Apenas disse que deviam ter muito cuidado com aquilo que iam encontrar pois não eram figuras simpáticas .

Até de súbito uma rapariga perguntou:

-      Posso fazer uma pergunta?

-      Claro, estamos aqui para isso-respondeu Naram-Sim.

-      Em todas as religiões à excepção do Cristianismo o sacrifício desempenha um papel importante. Todavia, o valor que lhe é reservado na piedade reveste-se de muitas modalidades. Há um primeiro grupo de cerimónias sacrificiais que roçam a magia e, por vezes, assim se mantêm, se bem que regra geral, um sacrifício não seja um acto mágico. De que modo podem eles atingir o poder quer na sociedade ou no mundo sobrenatural?

-      Tais serão sacrifícios dos demónios e é isso que está a ser desenvolvido numa das teses que vim orientar, com os quais se procura uma protecção contra eles, apaziguando-os por meio de oferendas, ou ainda mortos, em seguida, também os sacrifícios de fundação, pelos quais são esconjuradas as influências maléficas que poderiam exercer as divindades que possuem o solo.

Depois da aula Naram-Sim suspirou. Preparou-se para se atirar de novo em volta do computador portátil. Mas havia algo que não jogava certo alguém entrara dentro do sistema e estava a tirar todas as fichas. Quem seria?

terça-feira, dezembro 16, 2014

Fotossíntese cap . 12


  Labaredas imensas caiam diante das faces dos olhos do génio que permanecia ali quieto. Olhava para aquelas sem vida, sem alma ali caídas, à espera de um golpe final ditado pelo Deus Assur. Apenas cumpria as ordens do alto, do Senhor Deus que desde muito cedo transportara as suas ordens  para que um dia  lhe conduzisse à glória terrena conforme as estrelas  haviam ditado no livro da eternidade. Os cronistas que compõem esta história aos olhos dos homens determinam conforme o seu registo. Era um ser sobrenatural que relatava as suas viagens dos países onde estava escondido o Paraíso dos Génesis onde a Serpente revela a Eva   que ela era muito mais do que uma mulher ,mas naquele canto estava a chave da sabedoria, ao abrir essa porta ,esse segredo ele revelou-se despido como uma primeira vez. Não revelaram nada, porque ninguém gosta de pormenores sórdidos, mas a estranha visão confessava que os bairros de outrora das descidas das estátuas dos deuses por alturas dos festivais do ano novo, como os especialistas falam akitu. Ela renovava-se diante daquela visão. Protegera os reis da Assíria, conforme os livros das crónicas. Elas (Carlota e Caetana) não podiam saber o que significava a glória e a derrota e a imagem de um sonho previsto para um rei, apenas podiam partilhá-lo nas suas horas de fantasia e fazer dele um segredo entre eles os três.

O espaço que ali viam era uma pequenina parte de um palácio que comunicava com as pessoas, com os homens e fazia frente, fazendo tremer todo um grupo que os observava. Eram talhados para falar com Deus. Era aquelas as suas missões. A missão de onde era a origem  do rei, quem forma os seus pais e onde é que ele pensava levar o seu país. A mensagem dele estava expressa nos seus rostos, nas suas pernas  e nos objectos que usavam ao entrarem  naquela  discoteca. Ali não havia passado, ma sim  um terno presente. O que elas traziam vestidas também lhes dava a capacidade de argumentar porque as tinham dirigido até ali.  Recordaram-se de anos antes em épocas diferentes que saíram de outros lugares semelhantes querendo contactar com aquelas figuras que povoavam os seus imaginários de meninas. Mandavam-lhes beijos. Tomaram desde cedo o gosto pelas coisas estranhas da história e decidiram persegui-los. Quiseram então tomar o cavalo do tempo e domá-lo, enquanto seguiam os lamasssus e os grifos demónios. Olhavam para as árvores da vida frondosas e misteriosas. Caminharam pelas grutas da história andaram por Marrocos à procura de vestígios que agarrassem a história daqueles seres. Um dia quando lhes perguntaram o que queriam ser, elas disseram que queriam poder falar das coisas estranhas da vida, encontrá-las e falar das coisas  que as pessoas não ligavam nenhum sentido à vida. Olharam as asas enormes daquele e ambas disseram que queriam aquele boneco enorme nas paredes dos seu quarto.

Agora reencontravam-se as duas mulheres que sem saberem se escreviam sob pseudónimos de Agatha Cristie e de uma curiosidade voraz, mas tinham a certeza de que havia alguém que andava a gozar com elas e fazia-se passar por Agatha Cristie. Recordava-se então de uma das conversas que haviam tido algum tempo atrás “Muito antes de Nicolau Maquiavel ter escrito o Príncipe que o dedicou a Lourenço de Médicis, alguém pintou nas paredes  do palácio de Nimrud a primeira forma de fazer de fazer política .Como o Príncipe ensina como se deve anexar potentados e como se escolhem os intermediários internacionais para garantir a sua linha de força, os relevos do palácio de Nimrud mostram-nos como deve ser o Amado dos Deuses, dos representantes dos deuses na Terra, isto é o seu Vigário.

Chamemo-mos a estes livros ilustrados  de carácter educativo, publicitário e até propaganda no primeiro livro político que aborda religião e o desporto que estão contidos na arte de bem cavalgar. É desta forma que nasce o jogo “Cair no Conto do Vigário“.

Uma armadilha só podia ser! Recordavam-se de uma mensagem que haviam recebida que não era assinada só podia ser o misterioso correspondente. Ambas chegaram à conclusão de que aquele local tinha muito mais a haver com elas as duas e nesse sentido o papel desempenhado  pelo sacrifício nas diversas religiões sobre os diversos significados que tal cerimónia podia tomar com o decorrer dos tempos e segundo as civilizações punha-se ainda uma última questão: existiria um único motivo que poderia impelir o homem a oferecer sacrifícios ou encontramo-nos perante um mosaico de motivações?

Esperaríamos que seria Nram-Sim com o projecto já firmado e se divertia a escrever estas cartas  enquanto a esposa do famoso arqueólogo lhe ditava as cartas a cada uma das pequenas. O jovem monarca observava as duas belas historiadoras e ditava-lhes um jogo para que encontrassem um conto que seria essencial para desbravar a onda de crimes que vinha por aí. O assassino dizia tratar-se por jardineiro pois deixava as suas vítimas com um vaso e um pequeno saco de uma planta diferente. Era diante contexto que En –Huanna escrevia aflita. Uma onda de crimes vinha por ali. Naram-Sim prestava provas na discoteca e Benedita simpatizava com ele. Aquela era sua noite de estreia. As luzes ,os sons. Entravam no meu ser e explicava porque razão havia saído onde tencionava dar uma imagem de poder que tencionava dar agora aos visitantes. Ainda tinha no pack um jogo com os interesses musicais destes terrenos. Mas havia alo que não me saía. Quem andava a preparar aqueles crimes. Estava certo que fizera aquela brincadeira pela internet. Mas mandaram o “Conto do pecado do mortal do jardineiro “ a Benedita.  Agora era esperar a reacção delas. Enviara três cópias. Duas a Carlota e Joaquina que se iriam envolver numa discussão sobre a questão da privacidade da discoteca, assim como o projecto estava  envolvido. O terceiro era à própria relações públicas da discoteca. Nesse instante dera-se a briga entre Carlota e Caetana.


sábado, dezembro 13, 2014

Fotossíntese cap. 11


Não podia acreditar no que estava a ler . Diante de si estavam o misterioso DJ que o achava estranho, François que tinha as suas sérias dúvidas e Caetana que começava a dar cartas . Seria por isso que ela se unira ? Tinha ideias contrárias ás suas , mas a tese de que uma placa de produzir fotossíntese  e libertar esses mesmos gases seria o sonho de mulher cujo o seu avô tivera nas mãos o destino do mundo . A história que ela escrevia era um pouco a sua . Ela não se chamava Carlota Joaquina mas sim Mercedes e desde cedo começara a achar a vida militar muito mais interessante do que as das mulheres . Aspectos que falavam de estratégia determinavam-lhe aspectos muito mais interessantes que aquelas teorias que lia nos livros , por isso história antiga posse pela cultura dera-lhe motivos muito mais que suficientes para si. Necessitava de voluntários para poder continuar o trabalho no quartel onde vira crescer o seu gosto e era tratada como boneco da instituição militar. Vira-se em pequena a brincar com a sua popée , nada mais nada menos que a sua boneca . Estava prestes a criar o maior projecto da sua vida , mas tinha-o guardado em segredo . Deveria guardar parcelas para esses mesmos objectos em relatórios em que encontrara na discoteca “O Vigário “. Sem ninguém saber era ela que escrevia sob o nick “Agatha Cristie “ para se divertir ás custas das várias pessoas , mas ouvir a conversa de caetana a sangue frio fora um golpe dura , teria que se afastar por uns tempos daquelas aventuras ou seria desmascarada dali por pouco tempo. O Vigário era  a discoteca  que estava na moda mas que era o nome para chefe militar na Civilização Assíria onde assumia dois papéis um de chefe religioso e outro o de chefe militar .

-Representante de Deus na Terra –sorriu . Quem frequentava a discoteca observava a sua decoração , imagens de Naram-Sim e de Sargão de Akad . Rei dos quatro quatros e das Quatro regiões era um epíteto que era usado por estes dois reis.  Começou por estudar a civilização assiro - babilónica para compreender o local que tinha à sua frente . A própria discoteca assumia uma personalidade estranha a que muitos poucos sabiam a que universo correspondia, algum tempo depois procurou registos daquelas inscrições  e verificou na biblioteca de uma faculdade que alguém havia escrito um tratado profético que  no futuro a sacerdotisa de Sin afirmava que os seres humanos seriam capazes de fazer fotossíntese daí partiu para as bases culturais  hititas e que foram a partir destas duas versões  que se dera a primeira guerra mundial . No entanto descobrira um artigo de  que o texto detinha algumas semelhanças com o “Pecado Mortal do Jardineiro “. Esse mesmo texto fora escrito por Benedita fora por esse mesmo motivo que decidira escrever um crime a partir do Conto do Pecado Mortal do Jardineiro e próximo do génio alado da Gulbenkian ? O que é aquelas três peças tinham a ver umas com as outras ? A luz e uma espécie de jogo determinado por alguém superior que estaria  ali remendar ou evitar que o passado se repetisse . Precisava de pensar se devia continuar naquele trabalho. As suas pesquisas estavam por um fio . Estava em vias de ser despedida . Até que lhe veio à ideia de apresentar a ideia ao mecenas da noite . Acontece  que ninguém sabia quem ele era . Só apenas Benedita contactava com ele e mesmo assim não lhe via a cara . Era apenas um computador . Começava por agora integrar-se nos computadores das bibliotecas para pesquisar  nos ficheiros  das bibliotecas do mundo inteiro que  abordassem vários temas sobre a arte assíria uma placa de alabastro comprada por Calouste Gulbenkian comprada a um particular francês . Tinha em mente o que ia fazer e não ia perder tempo . Prestes a ser desmascarada , Carlota começou a tremer . Sentia o coração a subir-lhe pela boca . O misterioso  segurança começava por investigar a zona , mas ela começava a desconfiar de que tinha um adversário à altura . Mas eis que naquele instante um pré-ser , uma espécie de larva lançou um ataque . Prestes a espirrar com o odor do perfume lançado pela larva e uma árvore a que o proprietário diziam ser a árvore da vida . Aquela árvore estava movida a um sistema de alarme quando atacada  ou se preparavam para  invadir os seus tesouros . As luzes acendem-se . A porta da discoteca  abre-se e uma infinidade de mulheres corre até à árvore , julgam que se trata de um novo perfume do criador do momento. Meu Deus como sair daqui ? –pensa   Carlota . Os jornalistas  invadem o laboratório . Seria altura  de escapar-me daqui para sempre ?

Do outro lado estava Caetana com um sorriso de escarneo:

-        Doutora Agatha Cristhie  o que está aqui a fazer ? Eu disse-lhe que isto era  um local de trabalho ? Como permitiu isto ?


Fotossíntese Capítulo Décimo


Começo por preparar a  vítima. Aquela  que está diante dos nossos olhos  parece ser a mais  adequada: Como tentar de um momento para o outro o suicídio? Bem vistas as coisas se você for bastante observador não lhe dará  o direito de pôr em dois lados a Igreja como o Suicídio como forma de  projectar o Inferno a Católicos não praticantes. É verdade que essas era umas temáticas dos meus romances .Mas como explicar que o suicídio é uma formula minimalista de decoração da casa , expor os sentimentos e valorizar a vida. Dizem alguns que o suicídio é uma  fórmula de puro ar de egoísmo e agora. Quando uma bomba rebenta, faz um clarão imenso, perfeito. No fundo a  morte é um espectáculo grandioso. Um teatro magnífico! Os inimigos têm sempre a oportunidade de redimir os mortos! Afinal ,eles  já não estão cá para refutarem! Os outros, os amigos guardam-nos nas suas caixinhas de recordações! Fazem-se memorandos, epitáfios tão ridículos que  mais parecem caixas de sardinhas. No fundo todos temos o mesmo destino sermos recordados. Assim passamos ao passo seguinte: Como arranjar um culpado? Onde é que  ele está? Aquele que tem a cabeça quente e que ferve em pouca água! É tão bom arranjar vítimas! Arranje então uma  meia verdade para destruir a pessoa  que quer atingir! É desta forma que eu quero escrever o meu novo romance intrometo-me com as personagens e questiono-as sobre as obras que estão a fazer e como se posicionam, tudo isto é como um jogo de estratégia. Eu Agatha Cristie, mulher de um arqueólogo baptizei uma estátua como a Manlisa de Nimrud. Sem dúvida a primeira mulher a batizar outra sem água benta. Voltando ao  nosso caso anterior desta vez aconselho-vos a ler A Criação do Suspense de Patricia Hismith de que ainda não vos falei e que este livro À espera do Crime se insere. Sem destruirmos o nosso amiguinho não seríamos nada, não é verdade? O assassino nunca perde a sua cabeça em combate, apenas ajuda a resolver  uma forma rápida de resolver os problemas que têm e damos-lhe um bilhete de  viagem sem cobertura amodo de não ter acesso a retorno do longo passeio que é a morte. Empenhe-se então por ser uma vítima, conte os seus problemas a um desconhecido  e ele tratará de fazer a cama. Só não quero deitar tudo a perder. Não deixe que nenhum momento de distracção deite tudo a perder  a não ser que você dê um tiro no seu próprio pé. Dinamite faz barulho , resolvemo-nos por outro género de criações mais sofisticadas as literárias aquelas que nos passam despercebidas. Passemos ao próximo nível!

NÍVEL 1

 Regras do Jogo

  No centro da acção está uma criança que penetra  num universo fantástico. O ponto central desse jogo  é o sacrifício da personagem que entrando na casa encantada de sua mãe tentará  descobrir  o ponto essencial  dessa maldição para a quebrar: a amizade. A serpente criança tinha medo das pessoas e daquilo que  elas lhe podiam fazer. Ora podiam usá-la para pintar quadros, para experiências ou para se servirem dela como tema de livros. Fora o bisavô daquela criança que descobrira aquelas placas que detinham o segredo daquele jogo, fora esse mesmo jogo que declarara a primeira guerra mundial. A sua mãe ficou de tal modo obcecada por tal demanda em encontrar o responsável pela morte do seu pai. Empenhou-se então em descobrir o que acontecera à muitos anos atrás. Tal como fizera Laranja tentou desenvolver histórias que o seu avô  lhe contara. Como fora assassinado o seu bisavô? Laranja entendera-o logo. A serpente conheceu o seu bisavô em criança  elevou-o a penetrar num universo mágico, procurava então conhecer então a floresta mágica que o seu bisavô. Fora uma história mirabolante que ela desconhecia de todo. Era uma história de um processo de fotossíntese que os deixara a dormir completamente nas aulas de Biologia. Deu-se conta porque razão fora estudar a história revolucionária da fotossíntese, estaria a resolver uma parte da história da sua vida. A história de Laranja era a sua própria história. Tinha a certeza de que a história que encontrara no museu onde fizera serviço de voluntariado  em piquena  antes de entrar para a faculdade era mais uma daquelas razões. Aquela era a sua história com um formato infantil, mas que de certo iria ser visitada m breve pelo misterioso assassino. Por uma serpente que era a  má da fita  ditava aquele ponto necessário para chamar os super - heróis que tanto gostava a Hanana (uma super-avó  que procurava seu neto quando ele desaparecia para uma floresta e era encontrado por uma abelha tal como a história da Bela adormecida. Agora tencionava repetir a proeza invocou a deusa  e contou-lhe o que se passara. A anciã escutou-a durante algum tempo, depois disse-lhe:

- Sabes da história da luz? Da lenda que os seres humanos podem produzir oxigénio. Não ouvis-te? Essa resposta só a abelha que picou Telepiu te pode responder, mas só onde ela estiver é que lhe podes pedir ajudar entendes-te? Tens que encontrar uma forma de destruir a serpente. A serpente é astuta. Ela envolve todos aqueles que a encontram. Existe por isso um grupo que a venera. Uma espécie de religião. Encontram-se ali todos aqueles que podem ser seduzidos por ela ao longo dos séculos ,poucos foram aqueles que conseguiram sair dali. O teu bisavô possivelmente nunca saiu de lá... e o monstro das trincheiras é uma manifestação das cobra. Onde estaria agora? Com quem estaria a sua filha? Porque desaparecera ? Lera ela o texto que estava a traduzir? SE fosse isso então estaria tudo explicado. Ela já pertenceria à Irmandade da Serpente. Laranja sabia que a Serpente era poderosa. Nada a fazia demover: Como dizia no texto: Ela alimenta-se do medo dos concorrentes.

Carlota ia a fechar o computador quando viu que tinha uma mensagem:

Que leão alguma vez consultou oráculos?

quinta-feira, dezembro 11, 2014

Fotossíntese Capítulo Nono


Quem me fez isto? É crente? Tem divagações filosóficas? Então podem começar a escrever. Aliás existe um provérbio eslavo que nos acentua  que nem uma luva –disse Caetana ao grupo depois do susto ter passado. Aquela era sem dúvida a divina dramática onde a comédia se torna tão negra  que os crimes se tornam demasiado desdenhosos e onde se pode determinar as façanhas do homem através do crime. Nisto todos temos um único meio ao nosso alcance. A internet. Eu já nem sei se falo a verdade se estou a sonhar. Mas aconteceu-me estar a falar nomsn com alguém que diz ser a Agatha Cristie. Agora temos que fazer o jogo dele. É usual dizer-se que o criminoso volta sempre ao local do crime. No momento do ritual é que se posiciona a agilidade do assassino, perante a sua vítima é o momento de ataque, é a hora em que a vítima luta pela sua vida. A vida consegue ultrapassar a arte, a literatura proporciona os jogos mais subtis, sejam eles “espelhos“ da sociedade ou “fórmulas“ para atingirem um determinado objectivo. Daí que o crime e o jogo andem por vezes de mãos dadas proporcionando ao observador que descubra o quebra cabeças, gerado na civilização assíria o primeiro passo para esta investigação.

-      Mas o que é isto tem a ver com o que se passou? –perguntou François um pouco tenso.

-      Eu tenho –me contacto à já algum tempo  com um pirata de informática e que pretende brincar conosco, entra nos sistemas dos computadores da faculdade. Um génio ele deu-me as dicas todas, mas antes fez-se passar por uma mulher a mais famosa escritora de romances policiais. Aqui disse ele  que se iria dar o primeiro  ponto do seu jogo, iria ditar as regras do jogo.

-      Então porque é que nós aparecemos na tua vida? –perguntou Caetana já irritada.

-      Qual era uma das bases de sistema da civilização hitita? Muitos das lutas passaram pelo sistema oral e é aí que nós nos ligamos. François é tudo aquilo que nós não imaginavamos. Veio para Portugal para perseguir este menino. Em Paris teve-o às mãos e acima e tudo a nossa bem amada Madalena anadava de amores com um técnico de informática que andava a orientar-lhe a sua tese de doutoramento “A Hierarquia dos Demónios“. Eram esses demónios que surgiam no texto e se complementavam como jogos, maldições que davam pistas e acima de tudo fábulas que eram deixadas pelo assassino em forma de bombas naqueles livrinhos que não trazem nada escrito, pois bem ele fazia o seguinte escrevia-os. Deixava-os debaixo da porta  do interessado e fazia o resto. A casa ia para baixo. Esta é a minha reportagem. Sei que a Carlota está a escrever um texto acerca de um jogo milenar em que a serpente espreita, algo para  se libertar da sua tese nas horas vagas. È esse o próximo jogo. Ele comunica-se com pessoas com pretensões a escritores. Nós sabemos que Madalena escrevia para um público infantil ,mas não sabemos muito mais da sua vida e é partir daqui que nos temos que unir.

-       E François é ele o responsável?

-      Não, François poderá  pôr fim a este enigma veio para Portugal com uma bolsa da Gulbenkian em Paris quando esteve muito perto de apanhar este menino. Ele usa mil disfarces até dizem que muda de cara e tudo o mais. Mas como reconhecê-lo? Ele nunca dá muito nas vistas  está diante de nós para nos apnhar. Como François tem aptidões para a comédia ele será o elo de ligação e para além disso vem investigando crimes de natureza idêntica a esta desde que esteve em Paris, Londres, São Petersburgo e obviamente para não falar de outro sentido figurado em Nova Iorque.

Comecemos pelo crime (um jogo de azar) capaz de fazer à nossa memória , medos ancestrais  numa tarefa sobrenatural de magia simpática onde a figura presente é substituída pela  pessoa. É neste sentido que o crime e o jogo andam de mãos dadas , primeiro que tudo pela sua inovação ao transmitir  uma estratégia capaz de “colar” uma população debaixo do papel manipulando-os  para determinado fim. Se Maquiavel tivesse vivido antes teria sido destacado aqui esta parte dizendo que os fins justificam os meios, presenteando-nos com um jogo didáctico “Conto do Vigário“. Como todos nós sabemos o vigário é o papel do rei assírio, representante do Deus na Terra (Assur) e dessa mesma fórmula o jogador terá que chegar até ao fim estando na sala do trono. A primeira das peças a serem entregues neste jogo é o ambiente local, com quem podemos contar, onde pesquisamos o terreno e daí partir para a aventura. “Cair no Conto do Vigário“ pode ser um jogo de estratégia  feito ao  gosto do monarca, sendo ele o amado e o escolhido por Deus. Tentar compreender como foi feita cada peça, cada nível e desse ponto enfrentar as feras, griffos  e leões imaginários que nos ameaçam são alguns pontos essenciais. A destreza do jogador é saber onde começa o “terreno de caça“, saber para onde vai o empreendimento nacional que se pretende eliminar. Que meios tiveram os primeiros jogadores? Como é que eles se depararam com as armas bélicas, com a destreza da sua força e sobretudo com os instrumentos de propaganda. Assim ao pensar neste jogo de estratégia “Cair no Conto do Vigério“ o ponto de partida é a campanha de Assurnarsirpal II (883-859 ac ) é conhecer também o ser humano é aqui que entra François...

Nesse momento foi a vez de François expor as suas ideias:

- Quando olhamos para as imagens dos baixos relevos que estão dispersos por vários museus da Europa estamos longe de imaginar quais seriam as características iniciais desses mesmos relevos por uma campanha política. Ao escolher como tema de estudo estava ciente que tinha em mente ir ao encontro do famoso jogo enigmático que se caracteriza na inovação da Alta Antigidade. Assim somos levados a pensar que o palácio do NW descoberto  no século XIX teria sido pensado um jogo avançado onde o sistema  visual e iconográfico. O que teria sido pensado para a entrada  triunfal de Assur-nar-sir-pal II em 883ac? O que teriam pensado os embaixadores, soldados e sobretudo os funcionários de Nimrud? Hoje em dia com as técnicas avançadas de marketing e publicidade, os avanços da ciência demonológica conta-nos muito em que os Assírios nos ultrapassaram, já que foram eles os Senhores do Mundo. Dizem as estatísticas que num determinado período onde a evolução científica sobe em flecha os fenómenos religiosos não param de crescer, pois se o número de disparates pagasse imposto ele seria o maior contribuinte  do país.
-        O que é que isto têm a haver  com o que temos estado a falar? –perguntou Carlota.

-    Religião e Ciência não podem viver uma sem a outra, isto no sentido que este misterioso comunicador nos diz. Quer brincar conosco quer dar-nos diferentes formas de fé. Um jogo da razão e da fé é assim que eu vejo este “Conto do Vigário“ - disse Caetana.

Nesse instante chegaram Benedita e Sim. Vinham ver o que se passava. Naram-Sim ouvia vozes à sua volta:



-     Tu entras na gaiola. És um animal. Este é o teu jardim, meu bom pecador. Rega-o meu bom menino, pois a deusa determina três tempos onde beberás sangue, e virão ventos e a última é a mais vergonhosa das pragas. Voltara a ter sonhos e visões , não sabia porque aquilo que estava a acontecer de novo com uma certa continuidade, mas sabia que no ar havia algo de estranho. Não havia Inana, mas sim Pazuzus e vingança de um segredo  esse que ainda hoje estava nos campos da mente e da memória...