fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

quarta-feira, julho 19, 2006

Poemas de Cristina de Mello (II)

Como pode este incêndio
Cantar as águas
Na imensa dor das comportas
Que nenhum violoncelo mitiga?

A este grito acode a melodia dos campos abertos
E mesmo se o benifício tarda tanto
Os horizontes cantam e insitem na maldição
À luz da mesa aconchegada


Por: Cristina de Mello


Nota:
Retirado do mesmo livro, com autorização da autora.

Poemas de Cristina de Mello (I)

Se até o deserto
Não esquece
A mansidão das águas
Convoco
Um corpo aquecido
Em recomposição das mãos

Por: Cristina de Mello (1953- )


in "Inteiro Silêncio" (Editorial Caminho, Lisboa, 2006)


Nota:
Esta obra irá ser apresentada em Castelo Branco pelas mãos da Casa Comum das Tertúlias.

quarta-feira, julho 12, 2006

Notícia sobre Isabel Agos na CCT

"Diário XXI" (Cultura), 12/07/2006:

Duas obras poéticas lançadas em Castelo Branco*

Quarta-Feira, 12 de Julho de 2006

Publicadas pela Papiro Editora


Isabel Agos (pseudónimo), nasceu em Lisboa, em 21 de Setembro de 1970, mas as origens da sua família permitiram-lhe manter sempre relações próximas com a Beira Interior. Em Castelo Branco lançou “Quase e Poemas” e “Kupapata dos Sentidos”

“Quase e Poemas” e “Kupapata dos Sentidos” são os títulos das obras da autoria de Isabel Agos e com edição da Papiro Editora - de cujo grupo editorial (Folio Edições) o Diário XXI também faz parte -, lançadas no sábado, no Cybercentro de Castelo Branco.
A poetisa, com raízes na Beira Baixa, lançou estes livros na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, no final de Junho, sendo agora apresentados por Lopes Marcelo, natural de Aranhas, Penamacor, e autor de diversas publicações regionais sob a forma de poesia, economia ou política.
“Para mim foi um privilégio este encontro com estes livros e esta escrita”, destacou Lopes Marcelo, considerando que os poetas são pessoas cujo olhar é o aspecto fundamental. “São o elo de ligação com o mundo, sem partir de si próprios, mas sim dos outros e do universo”. “Partilham os olhares através das palavras. Assim surge o artista, o operário da escrita. A luz do olhar desta poetisa torna cada poema uma casa aberta de sentimentos e emoções, habitada por uma mobília intemporal, já que as palavras são fiéis depositárias, cristais de afecto, silenciosamente disponíveis para os olhares dos leitores”.

RETRATOS POÉTICOS EM DOIS LIVROS
Isabel Lago, descreve que em “Quase Poemas”, “os textos estão quase poemas, arrumados e alinhados. Baseando-me no quase, segue-se um novo curso quase só deles e estão em rota de colisão com outros acasos de vida, já quase desligados de mim”.
No que toca à obra “Kupapata dos Sentidos”, a autora lembra que os textos foram escritos durante a sua estadia de alguns meses em Angola, no ano de 2003, onde cumpria uma missão de serviço. O Kupapata é uma espécia de “táxi” que existe na região de Lobito-Benguela. “Não o encontrei na zona de Luanda. É uma espécie de motorizada de baixa cilindrada em que o passageiro vai à ‘pendura’ até ao seu destino”.
Isabel Agos (pseudónimo), nasceu em Lisboa, em 21 de Setembro de 1970, mas as origens da sua família permitiram-lhe manter sempre relações próximas com a Beira Interior.

*Por: José Manuel Alves

Nota:

A organização do evento foi da Casa Comum das Tertúlias, mas esse facto foi omitido...

domingo, julho 09, 2006

As brasas e os afectos [Editorial]*



Objectivos

Escrever a nossa história e divulgar a agenda tertuliana, intervindo sobre a actualidade, exercendo a Cidadania, são os nossos objectivos.

Já ditos e escritos, agora reafirmados, para que não restem dúvidas.

Este número

Chegados ao número 5 (seis a contar com o n.º 0), eis que brindamos os nossos leitores com mais uma revolução gráfica. Está a tornar-se num hábito!

Não se trata propriamente da apologia duma revolução (gráfica) permanente! Se bem que parece.

John Smith, liderando uma equipa do Cybercentro de Castelo Branco, é o responsável pelo novo grafismo da fanzine. Os conteúdos (a selecção e qualidade… ou falta dela) são da nossa inteira responsabilidade.

A realidade é demasiado dinâmica para uma publicação mensal, os obstáculos continuam a deparar-se-nos.

A cada obstáculo que se nos coloca, no entanto, saímos mais pujantes, logo que ultrapassado, fruto dum verdadeiro jogo de cintura e suportados numa fantástica REDE DE AFECTOS TERTULIANA.

Rede de afectos que também tornou possível a próxima iniciativa! (ver última pág.) Sobre os afectos, falaremos nessa altura...

Continuamos a divulgar o nosso Arquivo Tertuliano, onde fomos buscar fotografias de iniciativas, recortes de imprensa sobre a nossa história tertuliana, resumo e conclusões de iniciativas.

Jorge Costa, presente em inúmeras iniciativas da Casa Comum das Tertúlias, elaborou uma peça jornalística sobre uma delas. O tema: o referendo sobre o tratado europeu (e a constituição europeia). O tema era candente e a CCT colocou-o em cima da mesa para debate: franco e aberto, em Vila Nova de Paiva e em Castelo Branco. O assunto continua na ordem do dia de quem manda, não de quem mansamente obedece… Chame-se Constituição ou não, os princípios vertidos no texto são para levar por diante, com ou sem referendos nacionais. Não interessam as capas: a questão da denominação e sob a capa noticiosa do Mundial de Futebol e das férias de Verão.

Agenda tertuliana

Dia 8 de Julho, acolhemos Isabel Agos, pseudónimo duma poetisa com raízes na nossa Beira.

A poesia e o humor da Isabel, conjugados num espaço tertuliano: informal, participativo, democrático e que apela à reflexão, é o que espera quem se quiser juntar-se a nós.

O olvido não mora aqui

Não esquecemos que dissemos prever um aumento da tiragem da fanzine, gradual e para breve. Ainda não foi possível. Sem mais apoios não conseguiremos descolar dos 200 exemplares. Obtivemos um apoio à edição por parte da Junta de Freguesia de Castelo Branco. Estamos gratos. Foi importante, urgem outros.

Uma vez mais chegamos atempadamente às mãos da comunidade tertuliana. É um desafio muito importante que nos colocámos. Só não se conseguiu vencê-lo entre o número 0 e o 1º.

Brasas tornadas afectos

Começamos a aventura editorial deste nº sobre brasas… rodeados de afectos continuamos…

Pela Cultura.

Pela Cidadania.

Por Castelo Branco.



*Por: Luís Norberto Lourenço
(organizador e fundador da Casa Comum das Tertúlias)


P.S.

Editorial de “Tertuliando – Fanzine da Casa Comum das Tertúlias”, n.º 5, Julho/2006.