fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

terça-feira, maio 25, 2010

O que é que a Assíria tem? *SIMONE A GUERREIRA

A comparação de hoje pode consduzir a algumas susceptibilidades, mas acontece que a História antiga em países de língua portuguesa, quer em Portugal, quer no Brasil, parece ser realidade paralela. Que o digam os investigadores da Faculdade de Letras, da Universidade Nova, mais parecem ter sido de um filme de ficção científica como Matrix ou Avatar onde cada mebro da equipa se liga a uma máquina. Bem já que a história pode ser considerada hoje em dia , ficão científica. Então porque não falar-vos dos membros da nave Nabucodonor II?
Lembram-se de Matrix? Todos eles estavam numa nave chamada Nabucodonor II? Então, esse filme tem tudo a ver com a Assíria, a realidade paralela, as profecias, e a profetiza que era sem mais nem menos um nome de código ou um ficheiro de computador. Aqui neste caso a Assiriologia é mais como uma nave do género de Avatar todos os elementos são liderados por uma especialista com livros pub licados sobre aquela civilização, ainda melhor... os elementos daquela civilização respeitam os animais, pedem-lhes perdão quando têm necessidade de os matar para se defender, porque eles fazem parte do equilíbrio da natureza, depois há a questão da Árvore da Vida (presente nos baixos relevos neo-assírios) estudada pelo assiriólogo filandês Simo Parpolla (que fez parte do meu imaginário estudar Assiriologia e ambientar-me com aquele frio...)
" O rapaz não deve bater bem da cabeça" era o que certamente pensavam quando eu falava nisto, mas acontece que em 20 anos Helsínquia tornou-se um dos centros de Assiriologia mais poderosos e quem investiga os textos proféticos... para dizer que toda esta demanda científica me faz lembrar este filme maravilhoso a meu ver...
Ali está tudo a religião, as cenas de caça, guerra, a ideologia e poder, quer seja história, ficção ou não tudo se rege por uma única questão, poder e imagem, como definia a assirióloga portuguesa Maria de Lurdes Horta da Palma.
Porque o prometido é devido faço desde já as apresentações. Apresento-vos a Simone a Guerreira. Bem vinda Simone

Hoje escrevo aqui sobre uma pessoa que como todos nós poderia ter cruzado braços, mas não. Trata-se de Simone da Silva e é estudante de História da Professora Kátia Paim Pozzer que já escrevi aqui neste blogue. Simone foi uma daquelas raras pessoas que soube juntar a capacidade de gostar de história antiga e de uma história que nem todos gostam. Mas tudo isso leva a caminharmos num outro universo a fazermos paralelos com outras realidades, ou melhor as artes , como o cinema e a litertaura, por isso os sonhos produzem efeito quando ouvimos que do outro lado do oceano alguém quer seguir caminho com algo que nos começamos e que não continuamos pelas circunstâncias da vida. Simone é mais um daqueles casos míticos de personagens dos livros mágicos que não nos deixam de indiferentes.. Desejo que a Simone consiga o seu objectivo. Força amiga, os sonhos estão para durar e tu podes ter a certeza que voltarás mais forte e mais decidida. Por isso quando lemos livros como "Azrael - O Anjo da Vingança" e " Samurai: Nome de Código," de Neal Stephenson fazem-nos ver a Assíria de um aoutra forma. Lida-se com história e litertura. Terror, fantasia e ficção científica. Mas é nesse sentido que a litertura se aproxima da história é criar pontes para fazermos uma caminhada ousada, fresca independentemente das intempéries e das secas. Eu sei que a Simone é capaz de fazer essa colheita e de fazer uma viagem para entregar os seus produtos aos senhores da Assíria, mostrando os despojos que conseguiu apanhar e falar com os génios alados para compreender todo um contexto histórico inexistente. Só esperamos que os génios alados a deixam entrar dentro do palácio, assim como todos os restantes da equipa porque eles merecem. Amanhã iremos segui-los novamente. Bom trabalho! Saúde e sorte! Que os deuses estejam convosco!

* Esta é a primeira de uma série de crónicas sobre a equipa da Iconografia da Guerra no Brasil liderada pela Professora Kátia Maria Paim Pozzer, Simone Silva da Silva é graduanda de História ( ULBRA - Universidade Luterana - Brasil )

sábado, maio 22, 2010

As fantásticas aventuras de Mesquita a Evitar

Trabalho, mais trabalho e mais trabalho… Horas e mais horas, e os nossos direitos onde é que eles estão? O que foi feito dos direitos adquiridos ao longo de dois séculos e em Portugal como é que é feita esta legislação?
Ou será que tudo isto não passará de uma visão de um escritor de ficção científica? Digo-vos isto porque hoje vamos conhecer uma outra realidade… a de um universo muito pouco conhecido. Nós já os ouvimos, eles picam-nos e nós damos-lhes com dum dum ,mas nada… até parece que os bichanos se multiplicam ao som do ritmo do dum dum .Ao que parece que no mundo ddaq mosquitolândia é uma dança bem famosa. Que o diga Mesquita a Evitar. Uma operadora de picamarketing.

Mas afinal o que é o picamarketing? E o que é que isto tem a haver com as condições de trabalho? Já pensamos alguma vez que os animais também poderão ter os seus direitos? Porque é que eles nos picam constantemente? Em casa, na rua, nas bibliotecas, tudo o resto vocês já sabem… eles não nos dão descanso… até parecem aquelas pessoas que nos ligam para casa a perguntar se estamos interessados naquele ou noutro produto XPTO. Mas eles coitados estão a fazer o trabalho… assim como os mosquitos e neste caso a Mesquita a Evitar. Mesquita a Evitar é uma operadora de picamarketing. A pergunta paira no ar: O que é o picamarketing? A bem da verdade o picamarketing é uma espécie de casamento entre o telemarketing e o marketing de guerrilha ., isto é como os mosquitos não falam, eles fazem aquilo que sabem… que é morder, agora o marketing de guerrilha é algo novo no nosso país, fazer marketing com pouco dinheiro, ou seja aquilo que agora se diz low-cost.

É fácil, é barato e enfim ….para Mesquita a Evitar farta- se de trabalhar , apesar de não cairem chamadas e não ter aparelhos para ouvir os possíveis clientes , ela apenas tem que morder , picar os humanos para que eles comprem repelentes para mosquitos . Irónico não é ? Ela que fez curso superior, se especializou em filmes etnográficos sobre as pernas e os braços das camponesas na monda do arroz na zona do Carvalhal durante os anos oitenta -noventa . Um trabalho de campo que ela adorou. Infelizmente ela não pode trabalhar na sua área , mas tem que pagar as contas da casa, o infantário dos seus mosquitinhos, o condomínio e o resto vocês já sabem têm que pagar, não é verdade? Afinal os mosquitos também sofrem...

A mosquita superior não se cansa de lhe lembrar de picar , picar , picar , picar , para ser uma mesquita exemplar. Mesquita a Evitar é descendente de uma longa linha de mosquitos anti-facistas que antes do 25 de Abril andava na clandestinidade, lutava pelos direitos dos trabalhadores, picavam os capatazes, mordiam os senhores do poder, e até quem sabe deu um empurrãozinho a Salazar… enfim tantas memórias. Quando se deu a revolução dos cravos para os humanos portugueses, ela participou numa série de comícios, e chorou emocionada .As mesquitas da sua família esclareceram as outras dos direitos que tinham dos métodos contraceptivos, enfim outras sessões de esclarecimento que ninguém tinha feito antes.

Agora as coisas mudavam podia partir para outro lado como um super-herói, a Super- Mesquita, daí o nome Mesquita a Evitar. Muitos diziam que ela era descendente de uma mesquita muçulmana. Ela ria-se quando lhe perguntavam isso…

Agora ela quer falar dos direitos dos mosquitos, dos seus trabalhos. Ela está em vias de perder o seu emprego. Morder o Capuchinho Vermelho não é “pera doce “. Vermelha já ela era, umas vezes conotada com épocas anteriores da revolução, mas enfim o Capuchinho Vermelho aderiu à cor laranja. Ela sempre admirara o Capuchinho Vermelho!
A avó então nem se fala e tentar picar o lenhador… É só dizer que ele não está ao serviço hoje … Volte a tentar a picar amanhã. De facto é isto ao que se chama picar o ponto. Ou seja com clientes destes é mesmo o fim da picada!
Aos fins de semana Mesquita a Evitar faz figuração no filme “Os Dez Mandamentos “, mascarada de gafanhoto ,para a cena da praga de gafanhotos. Mesquita a evitar quer fazer uma revolução do tipo daquele humano de barbas, um tipo chamado Karl Marx que escreveu “O capital “.

Será que ela poderia escrever “O capital Repelente? “ou não fazer uma outra história como aquele inglês que lia na bliblioteca antes de picar os humanos intelectuais…
Afinal de contas de que servem os direitos dos trabalhadores se eles só servem para embelezar uma biblioteca… se ao menos …pudesse picar os códigos e o papel…. mas esse papel já não lhe compete a ela… mas sim à traça.
Volto a perguntar-vos:
De que servem afinal os direitos dos trabalhadores se eles na maioria das vezes eles só servem para contar boas histórias e ficar na história do direito e das ideias jurídicas. Por fim Mesquita a Evitar deixa uma declaração:
Se há alguém que tiver alguma coisa para falar, que fale agora ou se cale para sempre.

quinta-feira, maio 20, 2010

Autor da dissertação : Bambi Macho Rosa Chiclete


Título da dissertação : O património económico do Doutor Caramujo nas Memórias de Emília no inquérito da Morte de Rabicó sob a investigação de Miss Marple

Especilidade : História do Brasil
Data da defesa : 30 /6/2009

Júri : Professora Doutora Sandalinha Eu Te Amo ( Universidade Sapatona à Moda Antiga ) e Professora Doutora Ninguém Merece Isso ( Universidade L´Oreal )

Miss Marple no Brasil ? Que provas tem Rabicó contra a sua mulher Emília de Rabicó? Que segredos traz o livro de Memórias de Emília que a tornem suspeita da morte do médico que lhe deu voz ? Estas são as questões iniciais de uma dissertação que faz o paralelo entre literatura comparada brasileira e inglesa.Bambi Macho Rosa Chilclete aponta casos semelhantes na literatura brasileira e inglesa .Carolina Nabuco e Daphne du Murrier ? Grande parte dos especialistas brasileiros afirmam que existem semelhanças entre os romances " A Sucessora " que deu origem à novela da Globo ( 1978 ; exibida em POrtugal , Jan- Jun- 1985 ) e " Rebecca " (com adaptação cinematográfica de Alfred Hitchcock). Na segunda fase desta tese Bambi Macho desenvolveu uma biografia cor de Rosa ( sendo ele próprio editor da Revista Caras Brasil ) onde explora em 3456 páginas curiosidades do género : Houve um romance de amor entre Agatha Cristie e Monteiro Lobato ? Terá a escritora inglesa roubado a personagem de Miss Marple a Monteiro LObato ? Ou será Emília uma cópia de Miss Marple ? SEria Monteiro LObato espírita ? SEria o Doutor Caramujo do signo Caranguejo ? E se for porque não participou ele nas duas versões de " O Astro "? Terá sido essa arazão da morte de Janette Clair ?

Na terceira parte deste trabalho o autor desenvolveu várias hipóteses até chegar ao título referente da tese O património Económico como móbil da dissertação incluídos no manuscrito onde Bambi reconhece o estilo literário dos dois escritores .


Nas conclusões Bambi Machado defendeu que Miss Marple não só passou uma temporada no Brasil , como também foi hipnotizada por Cuca julgando que esta era Dona Benta . Nas hipóteses apresentadas esteve presente dentro um membro da Academia Brasileira de Letras , Ellis Peters Murder Historical Books e Maria Teresa Horta( a autora do mega romance As luzes de Leonor ). O autor não só ganhou uma medalha de mérito , mas também foi agraciado com o prémio Ellis Peters Historical Award 2011 . Neste momento autor está em Londres onde irá receber 3000 libras .

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sábado, maio 15, 2010

O que é que a Assíria tem ?*

Começamos hoje uma série de artigos dedicados à arte neo-assíria... Poderiam vocês até perguntar:" Afinal o que é que nós temos a haver com isso? "

Eu respondo: Muito. Até porque temos neste género de arte algo nunca visto na história da humanidade. Pela primeira vez encontramos uma história narrada numa série de imagens que podemos verificar a história da nação assíria, assim como a introdução dos mitos e da manutenção da ordem.
Este pode ser sem dúvida o regresso à arte neo-assíria que desenvolvi como tema de dissertação de licenciatura (para uns) seminário em História de arte (para outros) no longíquo ano de 2000-2001.
Depois disso muita coisa aconteceu. Em 2004 foi apresentada uma tese de mestrado em História e Cultura Pré Clássica sobre Guerra e Inscrições assíria e egícia de Pedro Abreu Malheiro.
Em 2008 o departamento de Histórai da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) começou a desenvolver um estudo sobre a iconografia da Guerra.

Afinal , perguntamos nós o que é que a Assíria tem?

Num país de deserto árido onde a cultura é muito difícil penetrar e como me disseram a Professora Kátia Pozzer e Simone muitas vezes a bibliografia em Português chega com cerca de 20 anos de atraso para passar o oceano.
Graças ao incentivo financeiro do governo do Brasil através do CNPq - Conselho Nacional de Pesquisa, o projeto A representação da Guerra na Iconografia Neo Assíria, pode adquirir bibliografias em língua estrangeira, o que possibilitou a constituição de um pequeno acervo bibliografico sobre Assíria que neste momento se encontra no LAPEMA-Laboratório de Pesquisas do Mundo Antigo, criado e dirigido pela Prof.a Katia Pozzer.

Dessa equipa destacam-se a Doutora Kátia Paim Pozzer, Simone Silva da Silva, Ricardo Serres e Leandro Serres.

KÁTIA POZZER (estuda a religião), SIMONE (qestuda a ideologia do rei assírio), RICARDO SERRES (estuda a tecnologia na guerra) e LEANDRO BARBOSA (novo integrante que está retomando o tema sobre os deportados e os prisioneiros nos relevos)
Este projeto de pesquisa tem por objetivo estudar a representação imagética da guerra e dos conflitos militares que marcaram a constituição do grande império neo-assírio na Antigüidade, a partir da análise dos relevos parietais assírios. O estudo tem, ainda, como objetivo a organização e disponibilização de fontes documentais iconográficas e a produção de textos para o estudo da história das guerras, como forma de contribuir para o preenchimento de uma lacuna editorial neste campo do conhecimento no país. As imagens são representações de ideais, sonhos, medos e crenças de uma época. Logo, são, elas próprias, fontes históricas e, sendo assim, material para a análise e a interpretação histórica. A escolha da temática de pesquisa justifica-se por ser a guerra uma prática que acompanha toda a história da humanidade. A prática cultural de criação de relevos monumentais está associada ao momento político de construção de grande impérios. A imponente quantidade de cenas e a sua própria continuidade, indicam uma função amplamente documental. A maioria das cenas representadas evocam a guerra, mais exatamente as campanhas militares empreendidas pelos assírios contra seus inimigos. Temos como objetivo geral estudar a representação da guerra nas imagens de relevos monumentais da Assíria no I milênio a.C. e por objetivos específicos identificar o papel da ideologia do poder real e de como ela foi interpretada pelos artistas na representação imagética da guerra e dos conflitos militares, que marcaram a constituição do império neo-assírio na Antigüidade; analisar o papel da figura do rei e sua legitimidade política; identificar aspectos tecnológicos, tais como, armas, carros de guerra, táticas e estratégias nas batalhas; identificar os aspectos religiosos e suas práticas rituais, compreender a representação dos estrangeiros, dos exércitos inimigos e da população civil capturada e digitalizar e disponibilizar estas séries iconográficas de relevos assírios.
Numa das recentes conversas em e-mail Simone Silva da Silva fala da dificuldade de investigar textos em acádico, levando estes a abandonar os seus estudos.

Esta é em primiera mãos uma das muitas viagens à Assíria tropical onde as imagens e relevos poderão vir a falar sobre o seu próprio quotidiano sem ter que pedir auxílio ao demónio Pazzuzu presente no filme Exorcista para garantir que este sonho não acabe, bastará mais a atenção de cada um devós e olhar para o passado e voltar a ouvir os velhos contadores de histórias. Até breve.

* O autor agradece a colaboração de Simone Silva da Silva e Kátia Paim Pozzer

quarta-feira, maio 12, 2010

Call center do além

O telemarketing é uma espécie de filme de terror, agressivo e cheio de violência, por isso o programa que se segue pode conter linguagem e cenas não aconselháveis a pessoas sensíveis…
Se você é viciado no telefone, telemóvel ou computador, então esta crónica é para si! Sente-se, senão irá cair. Desligue o telemóvel e fique confortável. Não permita que ninguém o interrompa. Até porque não é assim tão difícil trabalhar num call-center. Até as crianças o sabem fazer. É só mexer no telefone…
Comecemos então o engate! Nunca foi tão fácil caçar velhas… já a baterem com os pés para a cova. E é aí que se deve perguntar: o senhor Ludovico está?
Se ele morreu, não desista, pergunte-lhe então do que é que ele morreu e se ele gosta da campa onde está. Se pagaram o funeral por inteiro ou parceladamente?
- O meu marido poderá telefonar ao serviço ao cliente?
- Porquê Dona Lêndia?
- É que ele tem dado muitas cambalhotas no túmulo. Os ossinhos dele estão todos espalhados, não se percebe absolutamente nada do que é.
- Como é que se chamava o seu marido?
- Karl Marx! Ele acha indecente o que vocês fazem aos operadores.
A chamada cai. Nem se quer deve haver mais conversa.
Antes de passarmos a analisar todo este processo, devemos seguir o processo de mais uma chamada. Desta vez de um viúvo com a idade compreendida entre os 75 e os 80 anos. Deverá a campa do morto ter alarme não vá o Diabo tecê-las… E se de repente, o viúvo lhe der a morada do cemitério? Como é que o operador reage?
Bem vistas as coisas, como diria Hércule Poirot se seguirmos todos os pormenores acabamos por chegar ao assassino. Neste caso ao mentor deste roubo. Será possível incluir nessa venda missa de corpo presente com música de Marlyn Manson? Ou mais especificamente dos Moonspell? Como é que o morto passaria o dia do seu aniversário no cemitério? Sozinho? Ou teria a visita da família com bolo de aniversário incluído? Não deveríamos pedir para colocar um televisor no cemitério? De manhã a esposa assisitiria ao programa do Manuel Luís Goucha, à tarde o da Júlia Pinheiro, às sete da tarde assistiriam ao “Preço Certo” com Fernando Mendes, seguindo-se o Telejornal e as novelas da TVI .
Melhor do que isto é calcular a gasolina gasta no caminho do funeral (poupando 50 cêntimos de pagamento combustível) cobertura em todo o mundo quando alguém morrer fora do país e o corpo seja “deportado” para o país de origem. Por último as transferências gratuitas caso o motorista for um assaltante e ameace tomar como resgate o corpo da esposa falecida. Nesta visita guiada ao mundo maravilhoso do call- center o que faz falta é animar o cliente. A operadora pode colocar questões aos defundos:
- Como conseguirão os mortos lidar com os vivos? Aceitará a sua família usar o dinheiro como mais achar connveniente?
Para estas coisas deveríamos chamar duas pessoas muito queridas do público português a Linda Reis e o Alexandrino, ela incorporaria a Princesa Diana e ele acreditaria que era o Doddye Al-Dayed, até bem poderiam ser os supervisores desta operação triunfo. Enquanto a Pomba Gira incitaria as suas colaboradoras a fazerem bruxarias para conseguir vendas, o hipnotizador faria com que os formandos recusassem receber o dinheiro da formação, porque o call-center é uma coisa muito séria!
Por outro lado, eles até sabem o que falamos, ouvem-nos. Porque não mandar o chato dos “Contemporâneos”a um call-center?

Se os operadores não conseguirem vender nada, invoque Betlejoice, Jack e a Noiva Cadáver. Todos eles dariam execelentes cobradores de dívidas. Betlejoice seria assim uma espécie de cobrador dos ossos do tele-marketing que perguntaria:
- Muito boa tarde, o meu é Betlejoice. Foi você que pediu para ser enganado?