fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

segunda-feira, maio 23, 2011

A Anunciação à Virgem Maria na Religiosidade do Interior da Beira de Maria Adelaide Salvado


O livro "A Anunciação à Virgem Maria na Religiosidade do Interior da Beira" de Maria Adelaide Neto Salvado, editado pela Palimage, será apresentado no dia 27 de Maio de 2011, sexta-feira, pelas 18h, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, pelo Prof. Doutor Angel Espina Barrio (Universidade de Salamanca) e pela Prof. Doutora Maria de Lourdes Gouveia Barata (Instituto Politécnico de Castelo Branco).


O livro:

As orações e as manifestações populares do culto à Virgem Maria naquele que é o mistério fundador do cristianismo: a Anunciação da sua maternidade divina, revestiram-se, nas povoações da Beira, de uma marcada e penetrante originalidade.

A busca da compreensão dos vectores que modelaram essas expressões da religiosidade popular fez mergulhar este livro na matriz profunda do culto mariano.

Esse estrato do sagrado europeu configura um território onde a fronteira entre o sagrado e o profano é débil e esbatida e, numa subtil alquimia, o sentimento religioso à Virgem Mãe, à Mãe de Cristo, cruza-se e funde-se com sentires e apelos vindos do fundo dos tempos.

A Autora

Maria Adelaide Neto Salvado

Geógrafa e investigadora. Foi professora no Liceu Passos Manuel e no Liceu de Nuno Álvares de Castelo Branco. Docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco onde leccionou áreas da Geografia, da Didáctica e da Cultura, História e Geografia regionais.

Entre 1978 e 1989 foi conservadora-ajudante do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior de Castelo Branco. Sócia de algumas instituições científicas, recebeu, em 1987, o prémio monografia regional da Sociedade Histórica da Independência de Portugal pela obra, em co-autoria, Rei Wamba - Espaço e Memória. Co-organizou e participou como comunicante em vários colóquios e congressos nacionais e internacionais. É colaboradora da imprensa regional. Tem colaboração editada nas revistas Brotéria, Carmelo Lusitano, Estudos de Castelo Branco, Educere, Revista de Extremadura (Cáceres), entre outras.

Entre os seus trabalhos editados destacam-se os seguintes títulos: Os Avieiros nos finais da década de cinquenta (1985), O espaço e o sagrado em S. Pedro de Vir-a-Corça (1993), O culto do Espírito Santo em terras da Beira Baixa (1997), A confraria de Nossa Senhora do Rosário de Castelo Branco Espelho de quereres e sentires (1998), O Jardim do Paço de Castelo Branco: roteiro de uma vista de estudo (1999), Remoinhos, ventos e tempos da Beira (Org.) (2000), Nossa Senhora do Carmo nas Alminhas da Beira Baixa (2001) Nossa Senhora da Azenha a Luz da Raia (2001), O Colégio de S. Fiel (2001), Elementos para a História da Misericórdia de Monsanto (2001), Em nome do Amor... José Pina e Maribela um caso de amor e morte em Sarnadas de Ródão no início do século XX (2001), A Misericórdia de Medelim. Apontamentos e lembranças para a sua história (2002), A procissão do Corpo de Deus de Castelo Branco. Religião e poder político (2003), O Horto de Amato Lusitano (em co-autoria) (2004), A capela do Espírito Santo de Castelo Branco. Elementos para o seu conhecimento (2005), Casa da Infância e Juventude de Castelo Branco Rumos educativos 1866-2006 (2006).

É coordenadora dos Cadernos de Cultura “Medicina na Beira Interior da Pré-História ao séc. XXI” e faz parte do conselho editorial da revista de cultura Estudos de Castelo Branco.


Nota:

Com base em dados da Palimage.

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I Jornadas Ibéricas A Criança e a Leitura: Experiências, Estratégias e Desafios

Cartaz

O Centro de Estudos Ibéricos, conjuntamente com a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, vai levar a efeito, no próximo dia 25 de Maio, na Sala Tempo e Poesia da BMEL, na Guarda, as I JORNADAS IBÉRICAS A CRIANÇA E A LEITURA: EXPERIÊNCIAS, ESTRATÉGIAS E DESAFIOS.

O programa detalhado é o seguinte:

9h30 – Sessão de Abertura
9h45 – "A importância da leitura na infância" – Prof. ª Adelaide Lopes – Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto – Instituto Politécnico da Guarda
10h30 –"Estrategias de fomento de la lectura con primeras edades" - Sara Iglesias - Fundación Germán Sánchez Ruipérez
11h15 – Pausa para café
11h30 – "O projecto Gulbenkian/Casa da Leitura: idealização, concretização e balanço" – Doutora Sara Reis – Casa da Leitura – Fundação Calouste Gulbenkian
12h15 – Debate
12h30 – Pausa para Almoço
14h00 – Atelier prático com crianças dos 9 meses aos 3 anos - Sara Iglesias e Soraya Herráez -Fundación Germán Sánchez Ruipérez
15h30 – Pausa para café
15h45 – Apresentação por parte de alunos da Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto – Instituto Politécnico da Guarda – Orientada pelas Prof. ª Adelaide Lopes e Prof. ª Rosa Tracana
16h15 – Debate
17h00 – Encerramento

A inscrição é gratuita e obrigatória para emissão de certificado.

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quinta-feira, maio 19, 2011

Fósseis no Museu de Celaya (México)

Imagem retirada da página web do Museu.


Lembram-se de aqui termos anunciado uma descoberta de fósseis em Tinajitas, Celaya (Estado de Guanajuato; México)?

Vimos agora informar que esses fósseis já se encontram no Museu de Celaya: História Regional.

Passem por lá... nem que seja apenas virtualmente...

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domingo, maio 08, 2011

Exposição O CORPO DO CORAÇÃO - horizontes de Amato Lusitano: o catálogo


Capa do Catálogo da Exposição "O CORPO DO CORAÇÃO - horizontes de Amato Lusitano".

O Corpo do Coração: horizontes de Amato Lusitano [catálogo], editado pela Câmara Municipal de Castelo Branco, em Maio de 2011, inclui textos de: António Lourenço Marques, Joaquim Morão, Pedro Salvado e Maria de Lurdes Gouveia Barata; fotografias de: Carlos Matos, Diamantino Gonçalves, Eduardo Margareto, José Joaquim Pio, José Tomás, Paulo Vinhas, Pedro Martins e alunos do A. E. Faria de Vasconcelos de Castelo Branco e poemas de: Américo Rodrigues, Nicolau Saião, António Salvado, Alfredo Pérez Alencart, Maria Estela Guedes, Maria do Sameiro Barroso, Stefania Di Leo, Hendrick Van Noort e Margalit Matitiahu. O design gráfico é de Tiago Navarres Marques.

A Coordenação da exposição é de Pedro Salvado. A Organização da iniciativa é da Comissão das Comemorações do Quinto Centenário do Nascimento de Amato Lusitano.

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sábado, maio 07, 2011

Exposição O CORPO DO CORAÇÃO - horizontes de Amato Lusitano: fotos (I)




Cristina Granada (tapada por uma jornalista nesta foto), Carlos Semedo, Maria de Lurdes Gouveia Barata e António Lourenço Marques (da Comissão das Comemorações do Quinto Centenário do Nascimento de Amato Lusitano)

Pedro Salvado (Coordenador da exposição), José Lagiosa e Luís Norberto Lourenço.
Foto de Jorge Costa.


António Salvado (da Comissão das Comemorações do Quinto Centenário do Nascimento de Amato Lusitano), com Helena e Diana Salvado.



Fotografias da Exposição O CORPO DO CORAÇÃO - horizontes de Amato Lusitano, inaugurada esta tarde em Castelo Branco. A Coordenação da Exposição é de Pedro Salvado.

Todas as fotos aqui publicadas são de Luís Norberto Lourenço, excepto a primeira, de Jorge Costa.


Organização:

Comissão das Comemorações do Quinto Centenário do Nascimento de Amato Lusitano

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sexta-feira, maio 06, 2011

O Corpo do Coração: exposição amatiana inaugura a 7 de Maio em Castelo Branco

Fotografia da autoria de Luís Norberto Lourenço,

tirada em Castelo Branco, a 10 de Janeiro de 2010.


Exposição: O CORPO DO CORAÇÃO: Horizontes de Amato Lusitano
Duração: de 7 a 29 de Maio de 2011
Inauguração: 7 de Maio, Sábado, 16h00
Local: Cine-Teatro Avenida, Castelo Branco
Organização: Comissão das Comemorações do Quinto Centenário do Nascimento de Amato Lusitano
Entrada: Gratuita
Aceitam-se marcações para grupos na parte da manhã das 10h00 às 13h00


Este projecto expositivo apresenta duas estratigrafias imagéticas cronologicamente diferenciadas que se estabelecem a partir da figura de João Rodrigues de Castelo Branco, o albicastrense médico judeu, mais conhecido por Amato Lusitano na Europa de quinhentos. Apontam-se algumas das matérias que estabeleceram, e reproduzem, a construção iconográfica histórica da personagem que se estabilizou, em 1956, na estátua de bronze realizada pelo escultor Martins Correia. A peça que está situada no centro do pulsar da cidade afirmou na comunidade local o regresso e a presença na geografia urbana de uma ausência de séculos de uma ímpar sumidade da cultura europeia. O bronze anulou e anulará, em parte, a amnésia identitária que ainda envolve a memória de Amato. Uma estátua que possui uma biografia peculiar que é reconstruída nos nossos dias através de diálogos sustentados em múltiplos suportes que anulam o esquecimento.

A outra estratigrafia exposta resultou de um desafio colocado a um notável conjunto de fotógrafos para que interpretassem a densidade cultural da personalidade. São criações que podem remeter para o espaço público contemporâneo, para o modelado histórico primevo, para o jogo dos tempos, revelando uma rede de metáforas e de horizontes complexos mais materiais ou mais etéreos. Os artistas cartografaram outras geografias e escalas reconstituindo epidermes do espaço vivido, do corpo e da alma amatianas. Estamos diante de um inventário de partidas, de ausências, de interrogações, de saudades. Relacionados com Amato, os discursos fotográficos assumem-se como penitências do sentir, como catarses individuais desenhadas com luz que constroem outras memórias que anulam o esquecimento do judeu albicastrense que, errante, retornou através da História.

Por: Pedro Salvado

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quinta-feira, maio 05, 2011

Pica- Pica Zun - Zum ( Uma nova forma de telemarketing

Trabalho, mais trabalho e mais trabalho… Horas e mais horas, e os nossos direitos onde é que eles estão? O que foi feito dos direitos adquiridos ao longo de dois séculos? E em Portugal como é que é feita esta legislação?

Ou será que tudo isto não passará de uma visão de um escritor de ficção científica? Digo-vos isto porque hoje vamos conhecer uma outra realidade… a de um universo muito pouco conhecido. Nós já os ouvimos,eles picam-nos e nós damos-lhes com dumdum, mas nada… até parece que os bichanos se multiplicam ao som do ritmo do insecticida. Ao que parece que no mundo da mosquitolândia, o dum dum é uma dança bem famosa. Que o diga Mesquita a Evitar. Uma operadora de picamarketing.

Mas afinal o que é o picamarketing? E o que é que isto tem a haver com as condições de trabalho? Já pensamos alguma vez que os animais também poderão ter os seus direitos? Porque é que eles nos picam constantemente? Em casa, na rua, nas bibliotecas, tudo o resto vocês já sabem… eles não nos dão descanso… até parecem aquelas pessoas que nos ligam para casa a perguntar se estamos interessados naquele ou noutro produto XPTO. Mas eles coitados estão a fazer o trabalho… assim como os mosquitos e neste caso a Mesquita a Evitar. Mesquita a Evitar é uma operadora de picamarketing. A pergunta paira no ar: O que é o picamarketing? A bem da verdade o picamarketing é uma espécie de casamento entre o telemarketing e o marketing de guerrilha, isto é como os mosquitos! Não falam, eles fazem aquilo que sabem… que é morder, agora o marketing de guerrilha é algo novo no nosso país, fazer marketing com pouco dinheiro, ou seja aquilo que agora se diz low-cost.

É fácil, é barato e enfim... para Mesquita a Evitar farta- se de trabalhar , apesar de não cairem chamadas e não ter aparelhos para ouvir os possíveis clientes, ela apenas tem que morder,picar os humanos para que eles comprem repelentes para mosquitos.Irónico não é? Ela que fez curso superior, se especializou em filmes etnográficos sobre as pernas e os braços das camponesas na monda do arroz na zona do Carvalhal durante os anos oitenta -noventa. Um trabalho de campo que ela adorou. Infelizmente ela não podetrabalhar na sua área , mas tem que pagar as contas da casa, o infantário dos seus mosquitinhos, o condomínio e o resto vocês já sabem têm que pagar, não é verdade? Afinal os mosquitos também sofrem...

A mosquita superior não se cansa de lhe lembrar de picar, picar, picar, picar, para ser uma mesquita exemplar. Mesquita a Evitar é descendente de uma longa linha de mosquitos anti-facistas que antes do 25 de Abril andava na clandestinidade, lutava pelos direitos dos trabalhadores, picavam os capatazes ,mordiam os senhores do poder, e até quem sabe deu um empurrãozinho a Salazar… enfim tantas memórias. Quando se deu a revolução dos cravos para os humanos portugueses, ela participou numa série de comícios, e chorou emocionada .As mesquitas da sua família esclareceram as outras dos direitos que tinham dos métodos contraceptivos ,enfim outras sessões de esclarecimento que ninguém tinha feito antes.
Agora as coisas mudavam podia partir para outro lado como um super-herói, a Super- Mesquita, daí o nome Mesquita a Evitar. Muitos diziam que ela era descendente de uma mesquita muçulmana. Ela ria-se quando lhe perguntavam isso…

Agora ela quer falar dos direitos dos mosquitos, dos seus trabalhos. Ela está em vias de perder o seu emprego. Picar o Capuchinho Vermelho não é “pera doce “. Vermelha já ela era, umas vezes conotada com épocas anteriores da revolução, mas enfim o Capuchinho Vermelho aderiu à cor laranja. Ela sempre admirara o Capuchinho Vermelho!

A avó então nem se fala e tentar picar o lenhador… É só dizer que ele não está ao serviço hoje… Volte a tentar a picar amanhã. De facto é isto ao que se chama picar o ponto. Ou seja com clientes destes é mesmo o fim da picada!

Aos fins de semana Mesquita a Evitar faz figuração no filme “Os Dez Mandamentos “, mascarada de gafanhoto, para a cena da praga de gafanhotos. Mesquita a evitar quer fazer uma revolução do tipo daquele humano de barbas, um tipo chamado Karl Marx que escreveu “O capital “ .

Será que ela poderia escrever “O capital Repelente? “Ou não fazer uma outra história como aquele inglês que lia na biblioteca antes de picar os humanos intelectuais?

Afinal de contas de que servem os direitos dos trabalhadores se eles só servem para embelezar uma biblioteca… se ao menos… pudesse picar os códigos e o papel. mas esse papel já não lhe compete a ela … mas sim à traça.

Volto a perguntar-vos:
De que servem afinal os direitos dos trabalhadores se eles na maioria das vezes eles só servem para contar boas histórias? Ou ficar na história do direito e das ideias jurídicas? Por fim Mesquita a Evitar deixa uma declaração:

Se há alguém que tiver alguma coisa para falar, que fale agora ou se cale para sempre.

terça-feira, maio 03, 2011

Como nos tornámos humanos?


"Como nos tornámos humanos", é um livro de Eugénia Cunha (1962- ), publicado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, em 2010, incluído na colecção "Estado da Arte", sendo o n.º 4 da mesma. Deixamos o ISBN da obra: 978-989-26-0024-6.

Deixamos aqui a sugestão de leitura e a partilha.

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