fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

terça-feira, setembro 04, 2018

Ovo de Fogo Cap . X




Enquanto  esperava o  seu colega  Necessidade  estava em dúvida , cheia de medo , com aquele nervosismo habitual da primeira vez ...  Enganem-se de que não é aquela  primeira vez , do outro lado  o Troll  ou hacker de nome  Quitoso  fotografava  a  jovem historiadora que nos  tempos livres se  fazia passar  por vampira zombie . De onde  é que aquilo lhe viera  à  cabeça ?
Talvez  das suas pesquisas sobre o império otomano se devessem a dois motivos a Bram Sotocker , as suas pesquisas  que fizera para o mestrado em Litertura inglesa  onde  procurara a  história do famoso Drácula e daí ter tido a  ideia  para o jogo " Ovo de  Fogo " .
Vlad Drakul pertencia à  família do   dragão e ao mesmo  tempo, foi até mais  longe na busca de um homem  que  lutou bravamente  contra o povo invasor , católico fervoroso ,  valeu-lhe  talvez a dimensão minuciosa da descrição  de Elisabeth Koslova no romance  " O historiador " A  partir dessa altura começou a interessar-se pelo  povo invasor , e sabia  também que parte dos seus antepassados haviam  fugido  para lá , retornando nos anos quarenta com as  chaves de  casa . Sarah   odiava  aquele período sombrio , e  voltar a  Jerusalém era um martírio , as histórias de violência . Em vez de  ouvir  histórias de príncipes e princesas  ouviu desde miúda histórias de sobrevivência . O alemão era   uma língua proibida  na família .  Aos onze anos  com Bazar Miznov  aprendeu hebraico  clássico e decidiu  seguir literatura para poder  criar  outros mundos , mas foi aquele  romance que a  fez voltar atrás , ir à procura das suas raízes .    E lembrava-se então de um grupo de  homens e mulheres que  faziam parte de um   imaginário da sua  família ,de histórias em  cadernos empoeirados e de  se inscrever no Goethe Institut  às escondidas para  aprender alemão e história antiga , a  história  da anatólia    hitita , das peripécias da primeira  guerra mundial .  Por isso  enquanto esperava  pelo  Ulisses  XXI  , ou  com quer  que fosse  entretinha-se a  ler  o seu artigo com base em duas telenovelas turcas O magnifico Sultão sobre a  vida de Sultão Suleiman e da  Sultana Kosem . Não nos devemos esquecer  que  ela sabia  a antiga língua  persa , o  farsi ,  o turco , e da mesma  maneira  que  sabia essas línguas enigmáticas ela  aprendia  também as línguas  indo-europeias . Naquele instante revia  o artigo  " Sultanas , Sultões e haréns  e o  imaginário do médio oriente na  ficção literária , musical e  televisiva para a revista  Femina  :


"  (...)O harém  denominado cerralho  por Mozart descrito como locais de perdição nas cartas Persas de Montesquieieu  , mas foi ao longo  dos séculos que  os haréns foram descritos como lugares de luxúria , quer através do imaginário europeu , quer através do   fascínio ou ao mesmo tempo nas descrições dos quadros pintados pelos pintores  franceses nos  momentos de independência europeias .  Todos esses elementos   deram-nos uma  imagem errada de um local estritamente feminino , proibido aos homens tendo  como condição  ser.se  membro  da  família . Nesse caso , o imaginário do harém centra-se sobretudo na força de duas mulheres  Hurrem  e  Kosem que deram cartas  na  história do império otomano . Assim sendo  e conforme  o  título indica pretendemos  dar a conhecer  duas mulheres  evocadas recentemente em  duas novelas  de época   turcas  se centram em mulheres de estado na verdadeira   noção  política  definido    por Maquiavel . Ao longo desta apresentação iremos    conhecer a sultanas  Hurrem e Kosem .(...)"


Naquele instante   o telefone  toca , erao  tal jovem que se ia  encontrar  com ela   que tinha o nome de  código Hooper que escolhera aquele  local  , pois aquele local  lhe fazia lembrar o famoso  quadro " O automato " .
-  Nec  ,  sou Hooper , temos que  sair  daqui , Quitoso  está à nossa  espreita e o nosso  disfarce não pode ser  descoberto ! Ninguém pode saber   das próximas  movimentações do  Ovo  de Fogo. Tens que  sair  daí , mas  discretamente . Rápido .

Naquele instante um  vulto   preparava-se para  acertar em  cheio  na jovem  historiadora . O que teria ela  que o  podia por em perigo  a identidade deles  ? Ou quem queria  revelar aquele  grupo ?