fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

quinta-feira, janeiro 29, 2009

Histórias dos Palhaços Kitosos

A imagem do palhaço pobre e lavadinho está actualmente ultrapassada . Longe vão os tempos em que os pobres eram humildes, poupados e honradinhos. Hoje em dia os meios de prevenção e de higiene estão na ordem do dia . Mas há quem não a conheça . Fomos encontrar um descendente do palhaço pobre que tinha piada nas arenas do circo e que de uma certa forma todos achamos piada, hoje já não é bem assim. O palhaço pobre continua com a sua quarta classe de humor, sem qualquer tipo de escolaridade humorística. Piadas gerais a que um certo de pessoas teima em aborver a todo o custo é o velho fantasma do Palhaço Salazar, aquele instrumento de cozinha a que todos nós usamos um dia para raspar os bolos quando eramos pequenos. Algumas dessas pessoas quando chegou à altura da ocupação das Quintas do Pós Vinte Cinco de Abril, abriu as portas de sua casa aos palhaços pobres com ideias marxistas, talvez fossem marcianos que invadissem o nosso país. Nem George Wells pensara nisso como dera tão bem esse seu romance. Essas piquenas e piquenos assustados ou talvez quiça traumatizados com esses raspas dos poupadinhos e das palmadas que levaram das cozinheiras lá de casa decidiram revoltar-se. Mas a verdade é que esses palhaços pobres tornaram-se palhaços ricos. Talvez por essa razão que digam que batatinha à presidência talvez tenham mais dignidade. Imaginem o que era... termos flores a deitar água na assembleia da República cada vez que uma lei fosse votada por unânimidade. Mas voltemos aos nossos herdeiros desses palhaços pobrezinhos que tudo aguentam na nossa sociedade. Já não são mais os mesmos. Desejam o regresso a um tempo que já não volta. Empregos seguros são cascas de banana no chão para cairmos. Esses quarenta e seis anos de ditadura salazarista mais uma primavera a que deu depois um verão tão quente que levou os nossos palhacinhos aterem um escaldão com os seus narizinhos vermelhos. Só a água e a líquidos recomendados pelos médicos de funcionalismo público trabalhem tanto a que uma certa hora já não vejam bem as coisas. Mas como é bom viver numa certa palhaçada , mas a grande verdade é que a classe pobre do palhaço está desgraçada. Já não respiram o ar puro das mesmas piadas de antigamente. Esta época a que temos falado deixou-os sombrios sem cor e completamente esfarrapados, as suas longas roupas já não metem piada a ninguém. Não se vestem com marcas de roupa ou não frequentam centros comerciais a olharem para outros palhaços a correrem para uma bola. O palhaço kitoso é um bom exemplo disso. Chato, piolhoso e ainda por cima apresenta-nos as mesmas tendências de humor. Não recorre aos saldos de inverno e de Verão haveria de ser bonito a cambada de palhaços pobres a regatearem os preços das marcas e a lerem os livros da moda e a gritarem pelos 10% . Quero 10%? Não me pode fazer um desconto? Mas há outro género de palhaços, a que eles que tem um certo poder económico têm tantos empregos mas esquecem uma coisa essencial, sabonete e água. Mas há um outro tipo de palhaço. Aquele que está desempregado, saído das faculdades ou espera a sua reforma e tem que frequentemente frequentar cursos nos centros de palhaçadas profissionais. Ou sejam estes palhaços vêm-se num autêntico combate de piadas secas onde já não se aguentam mais os arrotos ou peidos dos formadores palhaços. É que cada sessão de esclarecimento é uma autêntica caça à palhaçada tratam-se uns aos outros como se estivessem a fazer um número de circo é que ninguém se entende. Esta quantidade de palhaçadas chega a ser chamada de kitoso. Quem não se lembra daquele líquido para tirar os piolhos?
Não só é a falta de asseio, bem como a continuação das aventuras sexuais com inúmeros parceiros ou parceiras. Estes palhaços a que chamamos kitosos pertenceram a mormons, a seitas como IURD à procura de uma palhaçada divina em que Deus o palhaço com uma piada cruel e cáustica lhes faça a estoucada final como na esgrima. Mas há um outro tipo de palhaços a que uma outra raça tão distinta que tem a mania que sabe de tudo e tem a mania de policiar o mundo de que este género de palhaços viram os Teletubis em pequenos. São visíveis à distância tão alegres que até são carinhosamente apelidados de “bichas“ ou mais subtilmente de “gays “. As suas malinhas , as suas maneiras femeninas e o sonho de um dia de um dia virem a terem seios e uma vagina que lhes dê um nome “perfume de palhaça”

Como já se aperceberam a conversa do palhaço quitoso deixa muito a desejar , eles estã por todos os lados e não nos poupam. È que a conversa já cheira tão mal que não deixamos de pensar se eles não lavaram os dentes ou não têm água de colónia ou sabonete . Imaginem lá o que não era a aflição da corte francesa no tempo de Luís XIV. O suor e o doce perfume ao fim de algum tempo azedava. Azedou tanto que uma rainha perdeu a cabeça por causa da falta de um bom perfume é que naquela altura não tinham bons franchazings, apenas perfumistas palhaços que os gozavam e não lhes diziam a razão. Afinal o rei cheirava mal que se dava ao luxo de ter uma caixinha com os seus excrementozinhos guardados como prova de conquistas amorosas. Ou na melhor das hipóteses o nosso D. João V ofereceu a uma das suas amantes um penico lavrado a ouro. Ou ainda quem quiser visitar o Museu dos Coches pode observar uma coisa curiosa... nos coches havia uma espécie de sanita para que não houvesse paragens como nas excursões da província onde se pará para que os turistas façam as suas necessidades. È que nesta época a palhaça era outra, não havia tempo para merdices, mas sim para tratados diplomáticos que acabavam por cheirar ainda pior do que certas terras adubadas com o estrume dos cavalos. E chegamos aos pallhaços dos tempos de hoje, vestidos de preto, seguem uma moda estranha, a morte. Afinal de contas esses grupos de palhaços não aguentam o género do palhaço pobrezinho e gozam-no e chamam por outro o bode velho que não aguenta o pivete , o pedido da moedinha, do crava do tabaquinho. Afinal alguns destes palhaços Kitosos tentaram assaltar um banco, mas a madeira e o cofre fugiram dele. È que há “caixas de pau“ com muita dignidade e que não aguentam pessoas porcas. Nunca duvide da subtileza de uma criança “Já puses-te kitoso hoje? “

Não sabe o que é? Então é porque não passou por um grupo de palhaços decadentes observados a olho nu pela história universal. Os palhaços kitosos podem estar ao pé de si e podem passar-lhe uma camada de piolhos. Acredite se quiser .