Fotossíntese cap. 13
Alguns milénios atrás chamava-me
Naram-Sim. Naram-Sim chegava à cidade de Lisboa com um único propósito o de
infiltrar-se na discoteca “O Vigário”. Sabia que num dos recantos da discoteca se encontrava um laboratório que iria
recriar o mundo vegetal, mas de início não sabia o que estava ali a fazer.
Sabia que o falso detective François era testemunha de que a placa que ele procurava pertencia-lhe por herança a
um familiar seu nele estavam contidas de um jogo didático “O Conto do Vigário
“. Ele sabia que aquela placa tudo faria sentido para ele e faria qualquer
coisa para o apanhar. Nesse sentido devia proteger as três entidades Desde
menino que ele chegava perto daquelas três imagens como às três jovens a elas o
Conto do Pecado do Mortal do Jardineiro faria todo o sentido tal como Samuel
Noah Kramer descrevia. Ao mesmo tempo o famoso laboratório apoderara-se dessa
importantíssima jóia da arqueologia mesopotâmica e nela figuravam algumas das informações que lhes eram
administradas a par e passo como de um jogo se tratasse. A história da
mesopotâmia perseguia-os desde meninos Havia algo que na tese François, Caetana e Carlota se sobrepunha e
também à de Benedita. Eles eram os elos legais e ilegais deste puzlle. No instituto da faculdade Naram-Sim fazia-se
passar por um professor que vinha para
Portugal uma tese sobre a “Hierarquia
dos Demónios“ , nesse grupo estavam todos os elementos de que necessitava para
os preparar de uma caça ao tesouro e neles estariam os traços iniciais em
Assur-nar-sir-plaII.
_ Procuro em
relevo-luz.
- É disso que
está à procura? – perguntou a bibliotecária.
- Alguém está a
defender uma tese de doutoramento em que prova que o relevo neo-assírio em alabastro é uma espécie de fotografia.
Procura ao mesmo tempo espelhar a imagem e o conceito de magia simpática. O autor em questão lera muito Carlos costaneda, dizia
ele a certa altura enquanto pesquisava na tese que os espíritos espreitavam a qualquer momento.
O falso professor preparava-se para ir dar a sua aula: Hierarquia dos Demónios mas num outro plano os dos
génios e dos grifos demónios. Num dos
pontos máximos uma das teses haviam sido adquiridas e isso o computador é que
lhes diriam no final.
Durante a aula O misterioso professor iniciou a sua aula como devia ser o
rei assírio rico, esplendoroso. Comparava as imagens dos cartazes publicitários que pretendiam jogar através do
vigor físico e do poder. Aproximavam-se
das congéneres egípcias, hititas, mas aos seus olhos tinham outro encanto.
Encanto esse que passava para um patamar
acima. Eram os demónios que faziam o homem mesopotâmico um ser religioso e ao
mesmo tempo poético.
Aquilo que vos conto aqui é só um grão de areia do que se passou à milhares
de anos. O meu estado de saúde também não é dos melhores e correr em busca de um documento por esse mundo fora
não é tarefa fácil. Contam os anais da história que foi a primeira escritora de
que desenvolveu uma profecia capaz de espantar os homens. Todos eles
procuraram respostas e atravessaram o mundo. Só em sei porque me deram a
resposta. Uns seres magníficos detinham
o poder da magia, só eles sabiam como se determinava a fotografia. Eu
saí do meu corpo e falei com um touro de rosto humano, pujante de poder e
força. Perguntou-me onde ia. Eu disse que ia avisar de que iam destruir o
poder da luz e da ciência. eu gritava que era necessário fazer alguma coisa.
Fui dizendo palavras e orações. Invocando todos os Demónios. Mas ele apenas me
dizia que eu era mentiroso que queria unicamente as chaves para aparecer no
futuro e restaurar o meu passado. Sabia que o Touro era intemporal e que ele fazia a ligação com a discoteca
“Vigário “Disse-me que tinha que ter uma visão provisória para aparecer por lá
já que a noite era dedicada ao vinho. Regressava agora ali aquele local onde vislumbrava aqueles alunos que me
ouviam com toda a atenção. Apenas disse que deviam ter muito cuidado com aquilo
que iam encontrar pois não eram figuras simpáticas .
Até de súbito uma rapariga perguntou:
- Posso fazer uma pergunta?
- Claro, estamos aqui para isso-respondeu Naram-Sim.
- Em todas as
religiões à excepção do Cristianismo o sacrifício desempenha um papel
importante. Todavia, o valor que lhe é
reservado na piedade reveste-se de
muitas modalidades. Há um primeiro grupo de cerimónias sacrificiais que roçam a magia e, por vezes, assim se mantêm, se bem que regra geral, um sacrifício não seja um
acto mágico. De que modo podem eles atingir o poder quer na sociedade ou no
mundo sobrenatural?
- Tais serão
sacrifícios dos demónios e é isso que está a ser desenvolvido numa das
teses que vim orientar, com os
quais se procura uma protecção contra eles, apaziguando-os por
meio de oferendas, ou ainda mortos, em
seguida, também os sacrifícios de
fundação, pelos quais são esconjuradas
as influências maléficas que poderiam
exercer as divindades que possuem o solo.
Depois da aula Naram-Sim suspirou. Preparou-se para se atirar de novo em
volta do computador portátil. Mas havia algo que não jogava certo alguém
entrara dentro do sistema e estava a tirar todas as fichas. Quem seria?
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