fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

quarta-feira, junho 16, 2010

Arqueologia 0 - Hipismo 1

Uma das funções do Museu Arqueológico do Fundão é promover o hipismo!?
Estamos baralhados...
Temos bibliotecas a promover exposições, não de bibliografia, mas de vestidos, bordados e desenhos infantis... livros nem vê-los!
Agora é um museu dado a promover o hipismo!?
Se fosse um museu do hipismo, museu do desporto, museu do cavalo ou a propósito da descoberta de algum hipódromo... ainda se entendia!
Ou será que em épocas de fusões, reconversões e outras modas do género, o museu abdica da Arqueologia em favor do hipismo?
Responda quem souber...

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5 Comments:

  • At 11:12 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    II Concurso Hípico Cidade do Fundão

    Nos próximos dias 19 e 20 de Junho, o Museu Arqueológico do Fundão irá organizar o «II Concurso Hípico Cidade do Fundão», evento que é já, depois do sucesso alcançado na edição do ano pretérito, um dos referenciais hípicos do país.
    Como presidente da Comissão Organizadora figura novamente o consagrado cavaleiro Coronel Bernardo Mendes, e o concurso foi este ano inscrito na Federação Hípica Portuguesa, fazendo parte do Calendário Nacional de provas federadas, situação apenas possível quando a qualidade do mesmo é reconhecida por aquela entidade, como se veio a confirmar. Além do mais, a edição de este ano tem confirmada a presença de reconhecidos nomes do hipismo português e também espanhol.

    Este concurso - que prestigia a região e as entidades que se lhe associam - terá lugar num espaço privilegiado à entrada da cidade, com grande visibilidade, na Estada Nacional Fundão-Covilhã junto ao corredor e tem garantida cobertura e transmissão televisiva à imagem da edição anterior.O evento do ano passado – que foi apenas de um dia – saldou-se por um enorme sucesso, registando-se a presença de 600 pessoas na assistência e acorreram a participar no concurso 90 conjuntos (cavaleiros e cavalos). Contamos este ano potenciar ainda mais este evento, não só pela duplicação de provas, como atrair mais público e participantes.

    retirado da página do museu, que fusão.

     
  • At 10:46 da manhã, Anonymous Manuel said…

    Como jovem voluntário do Museu, eu só posso dar os parabéns a essa magnífica instituição cultural da Beira Interior por este evento. Como acompanhei a edição da Prova Hípica do Ano passado acho que posso aclarar as coisas um pouco. A edição do ano passado surgiu quase por brincadeira, depois de um desafio do Coronel Bernardo Mendes, sabendo que no Museu do Fundão há pessoas que entendem do assunto: o Distrito de Castelo Branco tem muita gente a montar a cavalo, mas não havia uma única prova hípica nesta região há muitas décadas. A prova foi um sucesso, até se teve de limitar as inscrições… Era um evento para ficar por aí! Mas as pessoas do Fundão, não pararam de perguntar se este ano haveria nova prova, iam ao museu, abordavam na rua, queriam uma nova prova… E daí fez-se uma segunda edição, este ano aprovada oficialmente pela Federação Hípica. Nada mais lógico que o museu correspondesse. Outra coisa: ainda há quem defenda a compartimentação da cultura? O museu tinha entre muitos outros um projecto, que por causa da «Menina Crise» (ainda) não foi adiante, que era, a partir da descoberta das gravuras equídeas, fazer um evento de grande dimensão ao redor da temática equestre, a partir da pré-história, que era qualquer coisa como – que me perdoem os membros do museu se não era assim o título - «2O mil anos de cultura equídea – o cavalo e o homem da pré-história à história», e eles até começaram os protocolos com uma câmara, um museu e um instituto politécnico. À falta de continuidade desse «sonho», ficou uma parcela do mesmo… Acham mal? Se o museu podia fazer este evento único, porque não? Ainda por cima com despesas muito reduzidas, ao que julgo.
    Além do mais deve-se dar os parabéns ao museu por isso, pôr dar mais um safanão no marasmo: foi graças ao sucesso do ano passado que algumas câmaras desta zona solicitaram uma prova, a Câmara da Idanha, por exemplo quis este ano organizar lá uma prova (não-oficial, mas um espectáculo bonito), e bem como a Zebreira e Orca – que contactaram o Coronel de superintende nestes assuntos,
    Por outro lado promove-se o Museu, divulga-se até neste sector, não sei se este ano vão pôr tarjas a anunciar a Rota a dos Castros, o Mundo Romano, as Escavações. Era bom. Dá-se nome ao Fundão, impulsiona o turismo, que é a única terra, infelizmente, desta região ,a aparecer oficialmente no «calendário nacional» oficial, ao lado das lisboas, portos, coimbras, Portimões … Uma bofetada na interioridade!!!!
    Claro que o museu continua activíssimo na arqueologia, que é a sua função primordial mas não só. Cultura estanque, isso é do passado. Este museu é de facto de grande dinamismo. A propósito, foram à Mostra de ciência a semana passada? Viram os ateliers de fogo e gravura rupestre, isso sim merecia um comentário… O museu não descurou as suas actividades, acabou de organizar as Jornadas de Arte Pré-histórica, e já está a preparar as jornadas de Setembro sobre «OS segredos no subsolo arqueológico do Concelho do Fundão, com conferências de 10 arqueólogos e historiadores; e o ciclo de Teatro Clássico Greco-Romano para julho (também podem pensar que isto é errado, pois não é arqueologia pura e dura!!!!)
    E a propósito, jovens, já se inscreveram nas escavações arqueológicas deste ano? Eu já… Como no ano passado e no interior. Bora lá!!!! Parabéns Museu por essa vitalidade toda!!!!
    Manel, voluntário do Museu

     
  • At 7:16 da tarde, Blogger Manuel de Castro Nunes said…

    Caro Manuel.

    Já agora peça que enviem para ''Archport'' este comentário como aqui ficou. Já faz algum sentido, assim. Vou eu copiá-lo e postá-lo lá.

    Um abraço.

     
  • At 5:42 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    [Archport] Resposta de um voluntário no Museu.
    To: archport@ci.uc.pt
    Subject: [Archport] Resposta de um voluntário no Museu.
    From: Manuel Castro Nunes
    Date: Fri, 18 Jun 2010 16:25:58 +0100

    Caro Amigo Manuel.

    Tenho estado a seguir este assunto e acabo de ler a sua resposta, que, acredite, me sensibilizou pela soa espontaneidade.

    Eu, pessoalmente, adoro cavalos, um nobre animal, muito mais nobre do que nós, acredite, a não ser de entre nós aqueles que se distinguem por, por tique, montarem sobre eles, por tique, note bem, nada tenho contra o hipismo e os concursos hípicos.

    Acho também e de todo natural que as gentes de Fundão e Castelo Branco, sendo todavia eu também beirão, se interessem pelo hipismo e pela alta escola, não é exclusivo privilégio das gentes do Alentejo, Ribatejo e Estremadura.

    Ora, nem mais. Mas o que não consegui mesmo perceber foi a razão porque haveria de ser o Museu de Arqueologia a promover o concurso hípico. Poderia ter sido a Santa Casa da Misericórdia, por exemplo. Bem…

    Já agora, não sabia que os museus beneficiavam de trabalho voluntário, que tanta falta faz nos hospitais e na rua, a socorrer os desvalidos desta barafunda.

    O Caro Manuel é voluntário assim… a tempo inteiro, não vai à escola, está desempregado, ou gosta simplesmente de hipismo e, por acréscimo, de museus?

    Acho, para lhe dizer com toda a franqueza, que está a ser atirado para a arena, sem se dar conta.

    Um abraço.

    Manuel de Castro Nunes

     
  • At 10:13 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    È para estas coisas que vai o (pouco) dinheiro do povo?
    Ladrões.

     

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