fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

sexta-feira, junho 04, 2010

O Sítio do Picapau Amarelo apresenta a Iconografia da Guerra

Até podia ter sido assim... Monteiro Lobato também podia ter escrito sobre a Mesopotâmia sobre ahistória de Sargão de Akad, o legítimo, mas não escreveu, podia ter transformado Emília, a marquesa de Rabicó numa excelente arqueóloga, ou para seu inúmero castigo o Sabugo de Milho, tranformá-lo num assitente de arquéologo. Na biblioteca de Dona Benta se iniciaria a história dos relevos neo-assírios e da condição dos génios alados e da forma como a Emília se transformaria numa rainha ou mesmo até numa profeitiz alevando todos para o reinado de ASssur-nar-sir-pal II...a bonequinha até falaria acádico e daria palpites e criticaria o direito cuneiforme e citaria Emanuel Bouzon no trabalho imortal "o Código de Hamurabi", mas é claro com expressões suas .
Confuso este artigo? Não e eu digo-vos porque... Porque à cerca de um ano e meio a assirióloga brasileira Kátia Pozzer iniciou a pesquisa sobre a Iconografia da Guerrra. Lidera uma equipa onde figuram Simone, Ricardo e Sandro e ainda Philiphe que não fazendo parte da equipa estudou o desenvolvimento das salas do Trono durante o período da Guerra.

Como seria que a boneca se faria representar? Com a sua canastra? Dando ordens ou pura e simplesmente pedindo para o seu assistente retirar todos os relevos para a sua canastra?

Imaginação à parte é o que não tem faltado à equipa brasileira que se vê num esforço hercúleo para estudar uma matéria tão complexa quanto é a da guerra e da religião... tentar compreender o material dos baixos relevos, como ainda estudá-los, tentar fazer um livro que contenha a história, todo o seu contexto historiográfico é dose.
Ainda para mais quando a maior parte da bibliografia chega atrasada vinte anos , a jovem assiriologia brasileira teve que apelar quase ao faz - de conta e ao pirlim-pim.
Imaginação à parte seria interessante Dona Benta falar com as sonidades assírias , ou mesmo ter um serão assírio com comida típica da mesopotâmica, com especialidades da terra. O que comentariam Emília ao cometer gafanhotos grelhados? Tentaria escrever o Código de Leis Emiliano? E no Arraial dos Tucano continuariam a beber cerveja da mesma maneira? E a Cuca será que iria invocar Pazzuzu? ESta seria uma das aventuras mais interessantes que Monteiro Lobato teria escrito? Mas Não escreveu, mas existem outros autores que estão a escrever... mas com tão poucos recursos que acreditamos ainda na magia do faz-de conta? É que às vezes a realidade é tão fantástica como a ficção. Parabéns a vocês todos! Até breve! Venham então ao Sítio do Picapau Amarelo e continuem a ouvir esta fantástica história de Dona Benta cujos os convidados de Honra são Kátia, Simone, Ricardo, Jéssica, saNDRO E Philiphe. Até breve.