fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

terça-feira, abril 05, 2011

Homenagem ao Japão

O Japão , sempre eterno e amável de todos nós . O país do Sol Nascente dos Samurais e da Manga . Eleva-nos a um outro universo a sua própria tecnologia e a sua própria forma de se regenerar. Até que este ano uma catástrofe natural e uma nuclear deram o motor de alerta . Falou-se de Terramotos , dos Cismos e das Centrais Nucleares . Recordou-se Cernobil e só aí que se falou de tudo aquilo que se passara daí para cá ...
Antes destes acontecimentos o Japão foi tudo como um país inatingível , mas que já havia tido um presente envenenado após a Segunda Guerra Mundial ... e o Japão emergiu das Cinzas ...

O que vos aqui venho falar é de como a grande parte dos escritores brasileiros tem uma grande dádiva de reconhecimento para com este mesmo país . Pelos 103 anos de presença cultural , da poesia Haicai que foi homenageada por Adriana Lisboa que aqui já foi recenseada, como Bernardo carvalho , onde abordava o teatro nô como parte de característica de humor .

Mais recentemente João Paulo Cuenca , um dos novos escritores brasileiros trouxe até nós um livro sobre o Japão e uma história de amor bem humorada .Uma história de amor entre um ser humano e uma boneca insuflável .Um Japão Futurista chamado " O único final feliz para uma história de amor é um acidente ", estas palavras ditas pelo dono de um restaurante de massas faça uma perseguigação psicológica . Quer se goste ou não entre o tradicional e o último grito da moda , O Japão é uma espécie de MP-3 onde estão todas as músicas que gostamos . De um momento para o outro olha-se para aquelas imagens de um país onde tudo seria um género asiático de ficção científica .

Os longos jardins , os seus restaurantes ,as decorações , comer-se com pauzinhos , o shuzi , o chá ,e acima de tudo tudo aquilo que um dia o que nós demos ao Japão ( as espeingardas ) repetidas todos os anos .Um outro legado através de Miazaqui , Godzila , Murakami , Mishima . Todas estas pessoas , personagens cresceram entre os escritores que homenagearam este país .Tudo aquilo que assitimos há alguns meses , e que o mundo ficou chocado determinou para sempre uma perspectiva de apocalipse asiático . Mas nem só de desgraça vive o Oriente . A sua capacidade de trabalho , a forma de trabalhar em equipa como uma forma de retorno a élite de estado : O Samurai atrai . Tal como aquela luz que fez segir os três reis magos , também milhares de pessoas à 103 rumaram em direcção ao Brasil . Criaram as raízes ali e em parte esqueceram as dos seus antepassados . Esta é na base o enredo de Rakusiha . O outro mais enigmático é uma busca uma história ao próprio país e à criação de uma memória . De uma vingaça , Tanizaki , o passado das Geishas , e o colaboracionismo com a Alemenha, mas é sem dúvida no jogo de espelhos que Bernardo Carvalho se movimenta muito bem . Sol se põe em São Paulo é um retrato disso mesmo .

Homenagem antecipada feita pelos autores . Aqueles três escritores foram uma espécie de reis magos que levaram sem dúvida os presentes a um deus asiático que se regenera . Esperemos que o Japão se reerga das cinzas e acreditemos que isto podia ser um bom exemplo como Portugal poderia seguir . Aqui fica a sugestão . Apesar de parecer despropositado ou não , porque poderá ter morrido ou não esta ou aquela cantora , porque não falei em atentados hoje , não quero dizer que não me preocupe com eles ou com este universo em que nós vivemos , apenas temos a certeza de que o universo e a natureza é nossa . A cultura e a sua própria adaptação é sem dúvida aquilo que temos de melhor em nós , apesar de haver movimentos que não queiram dar outras oportunidades . Não queiram viver mais do que aquilo que a memória aguenta . Porque há crimes que não sustentam as catástrofes naturais . Talvez porque o Japão esteve um dia do lado dos extremistas , morreu com eles e se reergueu , eu também faço aqui duas homenagens ao Japão e às suas vítimas . POdem muito bem dizer , olha muito obrigado agora ?
Não , como se diz em bom português . Mais vale tarde do que nunca . Também porque duas catástrofes que assolaram o Japão , nos fazem pensar para aquilo que poderá vir a tornar o desiquilíbrio ecológico . Obrigado pela vossa compreensão .