A Vingança de Job: Capítulo 1 (Projecto Sherazade)
Começa hoje aqui uma nova história. Satírica de preferência, onde Deus e O Diabo apostam em criar um novo Job, isto é uma nova Joba. Neste caso Job decide vingar-se de ambos acabando por apaixonar-se pela menina Joba... A ver vamos... Provem, vai ver que não doi nada
0:Princípio
Desde o princípio dos tempos que Deus e o Demónio competem um com o outro. Desde Job que não tinham uma razão para dar uma “prá caixa“.
Tristes com a juventude decidiram arranjar uma nova vítima e eis que diante do visor do computador que têm na sala de reuniões do destino que Deus (Todo o Poderoso) e o Diabo (O Menos Poderoso) irão decidir o destino de uma pessoa.
Escolheram à sorte ou ao azar. Era o jogo mais antigo que eles se divertiam a fazer. Esmagar essa pessoa que ficaria cada vez mais desgraçada. Desta vez tratava-se de uma “menina bem”. O seu nome: Sancha. Não costumava reparar nas suas formas de aparência, mas apenas sabia apenas que ela era jovem, bonita e inteligente. Estas eram as palavras que eles definiam em primeira mão.
Tinha que se ser simplesmente jovem, atraente e bonita. Se não se tivesse estas três qualidades o plano deles perdia-se completamente tudo. Para completar o ramalhete faltava alguma coisa para dar sal à jogada de ambos. Não demoraram a descobrir um jovem de boas famílias subversivo a que as conversas de direita lhe dava volta ao estômago. Foi assim que descobriram Martim. Era lindo de morrer. Deixava qualquer mulher à banda, mas era sobretudo um “tio“ diferente. Era historiador da linha de March Bloch, como ele próprio se definia. Era o chamado “tio vermelho“ . Martim ou Titas como era conhecido pela família, era de extremos. Revolucionário de ideias, amante de questões perturbadoras tais como a interrupção voluntária da gravidez, da eutanásia e da despanalização das drogas leves. Diziam as criadas lá de casa que o menino aos quinze quizera ir viajar pela Europa fora dos circuitos turisticos. No entanto, Martim parecia um daqueles modelos saídos das revistas de moda masculina, num estilo marxista com cabelo comprido e barba por fazer.
Quem o via noutros campos não sabia quem ele era. Sim, porque ele desde muito cedo se aventurara a experimentar todo o género de trabalhos.
Foi num desses trabalhos que Martim conheceu a mulher da sua vida. A nossa querida vítima chamava-se Sancha Beirão de Vasconcelos. Ele não deixou de reconhecer aquela menina completamente irritante, cheia de aparências com a mania das grandezas. Lembrava-se que se havia irritado com toda aquela conversa de direita. Conversa que reconhecia da sua família. Um amigo seu dizia-lhe que ele estava apaixonado por ela precisamente porque ela tinha as características da sua família. Não, isso ele não podia tolerar.
O que acontecia é que nos dias seguintes ambos se encontrararam na biblioteca da faculdade .
- Desculpe, mas nós não conhecemos já?
- Desculpe? – perguntou ela.
Foi então que se deu o princípio Martim e Sancha estariam unidos para sempre. Ambos ferviam, criticavam-se, mas amavam-se. Explodiam com as ideias um do outro, mas acabavam por se beijar.
Martim era a pessoa ideal que Deus e o Diabo necessitavam para transformar a vida da famosa historiadora num autêntico deserto. Deserto esse que dentro de si só a lembrança do seu grande amor se transformaria num oásis, queriam transformá-la num cacto cheio de espinhos onde quem a quisesse exibir fosse picado pela sua amargura. Esse era o seu longo objectivo a curto prazo, a necessidade de transformar aquele autêntico de mar de alegria numa longa peregrinação pelo polo norte da tristeza e esse deserto de gelo notar-se-ia dentro de pouco tempo única e exclusivamente com a morte de Titas. Assim, a ausência daquele que era o seu grande amor estava a um passo da sua desgraça, mas não sabiam eles que eu estava a par de tudo e preparava para me vingar do que me haviam feito à muito, muito tempo atrás. Eu Job, aquele que chorou lágrimas de me ter arrependido do dia em que nasci, acabaria agora por ter a razão da minha existência. A vingança de Job. Dividir para reinar, como dizem. Eis agora o meu reino. Este seria pois o meu príncipio. Estar do lado de Deus e do Diabo. Sabe-se lá do que ele é capaz!!! Mas eu como sou tão desgraçado acabaria por viver com duas almas tão... como direi! Puras!
Querem saber afinal como tudo começou? Deus e o Diabo apostaram à muito tempo na minha vida, mas eu acabei por me tornar uma espécie de escravo! Ai de mim! Que sou tão desgraçadinho! Ninguém gosta de mim se perdi mulher, casa, seara, filhos e agora resta-me estar aqui nesta maldita reunião onde Deus e o Diabo bebem que se fartam. Num bar muito especial. Dir-vos-ia até arrepiante! Só de olhar para o seu nome dá-me vontade de chorar" Eterna Saudade“.
Aqui num local onde os mortos são vistos e revistos eu não teria a certeza de que a sorte destes dois “biltres“ fossem capaz de urdir uma nova aposta.
Eu resisto à bebida para que a verdade não me salte da boca , pois porque a partir deste momento. Só me resta uma única coisa. Vingar-me. Daqueles que tornaram a minha vida num único inferno! Delirante! Como é que o destino não podia ser mais irónico do que isto?
0:Princípio
Desde o princípio dos tempos que Deus e o Demónio competem um com o outro. Desde Job que não tinham uma razão para dar uma “prá caixa“.
Tristes com a juventude decidiram arranjar uma nova vítima e eis que diante do visor do computador que têm na sala de reuniões do destino que Deus (Todo o Poderoso) e o Diabo (O Menos Poderoso) irão decidir o destino de uma pessoa.
Escolheram à sorte ou ao azar. Era o jogo mais antigo que eles se divertiam a fazer. Esmagar essa pessoa que ficaria cada vez mais desgraçada. Desta vez tratava-se de uma “menina bem”. O seu nome: Sancha. Não costumava reparar nas suas formas de aparência, mas apenas sabia apenas que ela era jovem, bonita e inteligente. Estas eram as palavras que eles definiam em primeira mão.
Tinha que se ser simplesmente jovem, atraente e bonita. Se não se tivesse estas três qualidades o plano deles perdia-se completamente tudo. Para completar o ramalhete faltava alguma coisa para dar sal à jogada de ambos. Não demoraram a descobrir um jovem de boas famílias subversivo a que as conversas de direita lhe dava volta ao estômago. Foi assim que descobriram Martim. Era lindo de morrer. Deixava qualquer mulher à banda, mas era sobretudo um “tio“ diferente. Era historiador da linha de March Bloch, como ele próprio se definia. Era o chamado “tio vermelho“ . Martim ou Titas como era conhecido pela família, era de extremos. Revolucionário de ideias, amante de questões perturbadoras tais como a interrupção voluntária da gravidez, da eutanásia e da despanalização das drogas leves. Diziam as criadas lá de casa que o menino aos quinze quizera ir viajar pela Europa fora dos circuitos turisticos. No entanto, Martim parecia um daqueles modelos saídos das revistas de moda masculina, num estilo marxista com cabelo comprido e barba por fazer.
Quem o via noutros campos não sabia quem ele era. Sim, porque ele desde muito cedo se aventurara a experimentar todo o género de trabalhos.
Foi num desses trabalhos que Martim conheceu a mulher da sua vida. A nossa querida vítima chamava-se Sancha Beirão de Vasconcelos. Ele não deixou de reconhecer aquela menina completamente irritante, cheia de aparências com a mania das grandezas. Lembrava-se que se havia irritado com toda aquela conversa de direita. Conversa que reconhecia da sua família. Um amigo seu dizia-lhe que ele estava apaixonado por ela precisamente porque ela tinha as características da sua família. Não, isso ele não podia tolerar.
O que acontecia é que nos dias seguintes ambos se encontrararam na biblioteca da faculdade .
- Desculpe, mas nós não conhecemos já?
- Desculpe? – perguntou ela.
Foi então que se deu o princípio Martim e Sancha estariam unidos para sempre. Ambos ferviam, criticavam-se, mas amavam-se. Explodiam com as ideias um do outro, mas acabavam por se beijar.
Martim era a pessoa ideal que Deus e o Diabo necessitavam para transformar a vida da famosa historiadora num autêntico deserto. Deserto esse que dentro de si só a lembrança do seu grande amor se transformaria num oásis, queriam transformá-la num cacto cheio de espinhos onde quem a quisesse exibir fosse picado pela sua amargura. Esse era o seu longo objectivo a curto prazo, a necessidade de transformar aquele autêntico de mar de alegria numa longa peregrinação pelo polo norte da tristeza e esse deserto de gelo notar-se-ia dentro de pouco tempo única e exclusivamente com a morte de Titas. Assim, a ausência daquele que era o seu grande amor estava a um passo da sua desgraça, mas não sabiam eles que eu estava a par de tudo e preparava para me vingar do que me haviam feito à muito, muito tempo atrás. Eu Job, aquele que chorou lágrimas de me ter arrependido do dia em que nasci, acabaria agora por ter a razão da minha existência. A vingança de Job. Dividir para reinar, como dizem. Eis agora o meu reino. Este seria pois o meu príncipio. Estar do lado de Deus e do Diabo. Sabe-se lá do que ele é capaz!!! Mas eu como sou tão desgraçado acabaria por viver com duas almas tão... como direi! Puras!
Querem saber afinal como tudo começou? Deus e o Diabo apostaram à muito tempo na minha vida, mas eu acabei por me tornar uma espécie de escravo! Ai de mim! Que sou tão desgraçadinho! Ninguém gosta de mim se perdi mulher, casa, seara, filhos e agora resta-me estar aqui nesta maldita reunião onde Deus e o Diabo bebem que se fartam. Num bar muito especial. Dir-vos-ia até arrepiante! Só de olhar para o seu nome dá-me vontade de chorar" Eterna Saudade“.
Aqui num local onde os mortos são vistos e revistos eu não teria a certeza de que a sorte destes dois “biltres“ fossem capaz de urdir uma nova aposta.
Eu resisto à bebida para que a verdade não me salte da boca , pois porque a partir deste momento. Só me resta uma única coisa. Vingar-me. Daqueles que tornaram a minha vida num único inferno! Delirante! Como é que o destino não podia ser mais irónico do que isto?
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home