Judeu Errante... JHS
Um dos temas mais fascinantes da história contemporânea e na sub-área de História de África centra-se no sonho angolano de Israel. Daí que o tema desta crónica de hoje se centra neste tema. Um tem a que a meu ver merecia um estudo masi aprofundado e nâo se devia estudar apenas as questões nacionais. Daí que um dois raros momentos em que me deixei fascinar por história contemporânea se devia a esta questão. Estudar a questão internacional, andar pela Europa, visitar Holanda, ir a Israel, recolher informações a nível interncaional entre a 1 República e já maia tarde durante o Estado Novo. Saber essas questões, são obviamente uma das tarefas mais estimulantes e ao mesmo tempomais ingratas, pois as questões a nível internacionais ficam perras. A maioria dos portugueses tem tendência e menosprezar a história internacional nas questões das relações internacionais. Aqui fica o recado e deixaremos este legado, pois como se centra a grand eparte da história chega só a olhar Salazar, para evitar esse género de pensamentos fundamentados por telejornais que invoca o regresso da extrema-direita ao estdo português, leva a que cada vez mais os portugueses façam culto do chefe. Para comprerendermos aquilo que hoje em dia se condimenta a questão económica europeia, recordemos a história contemporânea e os passos a que Portugal teve que apelar para doar Angola a Israel. Já viram se esse Irael fosse em Angola como teria sido a descolonização portuguesa. Daí que se torne essencial falar neste mesmo caso e da situação internacional da época e, por isso essa mesma transformação relativa à tolerância religiosa e ao privilégio de não ser só estrangeiro permitiria a Portugal, pelas potências estrangeiras jogar alto ao oferecer uma colónia sua Angola, Portugal pedia protecção e prestígio aos israelitas, como também o prestígio de ter negociado um terreno que permitia ganhar a jogada perante a diplomacia internacional.
Desta forma, republicanos e alguns teóricos sonharam com um Regresso a Israel diferente a Angola na qual seria possível uma colonização judaica em Angola, não só porque Portugal poderia receber o perdão do Deus Anónimo do Antigo Testamento Judaico e o Messias Judeu poderia falar também português. Ao formular esta piada, centro-me na observação de Angar Schaeffer no artigo publicado na Revista de Estudos Judaicos “ A colonização israelita em Angola não seria altamente rentável do ponto de vista económico(…) “
Nessas mesmas questões centravam-se não só a simpatia de um império, um mundo financeiro favorável e ao mesmo tempo internacionalmente querer chegar perante o universo diplomático, já que não haveria de forma alguma a perda de soberania, porque a colónia portuguesa de Angola não iria ser feita por estrangeiros, mas sim por colonos.
Por hoje ficamos por aqui , pensemos numa nova etapa da história quando um dos maiores divulgadores da história faleceu e é velado na capela do Convento de Jesus. O sonho de um homem que foi rei no seu castelo, conseguiu o seu sonho, seguiu. Poderão perguntar o que é que estas duas matérias têm a ver uma coisa com a outra. O que eu vos digo é que um conseguiu seguir o seu sonho e fez uma saída simbólica, sairá de um local cheio de significado: símbolo do maior poder da história moderna portuguesa: D. João II. Tal como se pensou num período em que Israel pudesse ser em Angola, mas esse sonho acabaria por desaparecer, mas José Hermano Saraiva concretizou um feito transmitir história, factos desconhecidos, talvez este pudesse ter sido falado por ele numa das suas últimas intervenções. Não partilhava das suas opiniões, mas admirava a sua forma de transmitir a história e as suas narrativas. Havia quem lhe chamasse Professor, Errante, mas como o Judeu Errante ele procurava uma causa e foi essa a
forma de o homenagear. Descanse em paz José Hermano Hermano Saraiva.
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Para saber mais:
[1] Cf Nuno Severiano Teixeira, O poder e a Guerra, Ed. Estampa, 1997 (Inicialmente apresentada como Dissertação de Doutoramento ao Instituto de Florença). A hipótese aqui apresentada é aquela que se adequa melhor, para além das outras a que se apresentam a defesa das colónias e de Portugal se defender do perigo espanhol.
[2] Exemplo disso são os catálogos das exposições da Primeira República salientamos o catálogo da Exposição do Povo apresentada entre Junho a Setembro de 2010 na Fundação EDP. Destacamos as páginas 14 e 15 sobre a identidade civil do indivíduo do catálogo da exposição do povo com textos de José Neves
[3] Jorge Martins, Os Judeus e a Primeira República, ed.Vega, 1 ed, Outubro de 2010
[4] Cf Manuel Bandeira Júnior, Livros Brancos, Almas Negras, A missão civilizadora do colonialismo português, 1870 -1930,1 Ed, ICS, 2010
[5] Cf Actas das Reuniões à porta fechada sobre questões das colónias, ed. Assembleia da República
[6] Cf Ana Paula Pires O conflito mundial histórico da Primeira República, História da Primeira República, Fernanda Rollo e Fernando Rosas (coord. de), ed. Tinta da China, 2009, p24-ss
[7] Cf Idem, ibidem
[8] Cf Idem, Ibidem
[9] Cf Angar Schaefer, “Wolf Terló e o projecto de colonização em Angola“ in Estudos Judaicos, n. 9, 3-86
[10] Cf, Angar Schaefer, op. cit
[11] Cf Angar Schaefer, “Wolf Terló e o projecto de colonização em Angola“ in Estudos Judaicos, n. 9, 3-86
[12] Cf , Angar Schaefer, op. cit
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