Comunicado
A Casa Comum das Tertúlias (CCT) torna público que deixará de ter uma sede fixa (em Penamacor) – dez meses decorridos da inauguração da sede da CCT – voltando à itinerância. A sedentarização tem vantagens e tem desvantagens, também a itinerância tem prós e contra, temos sabido aproveitar (de que fazem prova documentada as mais de 120 iniciativas, os 25 espaços onde agimos culturalmente, as 9 localidades que nos acolheram e os mais de 700 participantes nas nossas actividades) as duas formas de estar na vida cultural, assim, tendo temporariamente (definitivamente?) acabado o sonho de termos uma sede própria, voltaremos à itinerância, voltando aos muitos espaços que tão bem nos acolheram e acontecerá tertúlia em novos que estão prontos a receber o espírito tertuliano.
Este facto (o esboroar do sonho duma sede) decorre dum facto do foro privado (se bem que já do domínio público) e ao qual é alheio o proprietário, fundador e organizador da CCT. A casa onde se situa a sede da CCT (ambas do mesmo proprietário) irá ser brevemente vendida, deixando a CCT a sua actual sede e também Penamacor, regressando de malas e bagagens a Castelo Branco (donde, verdadeiramente, nunca saímos) onde nasceu em 5 de Outubro de 2001.
Fazemos saber que desde a passada semana existe em todos os nossos blogs contadores. Se não vivemos obcecados com a quantidade de participantes nas iniciativas, antes a qualidade dos mesmos, se não nos preocupa muito que milhares visitem os blogs, já que não queremos chamar a atenção para nós à custa de imagens chocantes, de linguagem obscena ou da polémica pela polémica. No entanto, é interessante saber quantos nos visitam, daí os contadores. Acrescente-se que mais actualizações foram feitas nos últimos dias, com poesia de vários autores, artigos de opinião e notícias tertulianas.
A CCT é um espaço plural (onde todos cabem, bastando saber respeitar o Outro), de reflexão (activa, i. é, que leva à acção), democrático, de Cidadania e intervenção: cultural, política (de cariz apartidária, não apolítica, porque defendemos uma sociedade politizada, i. é, esclarecida, por vezes, a aversão à política, tende a confundir uma sociedade partidarizada e/ou tribalizada com uma sociedade politizada) e social.
Por isso, nas nossas actividades a entrada é livre, sempre e quando os tertulianos respeitem a opinião dos outros e não se apresentem em estado manifestamente alterado. Nascemos para a promoção, difusão e a criação cultural, a defesa duma cultura de qualidade, não exclusivamente erudita nem popular.
Nascemos para dar oportunidade e espaço àqueles que os museus e as galerias de arte não arriscam em apostar, porque são estreantes, porque não tem ligações no meio artístico… dar voz a todos os que não querem que a sua intervenção se fique pela via partidária ou simplesmente não a trilham.
Por outras palavras, porque o nosso espaço de intervenção prima pela defesa duma cidadania plena e por uma cultura de qualidade, a promoção duma informação e formação diversificada e de qualidade, tudo o que seja organizado pela CCT promoverá esses princípios fundadores (não revogáveis… não está previsto!).
Por um Interior com Futuro. Por uma Beira Baixa dos nossos afectos. Por uma cultura de Democracia com princípios e de que não abrimos mão, contra o populismo e demagogia, contra uma “flexibilização ética”. Por uma ética republicana.
Luís Norberto Lourenço
(organizador, fundador e proprietário da CCT)
Castelo Branco, 20 de Junho de 2005
P.S. e-mail:
1 Comments:
At 3:25 da tarde, Luís Norberto Lourenço said…
Noticiado em: "Reconquista", 1/06/2005
A versão on-line, em: www.reconquista.pt
Cultura
Tertúlia volta à itinerância
A Casa Comum das Tertúlias vai deixar a sua sede fixa, para regressar à itinerância, dez meses depois da inauguração do seu espaço em Penamacor. Já com 120 iniciativas realizadas, em 25 espaços onde age culturalmente nos nove locais que acolheram os mais de 700 participantes, a Casa Comum rompe o seu sonho e regressa ao terreno. Assim, a tertúlia acontecerá naqueles espaços que já conhecem e noutros que vão surgir.
Autor: Cristina Mota Saraiva 30-06-2005
Enviar um comentário
<< Home