Poesia de Carlos Baptista (II)
Ao tocar-te os cabelos chovia
mas não era a chuva o que ficava
entre os meus dedos finos
antes algo frio,
duvidoso,
como só o nome de um morto
ou a substância das feridas
Era real a mão de nigromante
real o gesto que me autorizava
antes de sucumbir
no silêncio em que sucumbem
todos os gestos: chovia
a chuva era inútil
Carlos Xama
(in "Há luz num livro fechado", Carlos Xama)
mas não era a chuva o que ficava
entre os meus dedos finos
antes algo frio,
duvidoso,
como só o nome de um morto
ou a substância das feridas
Era real a mão de nigromante
real o gesto que me autorizava
antes de sucumbir
no silêncio em que sucumbem
todos os gestos: chovia
a chuva era inútil
Carlos Xama
(in "Há luz num livro fechado", Carlos Xama)
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