Poesia de Carlos Baptista (I)
Descalço vou pelo poema
retribuindo à vida o que a vida
não revela
vou fechando as portas que não existem
além da promessa
que nelas paira
perfume de estarem ali
Vislumbro o tempo amarrado nas muralhas
testemunho de raras
peregrinações e batalhas que são a réplica
do começo onde a memória
teima em beber
Até mim chegam os ecos de corpos
atordoados
sinto pertencer a essa multidão que traz
na boca o mistério dos nomes olvidados
pela história
cúmplice do sonho em ruas perdidas
e da finta dos vivos
que não imaginam partir
Carlos Xama
(pseudónimo de Carlos Baptista, poeta de Portalegre;
in "Há luz num livro fechado", Carlos Xama)
retribuindo à vida o que a vida
não revela
vou fechando as portas que não existem
além da promessa
que nelas paira
perfume de estarem ali
Vislumbro o tempo amarrado nas muralhas
testemunho de raras
peregrinações e batalhas que são a réplica
do começo onde a memória
teima em beber
Até mim chegam os ecos de corpos
atordoados
sinto pertencer a essa multidão que traz
na boca o mistério dos nomes olvidados
pela história
cúmplice do sonho em ruas perdidas
e da finta dos vivos
que não imaginam partir
Carlos Xama
(pseudónimo de Carlos Baptista, poeta de Portalegre;
in "Há luz num livro fechado", Carlos Xama)
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