Lançamento do livro de poesia Seminal, de Gonçalo Salvado
Lançamento do livro de poesia Seminal, de Gonçalo Salvado
Editora Lua De Marfim
na Galeria António Prates
(Rua Alexandre Herculano nº 39 A, 1250 Lisboa - Telef. 213 571 166)
28 de Fevereiro (Quinta-feira),
O livro de poesia Seminal de Gonçalo Salvado, editado pela Lua de Marfim, será apresentado na Galeria António Prates de Lisboa a 28 de Fevereiro (quinta-feira), pelas 18h 30. O livro tem um prefácio de Albano Martins e ilustrações de Ambrósio Ferreira. A apresentação estará a cargo de Fernando Paulouro.
O
livro de poesia Seminal de Gonçalo Salvado,
editado pela Lua de Marfim, será
apresentado na Galeria António Prates
de Lisboa a 28 de Fevereiro (quinta-feira), pelas 18h 30. O livro tem um
prefácio de Albano Martins e ilustrações de Ambrósio Ferreira. A apresentação
estará a cargo de Fernando Paulouro.
Gonçalo Salvado nasceu em 1967, em Lisboa, tendo residido toda a sua infância e a sua juventude em
Castelo Branco. Licenciado em Filosofia, tem vindo a assumir-se
como um poeta exclusivo do amor. Publicou sete livros de poesia: Quando, A Mar Arte, Coimbra, 1996; Embriaguez, Sirgo, Castelo Branco, 2001; Iridescências, Sirgo, Castelo Branco, 2002; Duplo Esplendor, Afrontamento, Porto, 2008; Entre a
Vinha, Portugália Editora, Lisboa, 2010;
Corpo Todo, Labirinto, Fafe, 2010 e Ardentia, Editorial Tágide, Lisboa,
2011. Como antologiador publicou, em 1999, a
transcriação Camões Amor Somente ,
Caja Duero, Salamanca/Lisboa e foi co-autor com Maria João Fernandes de Cerejas - Poemas de Amor de Autores
Portugueses Contemporâneos, Editorial Tágide, Lisboa, 2004, e de Tarde Azul - Poemas de Amor de Saúl Dias,
Desenhos de Julio, Bonecos Rebeldes, Lisboa, 2008.
Acerca
da sua poesia pronunciaram-se autores e críticos como Perfecto E. Quadrado:
“Gonçalo Salvado é daqueles poetas a quem foi dado o dom de recriar o mundo e a
luz e os nomes e as formas e as cores e os perfis do amor mais transparente e
puro.” Carlos Nejar: “Extraordinário poeta do amor, onde a música se alia ao
fascínio das imagens, com a capacidade de sugerir, mais do que dizer, tocar a
carnação do verso sem ferir a árvore.” e António Ramos Rosa : “ Poeta lírico e erótico de um
lirismo muito claro e muito perfeito, de uma claridade e unidade estilística
extraordinárias.”
Do Prefácio:
A MÚSICA DAS
PALAVRAS
Dois
versos do mais recente livro de Gonçalo Salvado Ardentia, poderiam
servir de legenda a este Seminal que agora nos chega às mãos. Versos,
digo, retirados do poema “Corpo de mulher”. Estes:
Quero
aspirar teu pólen
e converter-te em puro
mel...
Diz
o Dicionário da Academia que seminal, enquanto adjectivo, designa o “que
é relativo à semente ou ao sémen”, e também, ou por isso, o “que é produtivo ou
fértil”. Pólen e mel são metáforas colhidas na natureza, sendo o
segundo um produto obtido a partir do primeiro. Entre este e aquele desenha-se
outra metáfora: a do desejo. É que, numa poesia de alta voltagem erótica como é
a de Gonçalo Salvado, o corpo feminino é o centro à volta do qual o discurso se
organiza, se corporiza, à volta do qual, quero dizer, tudo gravita.
Falamos
de apropriação, de posse, que todo o acto de amor implica. Recíprocas, ambas. E
falamos também de êxtase (esse êxtase próximo da embriaguez de que fala Georges
Bataille), de celebração da carne, de sexualidade. Porque, já o sabemos, não há
erotismo sem sexo. O ritual que os versos deste livro ensaiam e proclamam é o
do acto “seminal”, ou seja, aquele em que as águas se misturam e fecundam mutuamente.
Ou os “diques”, no tumulto (no “turbilhão”), se não rompessem e a amada não
fosse “toda água”, como se lê num poema deste livro.
Vem
de longe, dos primórdios, a celebração, através da arte, dos “delírios e
contendas” que são, na linguagem de Anacreonte, “os dados de Eros”. Na poesia,
foi Camões, entre nós, o primeiro que, de modo definitivo e ao jeito
petrarquista, registou, em versos que a memória colectiva reteve, as
contradições do amor. Que, influenciado por esse “fogo que arde sem se ver”, “em
várias flamas variamente ardia”, de si diz o Poeta. É de fogo, também, que
falam os poemas deste livro (“Retido nas tuas coxas/apaziguo com mais fogo/a
febre em que ardo”). Gonçalo Salvado entronca neste filão dourado da poesia
portuguesa que vem dos primitivos cancioneiros aos nossos dias e tem como
modelos paradigmáticos nacionais, entre outros, nos tempos modernos, os nomes
de Herberto Helder e David Mourão-Ferreira.
Pisando
um terreno armadilhado e servindo-se do poema de curto fôlego, próximo do haiku
e do tanka, Gonçalo Salvado, enamorado da irresistível beleza que há num
corpo nu de mulher, vai entoando hinos que soam, aos nossos ouvidos, como árias
duma ópera da sensualidade a que não falta a música. A música das palavras e
dos ritmos que se escondem – se instauram – no corpo dos poemas – do poema.
Vila Nova de Gaia, 17 de Novº de
2011
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Nota editorial:
Todo o sucesso ao amigo e tertuliano Gonçalo Salvado em mais um lançamento dum seu livro de poesia.
A informação foi enviada pelo autor.
Etiquetas: Albano Martins, Ambrósio Ferreira, Editora Lua De Marfim, Fernando Paulouro, Galeria António Prates, Gonçalo Salvado, Lisboa, Poesia, Seminal
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