fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

quarta-feira, março 17, 2010

Capítulo Sétimo - Regresso a casa

(2008) Discoteca Vigário

Conhecendo a razão porque a cidade de Ur havia sido arrasada, Naram – Sim continuava a beijar Benedita. Por momentos o jovem discursou numa língua antiga que Benedita reconheceu logo.
- Onde aprendes-te essa língua? –perguntou ela cheia de curiosidade.
Ela percebeu-a. Sabia da notícia que corria pelo mundo inteiro do desaprecimento da figura de Naram-Sim do museu do Louvre. Tinha que se controlar antes que começasse a fazer libações naquela discoteca. Naram-Sim não a ouvia ,nem sequer a olhava, olhava para um mundo que não conhecia e achava de todo cheio de imperfeições à sua volta. Benedita olhou-o e disse-lhe que sabia quem ele era e porque ele estava ali atrabalhar, pela mesma razão que destruía a cidade de Ur. Fizera deitar abaixo a questão do pecado, da desobediência e ele estava a pagar por tudo isso não era?
Naram-Sim sabia que Benedita estava a estudá-lo para ver se ele caía na armadilha da Senhora e do falso professor. Só ele sabia e um grupo que vinha do futuro que deveria recuperar as famosas tábuas de argila de tradução hitita que deram origem em 1914 à Primeira Guerra Mundial. Havia alguém muito próximo que seria vítima da sua própria arrogância intelectual. Era sem dúvida Carlota Joaquina era vítima do seu próprio estudo e da tradução que tencionava fazer. A bibliotecária transforamara-a na famosa larva. Era aquela a maldição. Todas elas deveriam trabalhar juntas para recuperarem a vida anterior. Benedita era uma terrorista? Quem era afinal Caetena? Para a bibliotecário de Ur era um alvo a abater . Todos eles deveriam tomar as devidas precausões contra a jornalista pois ela estava mais próxima da verdade. Ela sabia que só Afonso devia desmascarar Legaja-se-si do projecto. Para tal Afonso, o tal Dj cheio de tatuagens que tinham alguns conceitos os de me com o símbolo da realeza numa tatuagem passaria despercebida ao comum dos mortais em que as camisas de cavas exibam os braços musculados e tatuagens , mas essa seria a prova de fogo de Naram-Sim para recuperar o que era dele.

Qual era o verdadeiro nome de Afonso? E o que escondiam as placas de argila? Que segredo era esse que afirmava que as pessoas podiam transformar a fotossíntese? Não, ele sabia que não era esse o tema , mas um outro plano. Quem é que se de se escondia por detrás da máscara de Ed-nuana? A história de Sargão de Akad já cabia ali, todas as histórias e metáforas foram obras de uma transmissão cultural ou mesmo cultual, sobre os rituais dos reis hititas que deveriam venerar o Sol. Por isso a história da Oração da Peste era muito mais lógica. Aquilo que muitos anos antes ele vira dar-se uma história que poderia ser o tema da grande nação e que permitiria a hegemonia alemão para a posse daquelas placas tinha a ver com a guerra biológica. Na opinião de Caetana alguém estava a escrever uma história muito próxima à deles e que havia uma fuga de Naram-Sim do além de um outro universo, deuma grande paixão de uma medievalista por um historiador contemporâneo, onde o Céu e a terra eram o palco de uma guerra de poderes. Estava ali à sua frente uma outra história, Naram-Sim entrava assim na história de Portugal, tal como Sancho I e Sancho II escritos por uma escritora louca ou fortemente influenciada pela antiguidade oriental. Os escritores não se podiam repetir ,e as histórias tinham um princípio,meio e fim. O fim daquela história como dizia a jornalista que era na realidade Caetana o mesmo fim a da oração da Peste.

Para Caetana só podia ser uma única e exclusiva pessoa Carlota Joaquina fora a autora daquela obra onde reis, uma mulher com vontade de ser homem sempre apagada via-se de um momento para o outro condenada a morrer por um vírus mortal como a Sida. Não havia ali uma forte influência da Oração da Peste?

Porque razão é que agora aquele tratado era descoberto e visto como uma arma química? Porque é que de um momento para o outro as placas do texto do sol e da luz escritos por uma mulher eram defenidos como numa arma química transformando esse composto numa experiância para ser usado em pessoas para serem portadoras da peste? O que havia afinal naquele texto e onde parava afinal a famosa autora que se apropriara daquelas informações? Que leituras teria ela feito para escrever aquele romance? Bem sabia que ela escrevera um texto para a revista de história antiga sobre as influências divinas no romance contemporâneo. Se bem se lembrava, Caetana a sua colega Carlota era licenciada em Relações Internacionais e o seu tema de investigação era sem dúvida Hatusilis III. Essa peste era uma arma química usada por este rei contra os egípcios na batalha de Kadesh? Era isso que eles iriam descobrir na Faculdade junto do professor de história comparada das religiões que abordasse a temática da peste na obra hitita e na tragédia grega de Sófocles. Caetana conseguira obter uma cópia desse romance,lê-lo e só depois falar com um especialista da área.

Ajude-nos a manter este projecto. Escreva-nos e diga como deve conbtinuar esta história. Ele só depende de si. Amanhã: À procura de Hórus (Cap. I)