Projecto Sherazade - Folhetim- Regresso a casa - II cap
Capítulo Segundo
Apesar de ser uma excelente investigadora, Carlota tinha falta de experiência de vida. Vivia sempre amargurada. O orientador tinha imensa paciência com ela. Muitas pessoas queriam ter a sua vida,enquanto ela se resumia a sobreviver. Em tempos Carlota escrevera um romance onde a crítica deitara-a abaixo. Caetana tornara-se amarga , encontrava-se numa busca, numa verdade. De um momento para o outro só a história permitia a essência do encontro do ser humano, olhava para a cidade num ângulo, no local onde se encontrava viam-se restos mortais de história nacional, aqui e ali via turistas que procuravam locais tipicamente portugueses. Agora perto do local da escola do Circo onde iria ter com o seu orientador, via apenas o miolo das habitações como se fossem cadáveres onde não invocavam as almas dos mortos. Já que esses eram apenas encontrados na outra ponta da cidade no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, mas Carlota especializara-se numa outra espécie de exorcismo, mais velha e sobretudo relacionada com a arte da escrita e da filologia hitita. Carlota Joaquina nunca abandonara o projecto da tese desde que lera o livro do professor Alberto Bernabé Pajares “Textos literarios hititas “. A sua tese intitulava-se “Há histórias felizes?”. Carlota esperava despertar lendas, contos e mitos que despertavam uma realidade literária pouco conhecida dos investigadores . Ela costumava iniciar as suas comunicações citando o professor doutor José Nunes Carreira com uma frase do livro da Cosmos “A história antes de Heródoto “. À sua espera estava François que se preparava para a receber a ela e a outras colegas de doutoramento que quiseram aquele especialista belga na área da hititologia pois era uma sonidade no tema da luz e realeza no texto literário. A conversa que se ia dar para aqueles momentos de investigação científica era num texto encontrado à cerca de noventa anos atrás numa escavação arqueológica na Turquia. Haviam naquele local mais duas especialistas naquela temática: Caetana e Benedita. Carlota conhecia-as de outras alturas. Das épocas da licenciatura e do mestrado, toleravam-se, mal se falavam. Eram escolhidas as três por se degaldiarem nas opiniões e serem extremamente pertinentes nos diálogos. O plano do especialista em ter esssas placas e de seguida fazer a tradução para português pela primeira vez na historiografia pré-clássica portuguesa. A tradução daquele texto tinha a haver com uma razão muito forte. Há muitos anos atrás o bisavô de Poirot fora chamado para descobrir uma onda de assassinatos numa expedição arqueológica em que o assassino deixava perto das vítimas uma equação que era nem mais nem menos o nome de clorofila e fotossíntese. A tradução envolveria cada uma delas, haveria um prefácio escrito por François Poirot que faria o enquadramento histórico da descoberta, da época do texto, das obras que faziam parte da investigação e mais tarde partiriam cada um deles para a parte da sua área de especialização. Carlota faria a parte da historiografia hitita, dos textos literários e da possibilidade de existir ou não investigação histórica na anatólia hitita. Haviam fortes possibilidades de haver parecenças com outras figuras lendárias sumérias que haviam ultrapassado as fronteiras da antiga mesopotâmia e deram um forte cunho na história hitita.
Caetana era uma jovem jornalista de profissão, mas historiadora de coração. Amava a história, mas sabia que não podia fazer nada num país onde as pessoas não se interessam pela cultura, os seus olhos passavam a vista crítica pelo olhar ácido do humor, sentido que havia cultivado desde a adolescência quando era posta de parte pelos colegas. Caetana tinha as feições de uma princesinha que eram lidos nos saraus medievais, de tez loira como era agraciada de uns olhos verdes cor de esmeralda,sabia distinhuir o bom, do mau e do péssimo. Aprendera a ler nos romances policiais os truques dos pormenores. Caetana era um nome de família nada mais. Começara desde cedo a atrabalhar numa agência de jornalismo onde nem sempre era reconhecida. Viajava bastante e fazia-o no trabalho,caso contrário os ventos que corriam não lhe davam outro labor. Quando o seu pai falecera jamais soubera quanto é que a filha ganhava. Catena erafilha de um diplomata. Vivera a sua infância na Árica do Sul. Caetana era de uma família onde a diplomacia era redigida pelo manejar das ideias. Catena rebentava com as convecões sociais mas vestia-se com a descrição de uma aristocarata, conhecia as élites e os sábios. Movia-se num universo que muitos não alcançavam, por isso quando recebeu a proposta de um antigo professor da faculdade de letras para entrar naquele projecto de tradução único na jovem história antiga portuguesa não pensou duas vezes dirijiu-se ao local onde se encontraria com um dos coordenadores do projecto: o Professor Doutor François Poirot. À sua frente estava outra colega de mestrado Benedita, a Beny. Era uma mulher belíssima. Estouvada , de um enorme sentido de humor. Benedita era diferente de Carlota ou de Caetana.
Morena parecia ser retratada por um carvão onde os seus olhos azuis acendiam a escuridão da noite em todo o seu esplendor . Benedita acreditava que Carlota deveria escrever romances de ficção científica no lugar de fazer investigaçação ,pois era normal escreverem-se barbaridades como as que Carlota costumava fazer.Caetana lembrava-se de François vagamente vira-o num colóquio na faculdade de letras a quando das comemorações dos dez anos do Intituto Oriental da Faculadde de Letras de Lisboa. Tal como as suas duas colegas Benedita iniciara as suas investigações apartir de um texto provocatório vindo da Mesopotâmia escrito por Ed-Huana “a senhora de todas as coisas“ filha de Sargão I. Antes especializara-se na figura de Naram-sim e na forma como a sua lenda ultrapassara as fronteiras e chegara à Anatólia Hitita . Apaixonara-se a príncipio a figura daquela figura dramática que tinha tido o mundo a seus pés e acabara por perdê-lo. As teses que a faziam rir a príncipio da qual houve um interesse claro pelas posses de umas placas encontradas no príncipio do século XX faria com que a cultura fosse palco de uma luta entre a Inglaterra e a Alemanha pela posse hegemónica do Mundo. Olhou para as fotócopias que todos ali presentes naquela escola do circo onde François escolhera para se reunirem. A conversava entre os quatro versava sobre as suas áreas de especialização e a razão porque cada um deles ali estavam. Caetana olhava para o texto que tinha em mãos e recordava-se porque fora uma das escolhidas. Aquele projecto era sobretudo um projecto bastante inovador entre as duas universidades no campo da informática e das bibliotecas digitais . Bem feitas as contas aquele grupo que se reunia ali era produto de um estudo inicial de Benedita .Quando começara o seu doutoramento deu-se conta de um texto futurista escrito pela primeira mulher na história da humanidade que sabia escrever chamava-se Ed-Hunuana e vivera em Ur entre 2600ac. Essa mulher era a sacerdotisa de nana , do deus Lua . Apesar de cada uma daquelas mulheres não se suportarem eram as predilectas alunas do director do Instituto . Todas elas abraçavam a mesma área de especilização com uma fé inabalável . Aquele projecto inicara-se à mais de sete mil anos . As fotos que foram distribuídas às três mulheres deviam em muito à capacidade de cada uma delas pela análise e pela busca que François fizera ao vir para Portugal , pois sabia que cada uma daquelas jovens tinha uma razão mais do que suficiente para conhecer aquele texto e escolher o doutoramento no centro de duas culturas a da Mesopotâmia e a da Anátolia Hitita . François vira os currículus de cada uma delas e sabia que duas delas viveram fora de Portugal e uma última era neta de um militar que estivera presente na primeira guerra mundial e tal como o seu avô que aprendera acádico e comprara parte de alguns daqueles textos foram significativos para a sua escolha de ser um dia professor de História e mais tarde tornar-se hititólogo . A estrutura da sua tese baseava-se no conceito do deus Sol e da capacidade de se produzir fotossíntese . Em pequeno lera o romance Deuses , Túmulos e Sábios e sonhara desde essa altura com aqueles investigadores dos finais do século XIX e princípio do século XX . Aqueles textos que analisavam pertenceram à sua família desde à muitos anos . Só não conseguia entender como é que alguém o fizera desaparecer. O seu bisavô juntara dinheiro para aprender acádico e viajara pelos diversos museus da Europa para tirar fotocópias de livros tão antigos. Brincar com alta tecnologia é algo que não se imagina , vive-se e era esse o projecto que os quatro abraçavam. Dentro destes sistemas haviam artigos de arqueologia escritos por vários investigadores portugueses e estrangeiros, mas não só eram os aspectos filológicos , mas também os artísticos em torno das questões filosóficas sobre o Sole o deus de Arinna. Para compreenderem aquele texto era necessário ter em conta que aquele projecto começara à vários milhares de anos . Para além deles havia uma variada equipa de historiadores, filósofos e até biólogos de todo o mundo inteiro que não paravam de escrever teses sobre aquele tratado . Todos chegavam à conclusão de que se tratava de uma tradução em hieroglíficoshititas de um texto filósofico escrito pela filha de Sargão de Akad . Nestas andanças andavam então as meninas de doutoramento como Carlota , Caetana e Benedita que tentavam tirar o maior proveito deste projecto para as suas teses. Foi naquele momento que François lhes falou da verdadeira dimensão daquele projecto. Todas se olharam. François sabia da história do avô de Carlota Joaquina, da lendária história na batalha de La-lys e do espectacular roubo que ele fizera durante aquele período a um outro soldado que continha as informações sobre esse famoso tratado . Levando uma das peças para Portugal ficando ele esquecido numa das caves do quartel do Regimento de Infantaria. Quando a Carlota cresceu recordava-se das nolstálgicas brincadeiras naquele quartel de ser a mascote dos soldados e que fizeram dela a sua bonequinha . Tudo começara quando ela tivera um ano sem trabalhar e ofercera os seus préstimos ao quartel para criar um museu com todo o espólio existente. Foi nesse momento que encontrou a misteriosa placa . Ela só poderia ter um valor histórico muito grande . Seria uma bomba encontar uma das peças de valor incalculável. Só naquela altura se recordou de ver o seu avô a morrer aos seus braços e falar-lhe da fotossíntese da capacidade das pessoas puderem produzir clorofila . Alguém assassinara o seu avô. Mas quem ? Seria uma vingança ? Talvez diriam os psicólogos que a sua mania de escrever roamnces policias eram uma forma de querer resolver a morte misteriosa do seu avô. Benedita estivera frente a frente com Naram- Sim. Ele era nem mais nem menos um agente que vinha do passado. O cabelo comprido. Preso num carrapito usando roupas de surfistas e sendo um famoso DJ compondo músicas. Naram- Sim estudava as várias tendências da música para ingressar numa discoteca. Numa dessas noites que fora a uma das discotecas mais badaladas da capital sentira-se perseguida por uma mulher misteriosa.
- Tenha cuidado , menina .Não se meta com o DJ.
Mas Benedita não queria saber. Apenas gostava daquele local para dançar e da sua decoração. Essa mesma decoração era uma reienvenção dos palácios neo-assírios e onde estava escrito em língua semita “Vigário“. O decorador daquela discoteca só se podia ter especializado em história de arte. E era verdade. Era François num dos seus muitos trabalhos que fizera para entrar dentro daquela discoteca. O que os movia estarem todos juntos naquele trabalho é que iriam entrar no projecto da discoteca e conhecer uma figura milenar o DJ Naram- Sim e ainda o projecto do tratado tornado realidade.
Apesar de ser uma excelente investigadora, Carlota tinha falta de experiência de vida. Vivia sempre amargurada. O orientador tinha imensa paciência com ela. Muitas pessoas queriam ter a sua vida,enquanto ela se resumia a sobreviver. Em tempos Carlota escrevera um romance onde a crítica deitara-a abaixo. Caetana tornara-se amarga , encontrava-se numa busca, numa verdade. De um momento para o outro só a história permitia a essência do encontro do ser humano, olhava para a cidade num ângulo, no local onde se encontrava viam-se restos mortais de história nacional, aqui e ali via turistas que procuravam locais tipicamente portugueses. Agora perto do local da escola do Circo onde iria ter com o seu orientador, via apenas o miolo das habitações como se fossem cadáveres onde não invocavam as almas dos mortos. Já que esses eram apenas encontrados na outra ponta da cidade no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, mas Carlota especializara-se numa outra espécie de exorcismo, mais velha e sobretudo relacionada com a arte da escrita e da filologia hitita. Carlota Joaquina nunca abandonara o projecto da tese desde que lera o livro do professor Alberto Bernabé Pajares “Textos literarios hititas “. A sua tese intitulava-se “Há histórias felizes?”. Carlota esperava despertar lendas, contos e mitos que despertavam uma realidade literária pouco conhecida dos investigadores . Ela costumava iniciar as suas comunicações citando o professor doutor José Nunes Carreira com uma frase do livro da Cosmos “A história antes de Heródoto “. À sua espera estava François que se preparava para a receber a ela e a outras colegas de doutoramento que quiseram aquele especialista belga na área da hititologia pois era uma sonidade no tema da luz e realeza no texto literário. A conversa que se ia dar para aqueles momentos de investigação científica era num texto encontrado à cerca de noventa anos atrás numa escavação arqueológica na Turquia. Haviam naquele local mais duas especialistas naquela temática: Caetana e Benedita. Carlota conhecia-as de outras alturas. Das épocas da licenciatura e do mestrado, toleravam-se, mal se falavam. Eram escolhidas as três por se degaldiarem nas opiniões e serem extremamente pertinentes nos diálogos. O plano do especialista em ter esssas placas e de seguida fazer a tradução para português pela primeira vez na historiografia pré-clássica portuguesa. A tradução daquele texto tinha a haver com uma razão muito forte. Há muitos anos atrás o bisavô de Poirot fora chamado para descobrir uma onda de assassinatos numa expedição arqueológica em que o assassino deixava perto das vítimas uma equação que era nem mais nem menos o nome de clorofila e fotossíntese. A tradução envolveria cada uma delas, haveria um prefácio escrito por François Poirot que faria o enquadramento histórico da descoberta, da época do texto, das obras que faziam parte da investigação e mais tarde partiriam cada um deles para a parte da sua área de especialização. Carlota faria a parte da historiografia hitita, dos textos literários e da possibilidade de existir ou não investigação histórica na anatólia hitita. Haviam fortes possibilidades de haver parecenças com outras figuras lendárias sumérias que haviam ultrapassado as fronteiras da antiga mesopotâmia e deram um forte cunho na história hitita.
Caetana era uma jovem jornalista de profissão, mas historiadora de coração. Amava a história, mas sabia que não podia fazer nada num país onde as pessoas não se interessam pela cultura, os seus olhos passavam a vista crítica pelo olhar ácido do humor, sentido que havia cultivado desde a adolescência quando era posta de parte pelos colegas. Caetana tinha as feições de uma princesinha que eram lidos nos saraus medievais, de tez loira como era agraciada de uns olhos verdes cor de esmeralda,sabia distinhuir o bom, do mau e do péssimo. Aprendera a ler nos romances policiais os truques dos pormenores. Caetana era um nome de família nada mais. Começara desde cedo a atrabalhar numa agência de jornalismo onde nem sempre era reconhecida. Viajava bastante e fazia-o no trabalho,caso contrário os ventos que corriam não lhe davam outro labor. Quando o seu pai falecera jamais soubera quanto é que a filha ganhava. Catena erafilha de um diplomata. Vivera a sua infância na Árica do Sul. Caetana era de uma família onde a diplomacia era redigida pelo manejar das ideias. Catena rebentava com as convecões sociais mas vestia-se com a descrição de uma aristocarata, conhecia as élites e os sábios. Movia-se num universo que muitos não alcançavam, por isso quando recebeu a proposta de um antigo professor da faculdade de letras para entrar naquele projecto de tradução único na jovem história antiga portuguesa não pensou duas vezes dirijiu-se ao local onde se encontraria com um dos coordenadores do projecto: o Professor Doutor François Poirot. À sua frente estava outra colega de mestrado Benedita, a Beny. Era uma mulher belíssima. Estouvada , de um enorme sentido de humor. Benedita era diferente de Carlota ou de Caetana.
Morena parecia ser retratada por um carvão onde os seus olhos azuis acendiam a escuridão da noite em todo o seu esplendor . Benedita acreditava que Carlota deveria escrever romances de ficção científica no lugar de fazer investigaçação ,pois era normal escreverem-se barbaridades como as que Carlota costumava fazer.Caetana lembrava-se de François vagamente vira-o num colóquio na faculdade de letras a quando das comemorações dos dez anos do Intituto Oriental da Faculadde de Letras de Lisboa. Tal como as suas duas colegas Benedita iniciara as suas investigações apartir de um texto provocatório vindo da Mesopotâmia escrito por Ed-Huana “a senhora de todas as coisas“ filha de Sargão I. Antes especializara-se na figura de Naram-sim e na forma como a sua lenda ultrapassara as fronteiras e chegara à Anatólia Hitita . Apaixonara-se a príncipio a figura daquela figura dramática que tinha tido o mundo a seus pés e acabara por perdê-lo. As teses que a faziam rir a príncipio da qual houve um interesse claro pelas posses de umas placas encontradas no príncipio do século XX faria com que a cultura fosse palco de uma luta entre a Inglaterra e a Alemanha pela posse hegemónica do Mundo. Olhou para as fotócopias que todos ali presentes naquela escola do circo onde François escolhera para se reunirem. A conversava entre os quatro versava sobre as suas áreas de especialização e a razão porque cada um deles ali estavam. Caetana olhava para o texto que tinha em mãos e recordava-se porque fora uma das escolhidas. Aquele projecto era sobretudo um projecto bastante inovador entre as duas universidades no campo da informática e das bibliotecas digitais . Bem feitas as contas aquele grupo que se reunia ali era produto de um estudo inicial de Benedita .Quando começara o seu doutoramento deu-se conta de um texto futurista escrito pela primeira mulher na história da humanidade que sabia escrever chamava-se Ed-Hunuana e vivera em Ur entre 2600ac. Essa mulher era a sacerdotisa de nana , do deus Lua . Apesar de cada uma daquelas mulheres não se suportarem eram as predilectas alunas do director do Instituto . Todas elas abraçavam a mesma área de especilização com uma fé inabalável . Aquele projecto inicara-se à mais de sete mil anos . As fotos que foram distribuídas às três mulheres deviam em muito à capacidade de cada uma delas pela análise e pela busca que François fizera ao vir para Portugal , pois sabia que cada uma daquelas jovens tinha uma razão mais do que suficiente para conhecer aquele texto e escolher o doutoramento no centro de duas culturas a da Mesopotâmia e a da Anátolia Hitita . François vira os currículus de cada uma delas e sabia que duas delas viveram fora de Portugal e uma última era neta de um militar que estivera presente na primeira guerra mundial e tal como o seu avô que aprendera acádico e comprara parte de alguns daqueles textos foram significativos para a sua escolha de ser um dia professor de História e mais tarde tornar-se hititólogo . A estrutura da sua tese baseava-se no conceito do deus Sol e da capacidade de se produzir fotossíntese . Em pequeno lera o romance Deuses , Túmulos e Sábios e sonhara desde essa altura com aqueles investigadores dos finais do século XIX e princípio do século XX . Aqueles textos que analisavam pertenceram à sua família desde à muitos anos . Só não conseguia entender como é que alguém o fizera desaparecer. O seu bisavô juntara dinheiro para aprender acádico e viajara pelos diversos museus da Europa para tirar fotocópias de livros tão antigos. Brincar com alta tecnologia é algo que não se imagina , vive-se e era esse o projecto que os quatro abraçavam. Dentro destes sistemas haviam artigos de arqueologia escritos por vários investigadores portugueses e estrangeiros, mas não só eram os aspectos filológicos , mas também os artísticos em torno das questões filosóficas sobre o Sole o deus de Arinna. Para compreenderem aquele texto era necessário ter em conta que aquele projecto começara à vários milhares de anos . Para além deles havia uma variada equipa de historiadores, filósofos e até biólogos de todo o mundo inteiro que não paravam de escrever teses sobre aquele tratado . Todos chegavam à conclusão de que se tratava de uma tradução em hieroglíficoshititas de um texto filósofico escrito pela filha de Sargão de Akad . Nestas andanças andavam então as meninas de doutoramento como Carlota , Caetana e Benedita que tentavam tirar o maior proveito deste projecto para as suas teses. Foi naquele momento que François lhes falou da verdadeira dimensão daquele projecto. Todas se olharam. François sabia da história do avô de Carlota Joaquina, da lendária história na batalha de La-lys e do espectacular roubo que ele fizera durante aquele período a um outro soldado que continha as informações sobre esse famoso tratado . Levando uma das peças para Portugal ficando ele esquecido numa das caves do quartel do Regimento de Infantaria. Quando a Carlota cresceu recordava-se das nolstálgicas brincadeiras naquele quartel de ser a mascote dos soldados e que fizeram dela a sua bonequinha . Tudo começara quando ela tivera um ano sem trabalhar e ofercera os seus préstimos ao quartel para criar um museu com todo o espólio existente. Foi nesse momento que encontrou a misteriosa placa . Ela só poderia ter um valor histórico muito grande . Seria uma bomba encontar uma das peças de valor incalculável. Só naquela altura se recordou de ver o seu avô a morrer aos seus braços e falar-lhe da fotossíntese da capacidade das pessoas puderem produzir clorofila . Alguém assassinara o seu avô. Mas quem ? Seria uma vingança ? Talvez diriam os psicólogos que a sua mania de escrever roamnces policias eram uma forma de querer resolver a morte misteriosa do seu avô. Benedita estivera frente a frente com Naram- Sim. Ele era nem mais nem menos um agente que vinha do passado. O cabelo comprido. Preso num carrapito usando roupas de surfistas e sendo um famoso DJ compondo músicas. Naram- Sim estudava as várias tendências da música para ingressar numa discoteca. Numa dessas noites que fora a uma das discotecas mais badaladas da capital sentira-se perseguida por uma mulher misteriosa.
- Tenha cuidado , menina .Não se meta com o DJ.
Mas Benedita não queria saber. Apenas gostava daquele local para dançar e da sua decoração. Essa mesma decoração era uma reienvenção dos palácios neo-assírios e onde estava escrito em língua semita “Vigário“. O decorador daquela discoteca só se podia ter especializado em história de arte. E era verdade. Era François num dos seus muitos trabalhos que fizera para entrar dentro daquela discoteca. O que os movia estarem todos juntos naquele trabalho é que iriam entrar no projecto da discoteca e conhecer uma figura milenar o DJ Naram- Sim e ainda o projecto do tratado tornado realidade.
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