Pastores do presépio*
Pastores do presépio
Fundos sulcos da neve a rigidez da face
encontram o olhar traçam caminhos
vêm rotos vergados em demora
(a estranha luz ardendo o horizonte)
Encostam-se ao cajado a fome na tristeza
fixam sombras duma estrela quente
pisam descalços a caruma o espanto
que envolve em sobressalto que amanhã
Levam nos ombros a continua morte
da criança fugaz que em cada instante nasce
Lançam achas incertas no quieto lume
sorvem daquela noite o bafo quente
Nos seus lábios gretados surge a prece
o limiar da esperança sem revolta.
*Por: António Salvado
Etiquetas: António Salvado, Natal, Pastores do presépio, Poesia
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home