Manjedoira*
(Fotografia de Luís Norberto Lourenço. Arquivo Tertuliano/2009)
Manjedoira
De longe que a manhã fora prescrita
as armas recolheram aos museus
os campos revestiram-se de trigo
o azul recente coloriu o céu
d’alem da boca e d’outros céus ainda,
aves voltaram feitas peregrinas,
na terra acasalaram mais os bichos,
no mar os peixes destruíram breus.
Noite do caramelo ameno dia
chegado ao lume do braseiro ardido:
véu rompido onde a paz vai reviver;
de boa e sã vontade se cobriu
o mundo: os homens todos já se uniram!
e nem um Deus precisa de nascer.
*Por: António Salvado
Etiquetas: António Salvado, Manjedoira, Natal
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