SOl se põe em São Paulo
“O sol se põe em São Paulo “é um romance de enganos, sombras e teatro. Não deixa de ter interesse que a personagem principal seja interceptado por uma senhora idosa, japonesa que lhe pede para escrever as suas memórias. Ao longo da história percebemos que não é a sua história,mas a de várias personagens que se interligam entre vários autores japoneses. “O melhor escritor é aquele que nunca escreveu qualquer obra“. Nesse sentido é uma frase que espelha o lema e a demanda pelos autores contemporâneos japoneses, Tanizaki e Mishima e o clássico Jengi traduzido este ano para português. A nossa procura de ligar a literatura à história, aos costumres e aos grupos de teatro que se lhe seguem deve dar um jogo de luz e de sombras. O Nosso aspirante a escritor leva a sua tese de conduzir a sua narradora de histórias a contra-lhe a história do seu grande amor. Como faz juz o título de “O SOL se põe em São Paulo “Bernardo Carvalho faz-nos crer que a história é muito mais do que isso. É a história de uma vida que termina na cidade de São Paulo. Este é um romance que fala de emigração, da segunda guerra mundial e do suicídio de um familiar do imperador. Esta cidade foi sem dúvida a cidade das oportunidades para milhares de Japoneses. Como afirmou o autor numa entrevista “O Japão surge aqui como uma metáfora e a emigração o seu zénite (…)”
A personagem principal é o escritor como se tratasse de um cronista de tempos antigos que escrevia os panegíricos dos reis que escrevia as suas memórias. Caminhamos Ainda perante os folhetins antigos onde a velha senhora conta que em jovem foi datilógrafa de uma tradução de um romance tradicional japonês do século XI levando os leitores a ficar à espera de um novo capítulo. Mas todas as narrativas servem de intertextualidade para com que os autores referidos anteriormente, Tanizaki é uma personagem escondida que faz com a jovem passe para a narrativa desse autor e que seja explícita várias histórias de sexo e dor cognominando-o de “SAde japonês“.
Mas a obra em questão narra ao mesmo tempo a emigração japonesa no Brasil a pós a segunda guerra mundial e a própria procura dessa narrativa. Como é que começa a mentira e termina a verdade? Há aqui um trabalho de detective onde se tentará desvendar um sem número de histórias. Por fim basta colocar uma questão: Como colocar a literatura ao lado da história? De que forma poderemos analisar a obra “O SOL se põe em SãoPaulo “ (ed. Cotovia, Colecção Sábia, 160 pp) Descobrimos que o melhor escritor é aquele que nunca escreveu um livro. São palavras ditas pela japonesa e do interesse por saber se o seu futuro escritor conhece japonês e os escritores japoneses. Para quem conhece as obras de Bernardo Carvalho sabe que há medida que vai lendo a sua obra descobre que cada personagem não é aquilo que parece. Estamos perante um jogo de cartas onde todos os trunfos não estão à vista logo no inicio da narrativa. Encontramo-nos perante várias personagens que se anulam umas às outras. Ao centramo-nos nesta obra optamos por colocar uma história que se centrasse entre o tradicional e o cosmopolita, entre dois universos, o clássico como o teatro nô, as obrigações de uma família e de um arapariga que quer a sua independência. Este livro bem poderia chamar-se O Jogo de Sombras Primeiro vemos um amor de desenganos e de um actor nô humilhado que se prontifica a transforma-se num nacionalista. Para compreendermos esta obra temos que a ver em vários moldes, as personagens, as suas próprias histórias e um autor que não prefere ser autor porque não publicou nada. A nossa opção pela ligação entre a história e a literatura. A literatura é ponto que tem a haver com a história oral cada vez mais tida como objecto de estudo dos historiadores. Anteriormente este método de investigação era remetido para os antropólogos e sociólogos . Esta obra é vista em duas partes , uma espécie de prólogo longo durante 120 pp onde as personagens se apresentam como actores de um tatro de sombras. O narrador não deverá saber nada de japonês nem conhecer os seus próprios escritores como lhe havia sido dito. Mas para terminar esta obra ele descobre que tudo não passou de uma intertextualidade entre vários autores japoneses que ele não conhecia. Podemos afinal perguntar será esta obra uma impostura ou pelágio inventado pela própria velha japonesa? A decisão é vossa.
A personagem principal é o escritor como se tratasse de um cronista de tempos antigos que escrevia os panegíricos dos reis que escrevia as suas memórias. Caminhamos Ainda perante os folhetins antigos onde a velha senhora conta que em jovem foi datilógrafa de uma tradução de um romance tradicional japonês do século XI levando os leitores a ficar à espera de um novo capítulo. Mas todas as narrativas servem de intertextualidade para com que os autores referidos anteriormente, Tanizaki é uma personagem escondida que faz com a jovem passe para a narrativa desse autor e que seja explícita várias histórias de sexo e dor cognominando-o de “SAde japonês“.
Mas a obra em questão narra ao mesmo tempo a emigração japonesa no Brasil a pós a segunda guerra mundial e a própria procura dessa narrativa. Como é que começa a mentira e termina a verdade? Há aqui um trabalho de detective onde se tentará desvendar um sem número de histórias. Por fim basta colocar uma questão: Como colocar a literatura ao lado da história? De que forma poderemos analisar a obra “O SOL se põe em SãoPaulo “ (ed. Cotovia, Colecção Sábia, 160 pp) Descobrimos que o melhor escritor é aquele que nunca escreveu um livro. São palavras ditas pela japonesa e do interesse por saber se o seu futuro escritor conhece japonês e os escritores japoneses. Para quem conhece as obras de Bernardo Carvalho sabe que há medida que vai lendo a sua obra descobre que cada personagem não é aquilo que parece. Estamos perante um jogo de cartas onde todos os trunfos não estão à vista logo no inicio da narrativa. Encontramo-nos perante várias personagens que se anulam umas às outras. Ao centramo-nos nesta obra optamos por colocar uma história que se centrasse entre o tradicional e o cosmopolita, entre dois universos, o clássico como o teatro nô, as obrigações de uma família e de um arapariga que quer a sua independência. Este livro bem poderia chamar-se O Jogo de Sombras Primeiro vemos um amor de desenganos e de um actor nô humilhado que se prontifica a transforma-se num nacionalista. Para compreendermos esta obra temos que a ver em vários moldes, as personagens, as suas próprias histórias e um autor que não prefere ser autor porque não publicou nada. A nossa opção pela ligação entre a história e a literatura. A literatura é ponto que tem a haver com a história oral cada vez mais tida como objecto de estudo dos historiadores. Anteriormente este método de investigação era remetido para os antropólogos e sociólogos . Esta obra é vista em duas partes , uma espécie de prólogo longo durante 120 pp onde as personagens se apresentam como actores de um tatro de sombras. O narrador não deverá saber nada de japonês nem conhecer os seus próprios escritores como lhe havia sido dito. Mas para terminar esta obra ele descobre que tudo não passou de uma intertextualidade entre vários autores japoneses que ele não conhecia. Podemos afinal perguntar será esta obra uma impostura ou pelágio inventado pela própria velha japonesa? A decisão é vossa.
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