Fotossíntese Capítulo Piloto ( folhetim )
Depois de ter escrito a cómica Santa Muerte, no blogue Tertuliando. Decidi recuperar o género folhetim, ao fim de 4 anos. Depois de seguir o género cómico, non -sense , mais ou menos surrealista, optei por colocar uma história de ficção científica, onde as imagens de cartazes dos míticos filmes de ficção científica do século passado, do cinema mudo. A temática da história gira num contexto das comemorações da Primeira Guerra Mundial, na qual se centram todas as comemorações, entre congressos, publicações, e ao mesmo tempo apresentações de livros, exposições. Num contexto actual optei por escolher um grupo de estudantes de mestrado em História Antiga e Contemporânea que se envolvem numa perigosa experiência, nelas as suas experiências se voltaram em diferentes épocas, na atual (2014), no passado em diferentes épocas (1914 - Primeira Guerra Mundial) e noutras épocas que se contextualizam através de um túnel que dará acesso a uma discoteca muito disputada a Vigário, nelas encontrassem um agente secreto chamado Naram-Sim (que se encontra na foto vestindo um fato digno de um super-herói) e que se vai transformando, hora em génio alado como o que vêm na figura abaixo.
Fig. 1. Génio alado da Gulbenkin (que consta do número 118 da colecção, mas que tem uma importância vital neste folhetim)
Fig.2 . Este túnel é outro local central da história de "Fotossíntese ". Este túnel é a passagem secreta que dá acesso entre a discoteca Vigário e as épocas antigas da história.
Fig.3 . Quadro que representa as formas da medicina e da magia da Mesopotâmia (neste contexto estão colocados os grandes heróis, vilões e assassinos, agentes secretos na história em que a partir de hoje fará parte do vosso quotidiano).
Se Naram - Sim era o herói trágico na historiografia como demonstrou Maria Lina Ferreira da Paz na sua dissertação de mestrado (A sombra dos heróis, dissertação de mestrado em História e Cultura Pré Clássica). Agora transformado num super-herói ele terá a forma de mudar o seu destino e da humanidade... as outras personagens serão apresentadas nos próximos dias.
Tornara-se cada vez mais difícil segui-la quando o
telefone tocou.
- Já falta
pouco para apanhá-la. Não podes ligar mais tarde? – perguntou uma voz do outro lado da linha .
- Não. – respondeu
Mariana seca .
- Sabes quem
vem comigo? – perguntou a mesma voz de forma insistente.
- Não, não me disseste. Tenho por acaso alguma bola
de cristal? – respondeu Mariana cada vez
mais irritada pois haviam acabado com que ela interrompesse a história que estava a escrever. Do outro lado do tempo, Mariana ouvia os sacerdotes dos templos
proclamarem orações:
- Os Deuses clamam por uma doce vítima. Sim devo
obedecer-lhes, mas eles não me obedecem a mim.Perante este drama sentia o
tremor pelo meu Deus, sendo eu o seu representante na Terra. Mas porquê sair
daquelas folhas policopiadas? Estava lá tão bem! Agora transformado num
adolescente de cabelos compridos de
t-shirt ,de calças de sarja com bolsos.
Quem te viu e quem te vê !O Senhor realmente vê
que o homem é mesmo mau! Aqueles dois
zumbiam-nos de verdades telefonando pelo telemóvel. Coisa estranha esta. Como é que as pessoas podiam
falar para dentro de placas? Serão os inevitáveis dragões da montanha? Mais um
objecto estranho aquelas raparigas a quem julgava serem sacerdotisas chamavam
carros. Julgavam-nos outros seres ainda mais estranhos. O que era mais
surrealista de facto que nos achavam
polícias, uns seres que zelavam pela segurança das pessoas enquanto elas
continuavam a serem assaltadas. Julgava-os meus patrícios. Falavam qualquer
coisa sobre indicações. Está na hora de consultar os deuses. Levados pelos perseguidores, uma
das raparigas afirma que estão a
dirigir-se para o mundo dos mortos. A outra manda-a calar-se dizendo que tudo isso mais parece um romance de
terror de Sthepen King.
- A salvação está na tua força, na tua
grandiosidade, pensa Naram-Sim . Para onde nos estão a levar?
O telemóvel do
casal toca.
- Aconteceu algo de mal, liga-me assim que puderes
.
- Para onde nos levam? Porquê? – pergunta Naram-Sim
- Cale-se!- responde o homem.
- Porquê?- perguntou uma das raparigas.
- Você parece um rádio intermitente.
- Como se você
soubesse resolver todos os seus
problemas. Para onde é que nos está a levar? Vai-nos matar? Ou o vosso objectivo
é raptar-nos ?Isso é tão feio !Só faltava agora você ligar para a polícia e
pedir para o virem prender !Afinal como diz aqui este nosso amigo historiador
que é especialista em Naram-Sim diz que tudo isto não passa de um castigo de
Deus.
-Não é Nam? – perguntou a rapariga que falava
pelos cotovelos. O raptor ligou para a polícia e ligou de facto para o virem
buscar com as conversas disparatadas de um grupo que se julgava serem colegas
de mestrado de história.
-Vá lá, eu sei que não está a perceber patavina
nenhuma disto quem são estas raparigas, mas eu vou explicar-lhes. Só vêm uma
folha a escrever sózinha. Na realidade já fui uma frondosa árvore, mas se
formos às teorias platónicas ou reencarnações hindus fui qualquer coisa. Não
sejamos dramáticos! Esta simples caneta... escreve aquilo que eu lhe mando! Porquê? Não acreditam? Eu
chamo-me Agatha Cristie! Na verdade este museu que me conserva não me deixa
descansar nem um minuto !Parvos, idiotas! Nós não fomos assim! Não acredito
que passem o tempo aqui caídos! Posso-vos garantir de que eu voltei do além
para escrever um romance. Um romance
que se passa nos dias de hoje e é
em torno de um grupo de estudantes universitários que estudam a figura do rei sumério que se vão
envolver com o próprio que aparece numa discoteca da moda decide fazer uma invocação à deusa Inana.
Desculpem-me, mas acordei hoje com lembranças enquanto fui casada com o meu marido Artur Max Malloman onde
tínhamos uma casinha em Nimrud a antiga Kalah que falam os livros de história.
O livro não podia ter acontecido mais perto de uma jovem historiadora que se
chama Benedita que em seus olhos
irradiava uma inteligência superior. A sua paixão pelo monarca sumério e o seu
interesse pela sua desgraça fá-la percorrer Paris. Foi em Paris já dentro dela decido escrever a
minha história. Naram – Sim tomado de amores pensar que aquela jovem é a sua
amada Inana. Faz uma inumação com um cordeiro em plena discoteca pensando que
esta é um templo, preparando-se para a guerra. Ao mesmo tempo começam a ser
mortos pessoas influentes na área da conservação e pessoas que
aparentemente nada têm a ver com os
génios alados de Nimrud. É aí que entra
um neto de Hercule Poirot que vem para Portugal com uma bolsa da
Gulbenkian para estudar esse relevo
Pierrot Poirot. Está a trabalhar como palhaço numa escola de
circo e ao mesmo tempo vir até Portugal
onde conhece a jovem Benedita. Ao mesmo tempo ambos têm a certeza de que os
crimes têm a ver com uma mente perversa
que quer imitar a arte neo-assíria firmar o seu poder. Mas será
obviamente esta teoria... para conseguirmos dar cor a um romance iniciamo-lo
com um móbil, a estratégia do
assassino do seu plano perfeito para
isso o pecado regista-se nele como uma
etiqueta.
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