O reencontro com a história antiga
Quando tive pela primeira vez o contacto com as chamadas Civilizações Pré-Clássicas e a magia do seu universo, senti-me recuar no tempo.
É que nos meus tempos de menino eu namorava a lua e olhava para as estrelas do céu como se fossem personagens de um grande livro.
Inexplicavelmente alguém tivera as mesmas ideias que eu, muitos anos antes.
Na minha meninice mais imaginava que junto das árvores se aproximavam seres sobrenaturais fantásticos que aguardavam as suas ordens.
Tudo isto se passava numa quinta onde eu, menino ainda, vivi. Para mim, algo de podre se passava naquela quinta,não no Reino da Dinamarca como escreveu Shakespeare,mas ali mesmo numa quinta da margem Sul do Tejo.
Longe de mim fazer a apologia de velhas teorias “dejá vu”, mas era como se a teoria da árvore da vida referida na arte neo-assíria, que se pode apreciar em vários museus europeus e que em 1986 o assiriólogo finlandês relacionou a famosa Cabala Judaica.
Simo Parpola, o investigador nórdico, relacionou a Árvore da Vida neo-assíria às Dez Sefirahs da Cabala, afirmando que cada uma delas representava um deus assírio – An (o Senhor), Samash (a Justiça) e assim sucessivamente.
Assim ao ter contacto com as Civilizações Pré-Clássicas, reencontrei-me com os velhos amigos que faziam parte da minha infância, nomeadamente a Lua e as Estrelas que na minha imaginação eram como um longo livro aberto que me permitia ver e olhar as personagens que ora fazia e desfazia como castelos de areia quando as ondas batiam nas frágeis construções. Assim surgiram-me teorias loucas sobre a origem da humanidade, designadamente que todos nós saíramos de uma flor de lótus, calcule-se, tal como o deus egípcio Ré. A sua história era para mim reveladora de um universo fantástico.
Fui, durante muito tempo, amante da ficção científica e fantástica mas cansei-me porque apresentavam-me as velhas histórias de Marcianos que invadiam a terra e possivelmente seriam deuses egípcios. Isso deixou-me com a pulga atrás da orelha mas como sempre tive a apetência para fazer palhaçadas desde muito •pequeno.
Questionei os meus professores que muitas vezes não sabiam dar respostas adequadas, não havia a tradição da egiptologia em Portugal e aquilo que chegava eram traduções que nos assustavam noites escuras. Nunca tive medo de papões e quis procurá-los quem não sabe se eles teriam respostas sobre esses homens e mulheres que viviam nas casas de madeira que eram as árvores. O tempo foi passando e o mesmo se passou com a morte.
Por azares da vida fui obrigado a viver com uma situação típica de um romance um familiar morto e as idas constantes ao cemitério. Eu e a minha irmã deparávamo-nos com algumas campas, senão para dizermos mausoléus.
Queríamos ficar ali a brincar. As coisas ainda levaram o seu tempo até eu perceber que as pessoas que estavam naquele local jamais voltariam à vida e que por detrás de jazigos, campas sem fotos os mortos jamais voltariam a ver a luz do dia. Compreendi então que para tudo existe um tempo. Foi então que nalgumas aulas da faculdade me recordei de tudo isto e ainda me contive antes de dizer às personagens do Livro dos Mortos ou das ditas teorias para não dizer: Como têm passado queridos amigos à muito tempo que não vos tenho visto. Ninguém compreendeu no longínquo ano de 1999-2000 porque razão eu escolhi o tema do Génio Alado que se encontra na Exposição Permanente da Fundação Calouste Gulbenkian. Ninguém sabia que eu queria voar como Nils Ulgarsan ou até mesmo encontrar a Emília do Sítio do Pica-pau Amarelo para invocarmos o Faz de Conta num universo paralelo.
Tal como disse March Bolch " A história que nos contam em pequenos é aquela que nos marca para o resto da vida ".
A mim pouco me importa que me digam que sou louco, porque olho para o •passado, para as estrelas, para os "calhaus" que a maioria das pessoas teimam em dizer também tem uma história fantástica e muito mais escrita que esses romances que alguns autores de fantasia teimam em copiar. Tolkien?
Mas afinal o que o homem tem? Para parafrasear a canção... Na dita história do país de Entre-os-rios, no Antigo Egipto ou mesmo até nos planaltos da anatólia hitita encontram-se personagens à espera de encontrarem um editor e um escritor que as desenvolva em foram de história •alternativa. Assim sendo temos que olhar para o passado de frente tentar perceber que ele quer dizer: " Esse é o verdadeiro encontro com o •passado. " É no passado que as estão as origens da condição do ser humano•... Na epopeia da criação (Enuma Enilish) recitado no festival do Akitu, ou na epopeia de Gilgamesh. Convençamo-nos agora de uma ou várias coisas. Em primeiro lugar a história não tem que ser uma coisa chata que se lê como um livro de Deus em que tudo aquilo que está escrito não pode ser alterado, depois a história como os espectadores da história da época tentavam em afirmar que a história é um estilo literário ou então uma lição para os fiéis. S e lermos os documentos literários e as memórias dos seres vivos dessa época são aqueles que nos fazem ter uma compreensão daquilo a que o ser humano (homens e mulheres) conseguiram mudar o destino e as suas vidas nos últimos sete mil anos, deles e de quem pegou nesses documentos.
Voltaremos aqui reunirmo-nos com estes nossos amigos que não via à cerca muitos anos atrás... desde os meus tempos de menino. Eles estão aqui à minha espera. È que todos os anos encontramo-nos nas páginas de livros e revistas da especialidade. Queremos agora sair para noite. Jantarmos, bebermos um copo e ir darmos "um pé de dança " pelo Bairro Alto. Pode ser que eles se recordem dos templos de Istar, das observações astronómicas que eram feitas na época. Sendo assim creio que este reencontro seja realmente proveitoso e sabermos o que cada um deles está a fazer neste momento. Onde estás a trabalhar.Etc. e tal.Pode ser que esta conversa seja verdadeiramente proveitosa e que levará a pensar que caminhos poderão seguir a jovem história pré clássica Portuguesa.
É que nos meus tempos de menino eu namorava a lua e olhava para as estrelas do céu como se fossem personagens de um grande livro.
Inexplicavelmente alguém tivera as mesmas ideias que eu, muitos anos antes.
Na minha meninice mais imaginava que junto das árvores se aproximavam seres sobrenaturais fantásticos que aguardavam as suas ordens.
Tudo isto se passava numa quinta onde eu, menino ainda, vivi. Para mim, algo de podre se passava naquela quinta,não no Reino da Dinamarca como escreveu Shakespeare,mas ali mesmo numa quinta da margem Sul do Tejo.
Longe de mim fazer a apologia de velhas teorias “dejá vu”, mas era como se a teoria da árvore da vida referida na arte neo-assíria, que se pode apreciar em vários museus europeus e que em 1986 o assiriólogo finlandês relacionou a famosa Cabala Judaica.
Simo Parpola, o investigador nórdico, relacionou a Árvore da Vida neo-assíria às Dez Sefirahs da Cabala, afirmando que cada uma delas representava um deus assírio – An (o Senhor), Samash (a Justiça) e assim sucessivamente.
Assim ao ter contacto com as Civilizações Pré-Clássicas, reencontrei-me com os velhos amigos que faziam parte da minha infância, nomeadamente a Lua e as Estrelas que na minha imaginação eram como um longo livro aberto que me permitia ver e olhar as personagens que ora fazia e desfazia como castelos de areia quando as ondas batiam nas frágeis construções. Assim surgiram-me teorias loucas sobre a origem da humanidade, designadamente que todos nós saíramos de uma flor de lótus, calcule-se, tal como o deus egípcio Ré. A sua história era para mim reveladora de um universo fantástico.
Fui, durante muito tempo, amante da ficção científica e fantástica mas cansei-me porque apresentavam-me as velhas histórias de Marcianos que invadiam a terra e possivelmente seriam deuses egípcios. Isso deixou-me com a pulga atrás da orelha mas como sempre tive a apetência para fazer palhaçadas desde muito •pequeno.
Questionei os meus professores que muitas vezes não sabiam dar respostas adequadas, não havia a tradição da egiptologia em Portugal e aquilo que chegava eram traduções que nos assustavam noites escuras. Nunca tive medo de papões e quis procurá-los quem não sabe se eles teriam respostas sobre esses homens e mulheres que viviam nas casas de madeira que eram as árvores. O tempo foi passando e o mesmo se passou com a morte.
Por azares da vida fui obrigado a viver com uma situação típica de um romance um familiar morto e as idas constantes ao cemitério. Eu e a minha irmã deparávamo-nos com algumas campas, senão para dizermos mausoléus.
Queríamos ficar ali a brincar. As coisas ainda levaram o seu tempo até eu perceber que as pessoas que estavam naquele local jamais voltariam à vida e que por detrás de jazigos, campas sem fotos os mortos jamais voltariam a ver a luz do dia. Compreendi então que para tudo existe um tempo. Foi então que nalgumas aulas da faculdade me recordei de tudo isto e ainda me contive antes de dizer às personagens do Livro dos Mortos ou das ditas teorias para não dizer: Como têm passado queridos amigos à muito tempo que não vos tenho visto. Ninguém compreendeu no longínquo ano de 1999-2000 porque razão eu escolhi o tema do Génio Alado que se encontra na Exposição Permanente da Fundação Calouste Gulbenkian. Ninguém sabia que eu queria voar como Nils Ulgarsan ou até mesmo encontrar a Emília do Sítio do Pica-pau Amarelo para invocarmos o Faz de Conta num universo paralelo.
Tal como disse March Bolch " A história que nos contam em pequenos é aquela que nos marca para o resto da vida ".
A mim pouco me importa que me digam que sou louco, porque olho para o •passado, para as estrelas, para os "calhaus" que a maioria das pessoas teimam em dizer também tem uma história fantástica e muito mais escrita que esses romances que alguns autores de fantasia teimam em copiar. Tolkien?
Mas afinal o que o homem tem? Para parafrasear a canção... Na dita história do país de Entre-os-rios, no Antigo Egipto ou mesmo até nos planaltos da anatólia hitita encontram-se personagens à espera de encontrarem um editor e um escritor que as desenvolva em foram de história •alternativa. Assim sendo temos que olhar para o passado de frente tentar perceber que ele quer dizer: " Esse é o verdadeiro encontro com o •passado. " É no passado que as estão as origens da condição do ser humano•... Na epopeia da criação (Enuma Enilish) recitado no festival do Akitu, ou na epopeia de Gilgamesh. Convençamo-nos agora de uma ou várias coisas. Em primeiro lugar a história não tem que ser uma coisa chata que se lê como um livro de Deus em que tudo aquilo que está escrito não pode ser alterado, depois a história como os espectadores da história da época tentavam em afirmar que a história é um estilo literário ou então uma lição para os fiéis. S e lermos os documentos literários e as memórias dos seres vivos dessa época são aqueles que nos fazem ter uma compreensão daquilo a que o ser humano (homens e mulheres) conseguiram mudar o destino e as suas vidas nos últimos sete mil anos, deles e de quem pegou nesses documentos.
Voltaremos aqui reunirmo-nos com estes nossos amigos que não via à cerca muitos anos atrás... desde os meus tempos de menino. Eles estão aqui à minha espera. È que todos os anos encontramo-nos nas páginas de livros e revistas da especialidade. Queremos agora sair para noite. Jantarmos, bebermos um copo e ir darmos "um pé de dança " pelo Bairro Alto. Pode ser que eles se recordem dos templos de Istar, das observações astronómicas que eram feitas na época. Sendo assim creio que este reencontro seja realmente proveitoso e sabermos o que cada um deles está a fazer neste momento. Onde estás a trabalhar.Etc. e tal.Pode ser que esta conversa seja verdadeiramente proveitosa e que levará a pensar que caminhos poderão seguir a jovem história pré clássica Portuguesa.
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