Call center do além
O telemarketing é uma espécie de filme de terror, agressivo e cheio de violência, por isso o programa que se segue pode conter linguagem e cenas não aconselháveis a pessoas sensíveis…
Se você é viciado no telefone, telemóvel ou computador, então esta crónica é para si! Sente-se, senão irá cair. Desligue o telemóvel e fique confortável. Não permita que ninguém o interrompa. Até porque não é assim tão difícil trabalhar num call-center. Até as crianças o sabem fazer. É só mexer no telefone…
Comecemos então o engate! Nunca foi tão fácil caçar velhas… já a baterem com os pés para a cova. E é aí que se deve perguntar: o senhor Ludovico está?
Se ele morreu, não desista, pergunte-lhe então do que é que ele morreu e se ele gosta da campa onde está. Se pagaram o funeral por inteiro ou parceladamente?
- O meu marido poderá telefonar ao serviço ao cliente?
- Porquê Dona Lêndia?
- É que ele tem dado muitas cambalhotas no túmulo. Os ossinhos dele estão todos espalhados, não se percebe absolutamente nada do que é.
- Como é que se chamava o seu marido?
- Karl Marx! Ele acha indecente o que vocês fazem aos operadores.
A chamada cai. Nem se quer deve haver mais conversa.
Antes de passarmos a analisar todo este processo, devemos seguir o processo de mais uma chamada. Desta vez de um viúvo com a idade compreendida entre os 75 e os 80 anos. Deverá a campa do morto ter alarme não vá o Diabo tecê-las… E se de repente, o viúvo lhe der a morada do cemitério? Como é que o operador reage?
Bem vistas as coisas, como diria Hércule Poirot se seguirmos todos os pormenores acabamos por chegar ao assassino. Neste caso ao mentor deste roubo. Será possível incluir nessa venda missa de corpo presente com música de Marlyn Manson? Ou mais especificamente dos Moonspell? Como é que o morto passaria o dia do seu aniversário no cemitério? Sozinho? Ou teria a visita da família com bolo de aniversário incluído? Não deveríamos pedir para colocar um televisor no cemitério? De manhã a esposa assisitiria ao programa do Manuel Luís Goucha, à tarde o da Júlia Pinheiro, às sete da tarde assistiriam ao “Preço Certo” com Fernando Mendes, seguindo-se o Telejornal e as novelas da TVI .
Melhor do que isto é calcular a gasolina gasta no caminho do funeral (poupando 50 cêntimos de pagamento combustível) cobertura em todo o mundo quando alguém morrer fora do país e o corpo seja “deportado” para o país de origem. Por último as transferências gratuitas caso o motorista for um assaltante e ameace tomar como resgate o corpo da esposa falecida. Nesta visita guiada ao mundo maravilhoso do call- center o que faz falta é animar o cliente. A operadora pode colocar questões aos defundos:
- Como conseguirão os mortos lidar com os vivos? Aceitará a sua família usar o dinheiro como mais achar connveniente?
Para estas coisas deveríamos chamar duas pessoas muito queridas do público português a Linda Reis e o Alexandrino, ela incorporaria a Princesa Diana e ele acreditaria que era o Doddye Al-Dayed, até bem poderiam ser os supervisores desta operação triunfo. Enquanto a Pomba Gira incitaria as suas colaboradoras a fazerem bruxarias para conseguir vendas, o hipnotizador faria com que os formandos recusassem receber o dinheiro da formação, porque o call-center é uma coisa muito séria!
Por outro lado, eles até sabem o que falamos, ouvem-nos. Porque não mandar o chato dos “Contemporâneos”a um call-center?
Se os operadores não conseguirem vender nada, invoque Betlejoice, Jack e a Noiva Cadáver. Todos eles dariam execelentes cobradores de dívidas. Betlejoice seria assim uma espécie de cobrador dos ossos do tele-marketing que perguntaria:
- Muito boa tarde, o meu é Betlejoice. Foi você que pediu para ser enganado?
Se você é viciado no telefone, telemóvel ou computador, então esta crónica é para si! Sente-se, senão irá cair. Desligue o telemóvel e fique confortável. Não permita que ninguém o interrompa. Até porque não é assim tão difícil trabalhar num call-center. Até as crianças o sabem fazer. É só mexer no telefone…
Comecemos então o engate! Nunca foi tão fácil caçar velhas… já a baterem com os pés para a cova. E é aí que se deve perguntar: o senhor Ludovico está?
Se ele morreu, não desista, pergunte-lhe então do que é que ele morreu e se ele gosta da campa onde está. Se pagaram o funeral por inteiro ou parceladamente?
- O meu marido poderá telefonar ao serviço ao cliente?
- Porquê Dona Lêndia?
- É que ele tem dado muitas cambalhotas no túmulo. Os ossinhos dele estão todos espalhados, não se percebe absolutamente nada do que é.
- Como é que se chamava o seu marido?
- Karl Marx! Ele acha indecente o que vocês fazem aos operadores.
A chamada cai. Nem se quer deve haver mais conversa.
Antes de passarmos a analisar todo este processo, devemos seguir o processo de mais uma chamada. Desta vez de um viúvo com a idade compreendida entre os 75 e os 80 anos. Deverá a campa do morto ter alarme não vá o Diabo tecê-las… E se de repente, o viúvo lhe der a morada do cemitério? Como é que o operador reage?
Bem vistas as coisas, como diria Hércule Poirot se seguirmos todos os pormenores acabamos por chegar ao assassino. Neste caso ao mentor deste roubo. Será possível incluir nessa venda missa de corpo presente com música de Marlyn Manson? Ou mais especificamente dos Moonspell? Como é que o morto passaria o dia do seu aniversário no cemitério? Sozinho? Ou teria a visita da família com bolo de aniversário incluído? Não deveríamos pedir para colocar um televisor no cemitério? De manhã a esposa assisitiria ao programa do Manuel Luís Goucha, à tarde o da Júlia Pinheiro, às sete da tarde assistiriam ao “Preço Certo” com Fernando Mendes, seguindo-se o Telejornal e as novelas da TVI .
Melhor do que isto é calcular a gasolina gasta no caminho do funeral (poupando 50 cêntimos de pagamento combustível) cobertura em todo o mundo quando alguém morrer fora do país e o corpo seja “deportado” para o país de origem. Por último as transferências gratuitas caso o motorista for um assaltante e ameace tomar como resgate o corpo da esposa falecida. Nesta visita guiada ao mundo maravilhoso do call- center o que faz falta é animar o cliente. A operadora pode colocar questões aos defundos:
- Como conseguirão os mortos lidar com os vivos? Aceitará a sua família usar o dinheiro como mais achar connveniente?
Para estas coisas deveríamos chamar duas pessoas muito queridas do público português a Linda Reis e o Alexandrino, ela incorporaria a Princesa Diana e ele acreditaria que era o Doddye Al-Dayed, até bem poderiam ser os supervisores desta operação triunfo. Enquanto a Pomba Gira incitaria as suas colaboradoras a fazerem bruxarias para conseguir vendas, o hipnotizador faria com que os formandos recusassem receber o dinheiro da formação, porque o call-center é uma coisa muito séria!
Por outro lado, eles até sabem o que falamos, ouvem-nos. Porque não mandar o chato dos “Contemporâneos”a um call-center?
Se os operadores não conseguirem vender nada, invoque Betlejoice, Jack e a Noiva Cadáver. Todos eles dariam execelentes cobradores de dívidas. Betlejoice seria assim uma espécie de cobrador dos ossos do tele-marketing que perguntaria:
- Muito boa tarde, o meu é Betlejoice. Foi você que pediu para ser enganado?
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