Homens de milho e a herança cultural
O livro que hoje vos falo tem uma particularidade muito importante. Particularidade,digo-o porque tem a haver com os requisitos da redescoberta de um país. O seu próprio país de origem e premiado autor em 1967. Estou-vos a falar é claro de Angel Maria Austúrias. A obra em apreço fala-nos de senhores de terras e camponeses, mas com uma singularidade extrema: a história das suas origens. Neste "Homens de milho" reencontramos as lendas do México onde homens se transformam em animais e participam na vida quotidiana. O realismo mágico está aqui já focado nas personagens derradeiras como o diabo e o seu pactuante para descobrir com quem a sua esposa o trai.Surpresas das surpresas a esposa é a mais fiel das esposas, não trai, ou melhor dizendo o demónio é assim por dizer o feliz contemplado. Aqui não vale aquela anedota tristinha de que uma alma vê os cornos do diabo e pergunta-lhe pelas mulheres... ele diz-lhe que ali não existem coisas dessas... que o inferno é coisa de machos... ao que a alma ri a bandeiras desbragadas: Então? Onde é que ganhou esse par de cornos...
Este livro faz-nos sonhar. E recuperar tudo aquilo que a literatura se tornou hoje em dia. Homens de milho é um grande romance, romance esse que se iniciou em 1926 com a "A Vingança do Índio". Aqui se verifica que das cadeiras da universidade e Paris fazem cada um escritores recuperar a sua identidade cultural. E nós que autores temos? Onde se verificam essas mudanças?
Etiquetas: Angel Miguel Asturias, herança cultural, Hombres De Maiz, literatura mexicana
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