Soneto de Itabuna, de Cyro de Mattos
Soneto de Itabuna*
Encontro-me no verde de teus anos,
Como sonho menino nos outeiros,
Afoitas minhas mãos de cata-ventos
Desfraldando estandartes nessas ruas.
São meus todos esses frutos maduros:
Jaca, cacau, mamão, sapoti, manga.
E esta canção que trago na capanga
É o vento soprando nos quintais.
Quem me fez estilingue tão certeiro
Nos verões das caçadas ideais?
Quem nesse chão me plantou com raízes
Fundas até que me dispersem ventos
Da saudade e solidão? Ó poema!
Ó recantos! Ó águas do meu rio!
*Cyro de Mattos
Nota editorial:
Encontro-me no verde de teus anos,
Como sonho menino nos outeiros,
Afoitas minhas mãos de cata-ventos
Desfraldando estandartes nessas ruas.
São meus todos esses frutos maduros:
Jaca, cacau, mamão, sapoti, manga.
E esta canção que trago na capanga
É o vento soprando nos quintais.
Quem me fez estilingue tão certeiro
Nos verões das caçadas ideais?
Quem nesse chão me plantou com raízes
Fundas até que me dispersem ventos
Da saudade e solidão? Ó poema!
Ó recantos! Ó águas do meu rio!
*Cyro de Mattos
Nota editorial:
Cyro de Mattos é baiano de Itabuna. Poeta, contista, romancista e autor de livros para crianças. Premiado no Brasil e exterior. Publicado com livros pessoais em Portugal, Itália, Alemanha e França. Participou como convidado do Terceiro Encontro Internacional de Poetas da Universidade de Coimbra, em 1998, Feira do Livro de Frankfurt em 2009 e XVI Encontro de Poetas Iberoamericanos da Fundação Cultural de Salamanca, na Espanha, em 2013. É membro do Pen Clube do Brasil, Ordem do Mérito da Bahia e Academia de Letras da Bahia.
Autor de vários livros entre eles "O que eu vi por aí", com ilustrações vivas e coloridas da polaca Marta Ignerska, uma publicação da Editora Biruta e do romance "Os ventos gemedores", editado pela Letra Selvagem, as suas obras mais recentes.
Etiquetas: Brasil, Cyro de Mattos, Poesia, Soneto de Itabuna
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