SANTA MUERTE CAP. 28 e 29
Um grito estridente era o que se ouvia
naquele disco. Um som estridente comos e tratasse de um pavor de um medo.
Vendia-se bem. Era mesmo aquilo que um grupo den teenagers góticos adorava.
Histórias de cemitérios, maldições e cabeças de abóbora, magia negra,
vampiros ,homens e mulheres em estado de degaradação que diambulavam perto dos
riachos.
Lukas era técnico de som. Não deixou de reconhecer um grito de dor, de uma
voz, de uma mulher. O som de sinos, o corte de navalha, o jorrar de sangue...
- Há algo aqui que não soa bem ...
A seguir o som de um motoserra ,depois o som de uma caixa de música de uma
bailarina que dançava ao som de um motosserra e que caía e se espatifava em
cacos .
Novamente o mesmo grito. Depois o silêncio, as ondas do mar e novamente um
hino em latim ritmado.
Um grupo de pessoas que andava. No meio daquele local uma árvore nascia no
meio do sangue, folhas cresciam de um verde florescente e uns olhos vivos,
depois os seus braçois transformavam-se em ramos. E no fim o resto dos ossos
nascia um presente, uma gota de sangue, uma falha de madeira que em seguida
eram transforamadas em pérolas, esmeraldas e diamantes. Alguém dissera um dia
que o corpo humano podia ser comparado a frutas, a pedras preciosas e os
corpos dos deuses a pedras preciosas. Naquele instante nascia ali a deusa, a
senhora da vida e da morte. Antes era uma religiosa, agora a sua atenção
vivia pela sua sobrevivência no meio da selva Amazónica. Decidira ser metade
mulher, metade árvore. Enquanto mulher era Eulália, a jornalista, a amazona, aquela que decidia a vida dos homens, daqueles que deviam continuar a viver
se lhes pudessem dar descendentes. Foi num desses momentos que a árvore viu
descer numa canoa Misey. Nesse instante as suas folhas soltaram lágrimas de
sangue, saudade. Mas a maldição não a deixava sair dali. Ela só poderia sair
à noite. Era o que faria se conseguisse escapar...
Capítulo 29
Consultório Doutor Bruno Betteleim
- Você admira assim tanto a Santa Morte, como a minha secretária Lilith vá de
Retro? -perguntou o psicólogo.
-Sim, eu sei que foi ela que matou aquele filho da mãe do João Ratão. Toda a
gente pensa que ele era uma boa pessoa, bom pai de família, mas na realidade
era um vigarista...
- Toda a história que você me tem contado ao longo destas sessões, prova
afinal que você é a Santa Morte?
- Não, embora eu desejasse sê-lo , calculo que a morte não seja a pessoa , ou
ser mais inteligente...
- Porque conta histórias de pessoas do Japão, do Brasil, de pastos
esverdeantes, e de personagens infantis... Carochinha você não quer crescer?
- Porque são lugares que eu admiro, e que tenho um valor simbólico. Não, não
quero crescer. -disse o insecto fêmea. Quero ser uma princesa.
- Que genero de princesa ?
- Não, me recordo , no pasto eu perdi a memória e ainda porcima agora trabalho
no telemarketing .
- Eu vou contar até três e você vai adormecer profundamente ...
Um...Dois...
BZZZZZZZZ!
Aparece um mosquito fêmea com um edfonee voar em cima da cabeça do psicólogo. A
mosquito - fêmea faz a ligação telefónica .
- Carochinha, tem uma chamada em Linha... O meu nome é Mesquita a Evitar ...
está a ouvir ?
Estou-me a fazer entender ? Estou... está lá ?
A ligação vai cair no telefone da recepcionista do Doutor Bruno, a eterna
Lilith vá de Retro
- Olhe, o meu médico mandou dizer que a paciente está a ter consulta agora.
Não atendo números privados. Como conseguiu este número? muito bom dia e
passe bem.
- Através dos contactos da linha de amigos a favor do aumento decrimes de Nossa
Senhora da Morte ...
- OLhe , vá dar uma curva...-diz a recepcionista a perder a paciência.
-É só um minuto que já estou a fazer mesmo isso -diz o insecto voador dirigindo
-se em direcção a Lilith preparando-se para a picar
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