fanzine Tertuliando (On-line)

Este "blog" é a versão "on-line" da fanzine "Tertuliando", publicada pela Casa Comum das Tertúlias. Aqui serão publicados: artigos de opinião, as conclusões/reflexões das nossas actividades: tertúlias, exposições, concertos, declamação de poesia, comunidades de leitores, cursos livres, apresentação de livros, de revistas, de fanzines... Fundador e Director: Luís Norberto Lourenço. Local: Castelo Branco. Desde 5 de Outubro de 2005. ISSN: 1646-7922 (versão impressa)

sexta-feira, setembro 28, 2012

História na Carrapeta

Há muito tempo atrás num pais muito distante quando haviam dragões e serpentes gigantes como armas poderosas. Eu tornei-me um domador de feras. Aquela era fera mais bela  que alguma vez tinha visto. Era enorme e viscosa, como uma cobra e no entanto tinha um nome  forte. Apópis. Era uma mulher serpente, indomável que ninguém conseguia encontrar .Apenas era vista pelos grupos  de pessoas que se dirigiam à cidade para venderem os seus produtos e verem artistas de circo.

Ao princípio a jovem passava despercebida, dona de uma beleza rara, ela usava  um véu negro diante do rosto, como as mulheres do deserto
Até que um dia Apopis decidiu descansar e foi vista por um mercador enquanto tomava banho no meio da floresta.
O homem aproximou-se lentamente apesar dos avisos do seu amigo corvo, que deitava bolas de fumo negro No entanto, ela estava tão distante que nem sequer sentiu que a tinham apanhado e colocado num frasco gigante e oferecida a um rei como presente de paz.
- Ah!  Que peça magnífica –disse o rei.
No dia em que Apópis ficou aprisionada  dentro de um frasco minúsculo. O sol deixou de sair à  rua, com uma profunda saudade da sua amada Não a via escorregar diante das folhas de orvalho, enquanto menina fada, ou transformando-se em lagarta e olhando a sua amiga raposa que bebia um chá de uvas parras que roubara na quinta ao lado. Salta Pocinhas não podia acreditar que a.sua amiga mulher serpente fora raptada
Foi então que numa noite destas enquanto estava  a treinar para um torneio com um morcego potente.
- Boa noite –disse uma raposa.
- Boa noite – repeti eu sem dar qualquer importância
- Psiu , oh fedelho ! –disse a raposa.
Virei-me e larguei-me a rir e respondi-lhe á letra:
 - Ai , não é que a raposa já tem catarro!
- Desculpe , não foi bem isso  que quis dizer !Queria a sua ajuda e você não me estava a dar devida atenção!
- Conte lá então.. disse eu com um olhar de gozo, parecendo um anjo.Mas na realidade apetecia-me cair-lhe encima e dizer-lhe Oh raposinhavá lá à sua vida, coma lá as ovelhas que quiser e vá à sua vida. : Isto parece um consultório sentimental.
- A minha amiga Apopis desapareceu, vai fazer agora um ano e dentro de dias se ela não aparecer irá haver uma chuva de vidro e só você poderá salvar a humanidade!

HISTÓRIA NA CARRAPETA

….

Rato Mickey Walt Disney Dream Works 1890

Tese : O sal na importância do Pecado Mortal do Jardineiro , no Pinhal de Leiria de Dom Dinis e nas músicas de Ponya à Beira Mar

Orientação Menina da Mata e Seu Cão piloto

Bocas Adolescente Geração Canguru Morangos com Açúcar

Tese: A arte e a pose de Maggie Simpson na Playboy no Papiro Erotico de Turim

Orientação : Professor Doutor Magic O’Toll( Universidade Nossa Senhora de Tolkien ) e Professor Doutor Dolce Gabanna ( Universidade Loja das Meias )


História Clássica

Sabugo de Milho Furacão Ai- Jesus que lá Vou eu ,“O reencontro de Harry – Potter ,a Esfinge e Hercule Poirot a decifração da Peste a caminho de Tebas nos textos de Sofócles “(2007) Orientação de Bué da Baldas e Nunca Está Presente nas minhas Apresentações (Atenas ) e Bicha Solitária (Concluída) (Universidade L’Odorico Paraguaçu-orientador e arguente ) , Professor ou a Doutor(a) Bicha Solitária ? ( Universidade Litle Britan ) I’m only gay on the village

HISTÓRIA MEDIEVAL

Pierrot Batata de Azeitona a Preço Pingo Doce Porque Paguei Tudo Com Cartão de Crédito,“A fada Sininho nas primeiras crónicas medievais portuguesas na defesa da Terra do Nunca”(2008), Orientação de Por Amor da Santa ( Nossa Senhora de Fátima ) e Ó Mãezinha Não te Apagues ( Ladeira do Pinheiro )

História da Expansão e Descobrimentos


Macumba Vodu d’Agarramento, ”O empreendimento das aulas de Macumba nas Sensalas dos Senhores de Engenho” (2007), Orientação de Chegou atrasado no Bonde Já Quer Ir de Janelinha (Concluída )

Rata Minie Pomposa de Leitão,

“O degredo da Carochinha no Inquérito do Santo Ofício no Templo da Xamussa do peregrino Ratatui “(2006), Orientação de Rato Michey ( Esgoto da Cidade de Coimbra ) ( Avançada )

Turtura de Motoserra de Ala que é Cardoso ,“O modelo da morte de Pûs no voyerismo nas lutas de poder entre Chaca Obsesso e seu pai Dente de Coelho “(2008) Orientação de Hello Kitty e Miss Piguy (Concluída )

Turtura de Motosserra de Alá que é Cardoso

O modelo da morte de pûs no voyeurismo nas lutas de poder entre Xaca Obcesso e seu pai Dente de Coelho

Miss Piguy Lavanda Moscatel

Hello Kitty Vinte Cêntimos Cofidis


História Contemporânea

Ilusão Óptica Marada de Chamon Erva

“No reino de Wodstock 1969 :O casamento de Sopeira Papeira e Teletubi Maçon”, (2010), Orientação de Estou me a fazer Entender? e Está Alguém em Casa? (Concluída )

Cipralexis Citalopran RadioPharm Genérica

“Os engates de Jéssica Rabit na Capital durante a sua vista ao Estoril durante os anos 40 “Orientação de Professora Doutora Miquelina Óleo de Fígado de Bacalhau.

Num dos quatro capítulo anteriores várias personagens desapareceram deste blogue Bambi Macho, Rabicó, Emília, Cuca e as restantes personagens desta história.

A última vez que foram vistos cada um deles encontravam-se num país fantástico cheio de sol e possivelmente cheios de dinheiro. Possi velmente estejam desaparecidos em casa de algum paparazzi, já que agora não deixam as estrelas em paz.

Emília de Rabicó uma boneca de pano, cheia de adrenalina foi-lhe retirado as pipulas falantes do Doutor Caramujo. Para que a boneca sobreviva dê o seu donativo para que ela volte a falar e solte a boca no trobone. Bambi Macho encontra-se internado num hospital em Londres. Num dos próximos episódios haverá o indício dele ser Sherazade, pois terá feito uma operação ao sexo para fugir ao sultão . Suspeita-se que Rabicó esteja implicado na tentativa de assassinato. Será Doutor Caramujo o mentor de todas estas intrigas?

A quem conseguir encontar os seu paradeiro por favor contacte Sherazade 918765412

Ou escreva para sherazadepsp@chafarica.pt

Atenciosamente,
- História de Arte
-História do Brasil
e todas as Histórias possíveis e imaginárias de imaginar

quarta-feira, setembro 26, 2012

Demónios Egípcios e Mesopotâmicos: Precisam-se

Apesar da enorme revitalização da história antiga nas suas diversas especilidades. Até agora não foi possível fazer um estudo que possibilitasse uma história da demonologia no Antigo Egipto e da Mesopotâmia em Portugal.

Tanto mais que aqueles que nos acompanham devem estar recordados das crónicas e pesquisas feitas nos últimos dois anos sobre os Sonhos no Antigo Egipto. Os maiores especialistas destas áreas são sem dúvida Edda Brescianni ("La porta dei sogni. Interpreti e sognatori nell´Egitto Antico")e Kasia Spzakoska. Durante esta pesquisa encontrei elementos de uma divindade demoníaca chamada Tabutu (um demónio femenino que surge em sonhos a Setna (conto demótico),que seduz a personagem deste conto e o incita a matar a família em troca de prazer e sexo,para além de ter todas as riquezas. Estas frases faz-nos recordar o episódio de Cristo e o Demónio no alto das montanhas."Tudo isto será tem s eprostado me adorares".Daqui até encontrar vestígios de pesadelos até entrar a uma comparação entre morte e sonho foi um instante. Se nestas mitologias existiam demónios eles conviviam com os deuses e seres humanos, nada mais natural de que se pensasse numa investigação sobre a demonologia. Daqui até à concretização do mesmo projecto foi um passo, tanto mais que eles nos cheguem de Nova Iorque, Grécia e Swansea, respectivamente Kasia Szpakoska, Rita Lucarelli e Panagiotis Kousilis.

É neste sentido que hoje vos venho falar deste projecto inovador que tanto faz falta ao nosso panorama universitário que nos poderia ligar a outras universidades e mais noutros campos. É de louvar um projecto desta envergadura que aqui e ali nos surpreende que o medo e o terror sempre esteve presente ao longo da história do Egipto,Apopis, Amnuit. Ainda no ano passado no IV Curso Livre da Faculdade de Letras de Lisboa o professor Luís Manuel Araújo apresentou um seminário sobre os monstros. Já em Fevereiro deste ano o Professor Doutor Pascal Vernus apresentou alguns contornos destas entidades, e mais recentemente a descoberta na crença destes monstros. Esperemos que um dos nossos egiptólogos portugueses possa traçar o seu percurso na longa viagem de Ré lutando durante os próximos anos contra os monstros orçamentais que se avizinham nos próximos anos. Parabéns a Kasia, Rita e Kousilis que o vosso projecto de frutos e possa trazer diálogo entre as diversas escolas portuguesas.

segunda-feira, setembro 24, 2012

Registos de doutoramento na Universidade da Carrapeta -


 História Pré Clássica 
Rabicó Aceroula Bonde Delícia,“O rugido do rei Leão diante da Leoa Muribunda nos relevos neo-assírios” (2006) Orientação de Faz-de Conta que te oriento (Helsínquia) e Por Amor da Santa (Avançada)

Arlete Mémé Negra, “O pontificado de Dora a Exploradora na redacção da revista Vogue Apopis Bastet durante o I Período Intermediário “(2001) Orientação de Fimcapé Fénix Sete-Rios (Universidade Tiro ao Alvo) e Indecifrável Não se dá Com ninguém. (Concluída)

Cuca Não Mete Medo a Ninguém ,“À procura da ilha de Caras de Walt Dysney na procissão religiosa dos tarados sexuais da Hatusa Dysney “(2002)Orientação de Servilhetas e Tortilhas Oviedo (Andorra) e O que fiz eu para merecer isto? (Concluída)

 História Clássica 
Capuchinho Vermelho Pará, Escuta e Olha,“Entre as pedras retiradas da barriga do Lobo Mau – Comparação entre o Mito de Hesíodo e a lenda de Kumarbi “(1999) Orientação de Lilith Vai de Retro (São Paulo) e Pé de cabra Equivocado (Concluída)

Lenhador Machado de Motossera ,“Os gemidos latinos da avózinha diante do cesto da menina na visita – Histórias da Loba a Rómulo e Reno nos saldos de El- CorteInglês durante a Ocupação Romana na Lusitânia “(2005) Orientação de Deixa que te Leve (Coimbra) e Vale Tudo até Arrancar Olhos (Concluída)

quarta-feira, setembro 19, 2012

XV Encuentro de Poetas Iberoamericanos, Salamanca


Salamanca, 3 y 4 de octubre de 2012



ORGANIZACIÓN
FUNDACIÓN SALAMANCA  CIUDAD DE CULTURA Y SABERES

COORDINADOR
ALFREDO PÉREZ ALENCART (Universidad de Salamanca)

COMITÉ ASESOR
JOSÉ MARÍA MUÑOZ QUIRÓS
CARLOS AGANZO
JUAN ANTONIO GONZÁLEZ IGLESIAS
EVA GUERRERO
FRANCISCO BURGUILLO


Homenaje a Miguel de Unamuno "Di tú que he sido"

“Cada día que pasa bendigo más a Dios por haberme
mantenido en este viejo castillo roquero espiritual
de mi dorada Salamanca, lejos de la feria
de las vanidades.”
Unamuno a Rubén Darío


Programa: 
Día 3, miércoles
19,30 h Inauguración
Alfonso Fernández Mañueco, Alcalde de Salamanca
Lectura de poemas
Miguel de Unamuno (en voz propia y en voz de José María Sánchez Terrones)
José Pulido (Venezuela)
Miguel Velayos (España)
Pablo de Tarso Correia de Melo (Brasil)
Basilio Belliard (República Dominicana)
Héctor Ñaupari (Perú)
Reinaldo García Ramos (Cuba)
Gabriel Chávez Casazola (Bolivia)

Teatro Liceo. Sala de la Palabra

Día 4, jueves
10,00 h Visita de los poetas invitados a la Casa Museo-Unamuno y a la Biblioteca Histórica de la Universidad de Salamanca

12,00 h Presentación de libros
Misto códice / Códice mestizo de Paulo de Tarso Correia de Melo, y Aldravias a cinco vozes / Aldabas a cinco voces, de Edir Meirelles, Marcia Barroca, Messody  Benoliel, Jucara Valverde y Luiz Gondim. A cargo de Hugo Milhanas Machado y Fernando Gil Villa, poetas y profesores de la Usal.

Centro de Estudios Brasileños (CEB)
Se obsequiarán ejemplares de los poemarios

19,30 h Lectura de poemas
Rafael Soler (España)
Juan Ángel Torres Rechy (México)
Aníbal Fernando Bonilla (Ecuador)
Santiago Redondo Vega (España)
Nicolau Saião (Portugal)
José Amador Martín (España)
Leerán un poema: Verónica Amat, Juan Carlos López, Andrea Patricia Naranjo (Colombia), Carmen Bulzan (Rumanía),
Edir Meirelles, Marcia Barroca, Messody Benoliel y Jucara Valverde (Brasil)

Conferencia de clausura
Unamuno, poeta
Cláudio Aguiar (Brasil)

Teatro Liceo. Sala de la Palabra

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O historiador veste Prada


Cada vez mais é necessária a internacionalização da história, a história comparada entre os sistemas entre diversos países no mesmo período, seja qual for o período da história. Isto bata dar o meu exemplo, quando optei este ano escolher a área de espcialização em História Contemporânea. Muitos julgaram que para se fazer história contemporânea bastará ler alguns jornais, livros ou alguns decretos aprovados na Câmara dos Deputados... e quem nem sequer é necessário ler ou escrever em francês, inglês... que ideia peregrina!

Oh, dirão vocês! Então afinal para se fazer história contemporânea é preciso tudo isso? Eu pensava que até nem sequer era preciso muito trabalho!

Nos últimos dez anos surgiram em Portugal duas revistas escritas integralmente em inglês, do Centro de História Além Mar (CHAM) Bulletin of Portuguese-Japanese Studies, e Res Antiquitatis - Journal of Ancient History, renovando ainda as revistas Hathor- Studies of Egyptology e Oriental Studies . Afinal para que precisamos de escrever em inglês, não estamos em Portugal?

Claro que estamos mas nos dias de hoje onde a globalização, a história também sofreu com estas pequenas alterações, irá ditar em parte as novas tendências da historiografia nacional e interncional. Imaginemos o historiador como um pequeno alfaiate que vestia as suas pequenas clientes, via as tendências através da revista Burda e copiava os modelos e ali estavam os petits e as senhoras suas mães a vestirem os melhores fatos para os dias festivos ou pura e simplesmente para a missa de domingo! Hoje em dia a moda nacional quer internacionalizar-se e o historiador deixou de ser um pequeno alfaiate, e tenência será cada vez para se integrar em Centros de Investigação Internacionais e Projectos. Cada vez mais à historiadores nacionais a escrever em inglês, a frequentar doutoramentos lá fora, a apresentar as suas investigações em congressos internacionais. Deste modo continuemos a comparação entre o historiador e o alfaiate. O alfaiate para ser conhecido lá fora terá que ter uma patente, uma marca, para que todos os anos apresente as suas colecções na Moda Lisboa, Paris, Milão, Nova Iorque. Como os estilistas querem ver os seus trabalhos fotografados na Vogue, os historiadores procuram cada vez mais as revistas de maior qualidade a nível internacional e que os publiquem em inglês. Assim as revistas de historiaografia topo de gama são na essência como a directora da edição americana da Vogue que dita a ascenção ou queda deste ou daquele estilista, todos terão que apresentar nos próximos anos artigos em inglês caso queiram receber bolsas de investigação e é claro pertencer a um atellier de alta costura nacional. Caso contrário limitam-se a ficar esquecidos numa aldeia de Portugal. Não basta só apresentar trabalho e tê-lo feito apenas para os amigos, para as suas clientes ou em casos mais extremos para que sejam usados em determinados bailes da província. Como diria a mãe de uma amiga minha para filha quando fez uma tatuagem mostrando a sua rebeldia dos sessenta "Moderniza-te filha".
Neste caso como imaginar as novas tendências primavera - verão dos centros de investigação portugueses, desde a Egiptologia portuguesa à História Contemporânea?
Apresentar-se-à uma sessão de fotos na estação arqueológia portuguesa? Ou um editorial na edição on -line da revista Estudos Medievais? Apresentará o Instituto de História Contemporânea motivos de Nuno Gama com aplicações do Estado Novo, da Falange ou lenços com as insígnias da SS Nazi? Ou haverão t-shirts com rostos dos actores portugueses da época de ouro do cinema português ? Afinal o que é isto? Ou teremos outro género de representações!Temos que nos internacionalizar, mecher-nos, apreder português e acima de tudo, conhecer os principais congressos a nível internacional, europeu e percorrer os diversos arquivos europeus e não só! O mundo está perdido diriam aquelas senhoras que nos aparecem à porta! Nós até temos muito respeito por ela , o que não temos é paciência, cultura, ou respeito pela sua própria religião. Desta forma Jesus me abana! Como diria a outra!
Para terminar esta coluna de moda  temos que desejar boa sorte à menina Clio na sua apresentação à Directora da Runway Historiográfica! A menina deverá andar numa roda viva aos caprichos da senhora directora e seguir as novas tendências da historiografia internacional! Dizem que agora a moda são estudos subalternos... com origem naquele país das vacas sagradas... Marx deve estar a bater palminhas no túmulo! Afinal o marxismo viu, chegou e venceu! Qual é afinal a tendência para a próxima estação do ano! O Mercado do Ribeira - LX játerminou, qual é o próximo desfile? Neste caso há que fazer isso, mesmo. Moderniza-te Clio! Afinal o historiador tmabém veste Prada!

segunda-feira, setembro 17, 2012

Invejazinhas... palermas

Uma das coisas que nunca entendi na história contemporânea portuguesa é a incapacidade de se moldar e transformar os temas e torná-los originais. Daí que todas as pessoas que conheço ficaram admiradas quando eu lhes dei a notícia de que queria fazer o mestrado em História Contemporânea. Na época estava a fazer a exposição "povo". Creio que na época a pessoa responsável por eu ter mudado de área foi José Neves, meu formador e mais tarde professor de Ideias Políticas e de História Cultural e das Mentalidades. Passado algum tempo depois da parte curricular do mestrado e de ter olhado para os moldes feitos do barro, feitos por cada professor e pelos meus colegas. Reconheço que não fui feito para moldar o ferro, o estanho e o aço, e não são bom contabilista de mortes. Nem sequer sei dar notícias trágicas, nem se quer sei se consigo escrever, se tenho uma boa capacidade de síntese ,ou se como me foi dito por um professor que o meu problema era estar no lugar errado: eu devia fazer stand- comedy. Nunca compreendi, porque razão é que nós devemos seguir as ideias de um momento e devemos respeitar velhos ditadores, seguir as linhas estruturais de cada professor. Sei muito bem para onde vou, mas uma coisa tenho a certeza, eu não sei escrevo sobre o estanho. Não sei fazer composições sobre a sagrada bandeira e as saudades da nossa colónia. Também não sou saudosista de uma época em que todas as pessoas tinham medo uma das outras e que ainda hoje sofrem dos mesmos preconceitos. Sofri esse estigma à onze, doze, treze anos, por ter estudado numa universidade. Primeiro, porque era um aluno burro, ou filho de um burguês... Oh, meu Deus, quantos dos que lêem estes artigos não estudaram em universidades privadas, onde a maioria dos professores davam aulas nos estabelecimentos de ensino públicos. Mais tarde, essas pessoas forma obrigadas a ter regime de exclusividade, não que eu tenha qualquer respeito ou falta de respeito por elas ou não. Essas pessoas viram-me como números, como ovelhas que deviam seguir os estigmas da fé daquela religião. Quando me inscrevi no mestrado, pensei que tudo havia mudado, que poderia fazer questões mais ousadas, desafiar os professores. Fui tido como mal educado, mal estruturado, e ainda pior, era filho de classe burguesa, ou de classe média alta. Meus queridos, não só existe preconceito de direita, mas também da esquerda, porque quem se inscreve nestes cursos deve ter vocação para a carreira política. Porque é que temos que continuar a fazer fatiotas para o rei quando ele vai nu? Quando temos sempre os mesmos resultados de investigação... as mesmas premissas. Salve-se a história do desporto, da praia ( da tese orientada por um dos meus professores ) talvez haja aqui uma mudança... Talvez eu seja meramente limitado para compreender as mudanças do nosso mundo contemporâneo. Abandonei o barco, antes dele cair... porque há coisas que nós devemos ser capazes é de construir o nosso refúgio, o nosso pensamento, e não uma coisa lusco-fusca. Não, a história contemporânea deveria ser mais ousada, estudar coisas como o surf, a banda desenhada como Major Alvega, ou noutros casos imagens de lâminas dos séculos XIX e Século XX sobre a economia portuguesas. OU noutros casos, estudar as seitas portuguesas e aí tiro o chapéu à minha colega Mafalda Carvlho pela sua tese sobre as testemunhas de Jeová. Ou a tese de Ricardo Noronha sobre o futebol. Digam o que disserem, é um bom passo na alteração dos temas de investigação. Estudem a praia e levem-na para o campo de investigação. Gabo aqui também o trabalho meritório do meu colega Jaime Neves, professor na escola secundária D. João II onde os seus alunos fizeram um trabalho meritório na pesquisa. Podem dizer alguns que se trata de alzeimer cronológico, isso, meus amigos, como diria o outro, não havia, necessidade.Quando existem engenheiros a fazer trabalhos de investigação histórico,será esse também o alzeimer cronológico?Ou não será uma invejazinha?Porque sejamos sinceros meus amigos,todos nós vivemos de conhecimentos,mas também necessitamos por outro lado de que nos paguem... todos nós, independentes ou não, de cor política ,religiosa, desportiva ou humanitária. Iremos ter fé de que um dia o historiador, o professor de história possa inovar ensinar aos seus alunos possam acreditar na história. Tive uma colega de liceu que me dizia que "A aldeia da Roupa Branca era o filme da sua vida e que por ele queria ser historiadora."Vinte anos depois ela é doutoranda em História Contemporânea sobre a Maria de Lurdes Pintassilgo. O que podemos desejar a Paula Alexandra Borges Santos é que o Futuro lhe possa sorrir... E a todos os futuros historiadores que inovem... e não façam as mesmas coisas. Boa sorte!

sexta-feira, setembro 14, 2012

Un libro de Luís Norberto Lourenço, por Alfredo Pérez Alencart, publicado em "O Figueirense"

Na continuação de texto publicado esta quarta-feira em Espanha (aqui), agora em Portugal, em "O Figueirense", na edição de hoje, o escritor e professor da Universidade de Salamanca (USAL), Alfredo Pérez Alencart, volta a referir-se ao livro "Manifestos contra o medo: antologia de uma intervenção cívica":

UN LIBRO DE LUIS NORBERTO LOURENÇO, por Alfredo Pérez Alencart

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quarta-feira, setembro 12, 2012

"Contra El Miedo Social", por Alfredo Pérez Alencart

Divulgamos texto "Contra El Miedo Social", republicado no SCRIBD, que o escritor Alfredo Pérez Alencart publicou ontem na sua coluna semanal "Sembradío" em "El Adelanto de Salamanca", a pretexto da apresentação do livro "Manifestos contra o medo: antologia de uma intervenção cívica" (ver aqui), na Tertulia Rona Dalba.

O texto:
"Contra El Miedo Social", de Alfredo Pérez Alencart

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segunda-feira, setembro 10, 2012

Ana Cristina Ferreira de Souza , Nefertiti – Sacerdotisa , Deusa e Faraó , ed . Masdras , 2012 160 pp, ISBN 978-85

 Esta é uma obra que não deixa ninguém indiferente : a biografia da rainha Nefertiti . Cristina  Ferreira de Souza  mestre em Egiptologia pela UFF , defendeu o trabalho agora que recenseamos em 2009. Depois de Christian Jacq ter publicado ensaios e romances sobre  Nefertiti , A Rainha Sol ( ed.Portuguesa , Bertrand – 1993),Akenaton e Nefertiti  O Casal Solar (ed. Asa , 2001 – tradução portuguesa e científica de Luís Manuel Araújo).Surge agora a vez de Ana de Souza  que em boa hora decidiu publicar a sua tese de mestrado :Nefertiti – Sacerdotisa , Deusa e Faraó. Desengane-se aquele que pensa que esta  é uma obra técnica , maçadora em que pode ser um excelente analgésico contra as insónias.É uma obra muito apetecível , onde as suas 160 pp nos deixam hipnotizados com a simplicidade da misteriosa religião egípcia.Em 5 capítulos a autora apresenta-nos a figura de Nefertiti  ligando-a não só dentro do contexto político , mas religioso . Desenga-se quem pense que esta é uma obra pouco séria , publicada numa editora ligada a questões do esoterismo , mas  não só  retrata  o ambiente da época , numa linguagem clara e muito próximo de qualquer público erudito ou não .  Além disso , trata-se de saudar um trabalho que nos apresenta um estado da questão daquela que é a rainha mais famosa do Egipto . Digamos que depois desta leitura a sua visão da “Bela Chegou “será completamente diferente . Só espero que esta obra seja publicada mais brevemente possível  em Portugal e que permita uma leitura por todos aqueles que se interessam por estas matérias e que pretendam manter viva a memória da rainha mais bela do Egipto . Parabéns Cristina !

quarta-feira, setembro 05, 2012

Ontem em Salamanca, foi apresentado o livro Manifestos contra o medo: Antologia de uma intervenção cívica


 Na mesa (da esquerda para a direita): José António Córdon Garcia (um dos apresentadores do livro), 
Luís Norberto Lourenço (autor), Pedro Miguel Salvado (outro apresentador do livrol) 
e o moderador, Luis Gutiérrez Barrio (Presidente da Tertulia Rona Dalba), 
numa mesa ao lado, um dos tertulianos, Eduardo Gutiérrez.

Vista geral da tertúlia, onde apresentámos o livro...

Vista parcial dos tertulianos...

As três fotografias são da autoria do amigo Pascual Martin (Tertulia Rona Dalba).

Antes da apresentação do livro na Tertulia Rona Dalba, Luís Norberto Lourenço e Luis Gutiérrez Barrio foram entrevistados em directo na Punto Radio de Salamanca (ouvir entrevista). 

Decorreu ontem no Hotel Rona Dalba, local habitual de reunião semanal, cada "martes" pelas 17h, dos nossos amigos da Tertulia Rona Dalba, a aprsentação do livro "Manifestos contra o medo: Antologia de uma intervenção cívica", de Luís Norberto Lourenço, prefácio de Luís Raposo (Castelo Branco: Casa Comum das Tertúlias, 2011), com moderação do Luis Gutiérrez Barrio (Presidente da Tertulia Rona Dalba e actual Presidente também do Ateneo de Salamanca). O livro foi apresentado por: José António Córdon Garcia (Profesor Titular de Universidad de Salamanca, Facultad de Traducción y Documentación) e Pedro Miguel Salvado (Historiador; Câmara Municipal do Fundão, Portugal).

O debate acabou por centrar-se no debate sobre o medo.

Um dos diários de Salamanca, "El Adelanto de Salamanca", que já tinha publicado notícia sobre o evento, publicou hoje breve notícia hoje, com foto da tertúlia.
Aqui as duas notícias:


Mais detalhes, em breve na página dos amigos salmantinos.

Organização: Tertulia Rona Dalba
Colaboração: Casa Comum das Tertúlias
Apoio: Hotel Rona Dalba

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segunda-feira, setembro 03, 2012

Excelencia social*


[tradução do original português para espanhol por:
Luís Norberto Lourenço, Beatriz Mayor Serrano y Ana Luísa Esparza Molína]

         Conocí a Luís Norberto Lourenço como alumno del Posgrado en Ciências da Informação e da Documentação. Buen alumno por cierto. Interesado, interviniente, reflexivo, con enorme facilidad de pensamiento y habilidad en su expresión escrita.
         Fue sencillo convertirse en amigo. Ciudadano con quién se piensa la vida, se reflecta la ciudadanía, se proyecta el futuro y nos preocupa a ambos la res publica.
           No me extrañó que en determinado momento surgiese un libro con la compilación de su intervención cívica de varios años.
            Luís nos lleva con sus textos a reflexionar sobre la ciudadanía. Y eso implica el punto de partida. Somos herederos del concepto de la ciudadanía de la Grecia Clásica que  se afirmó en el mundo occidental. La educación en la Pólis tenía por base un conjunto de enseñanzas que se denominaba Paideia.  Y en la Paideia griega, había el concepto de Areté que entre los varios sentidos significa también Excelencia. Este concepto de excelencia significa el principio del interés de la comunidad por encima del interés personal que a su vez se tradujo como: no me pregunten lo que la sociedad puede hacer por mí sino lo que yo puedo hacer por la ciudad. Areté es también el punto máximo del perfeccionamiento que el individuo puede alcanzar. El objetivo del hombre de la sociedad griega clásica consistía en lograr la excelencia. Platão en su libro La República se refiere à la areté, excelencia en el sentido moral. Significaba para Platão las nobles acciones. En esta obra, el autor hace coincidir el “Bien” y el “Bello” resolviendo en el uno a la dualidad ontológica. La buena y la bella acción es aquella que camina en el sentido del interés general de la sociedad. También encontramos en Luís Norberto Lourenço la preocupación de la acción excelente. La acción que va al encuentro del interés general por la sociedad, sin ocuparse de la tendencia o provecho de las consecuencias personales. El concepto de excelencia proviene de incidir en el bien-estar de la sociedad, porque cada uno de los ciudadanos quiere participar de ese bien-estar. Aquello que es bueno para la sociedad es bueno para los ciudadanos. Luís participa de esta forma de pensar ocupada por los intereses generales de la sociedad. El modo de vivir de la ciudadanía no es sustentable en la forma moderna egoísta e individualista. Y Luís Norberto no se muestra a favor de intereses personales. Los textos que escribe manifiestan su inclinación por la ciudadanía, con el gobierno de la ciudad, con la política en lo más noble que ella tiene.
            La formación académica de Luís Norberto Lourenço le confiere herramientas para interpretar y reflexionar sobre la realidad social. Es profesor  y combina la formación en Historia con la de Economía y Ciencias de la Información y de la Documentación. El laicismo, que es uno de sus valores, es el garante del respeto que nutre por la diversidad de creencias, pensamiento y las opciones de cada uno. Ese respeto que tiene por las opiniones de los otros le confiere el derecho de tener opinión que procura ser  ponderada, madura y sensata. Reparte sus reflexiones ocupado por las cuestiones de la democracia, de la ciudadanía, de la política y de la cultura.
            En la democracia podemos verlo hablar de la historia democrática, del acto de votar, de la contingencia de las elecciones y las opciones o derechos del ciudadano. En la política lo encontramos al mirar a los partidos a través del conocimiento del interior y la imparcialidad que el cientista social debe asumir, implicarse en el subjetivismo para criticar con mayor claridad y objetividad.  En la cultura, constatamos su autoridad en las cuestiones de la enseñanza, de las bibliotecas, de los museos y de los archivos. Respecto de la ciudadanía no se limita al comentario aunque de repente lo vemos enganchado. No se limita a participar sino que va más allá. Acciona, organiza, promueve, incentiva e impulsa.  Combina el pensamiento, la palabra y la escritura tanto en las cuestiones nacionales como en las locales. Observa al Mundo con el propósito transformarlo a través de la reflexión activa. Sin limitarse a la crítica social muestra propuestas de cambio. Es un ciudadano que no se limita a ser actor social sino también autor de la vida que llena con la razón.
            Todas esas características están sintetizadas en su libro Manifestos contra o medo: Antologia de uma intervenção cívica de la autoria de Luís Norberto Lourenço.

*António Regedor
(texto de la presentación del libro en Castelo Branco, 03/03/2012)


Nota editorial: 
Esta terceira publicação, de quatro, realiza-se a pensar na apresentação do livro no próximo dia 4 em Salamanca, ver aqui detalhes.

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domingo, setembro 02, 2012

La Escritura como Proceso de Transformación del Real (A propósito del libro “Manifestos Contra o Medo”)*


[tradução do original português para espanhol por:
Luís Norberto Lourenço, Beatriz Mayor Serrano y Ana Luísa Esparza Molína]

           Hablar de un libro es, desde luego, hablar del universo del autor: de su realización social, del reconocimiento que conquistó o no, de su actividad socio-profesional; es reflexionar sobre su universo socio-afectivo, sobre la forma de cómo fue narcisado, sobre los intereses, opciones, motivaciones, sobre las pasiones, las amistades, los desencantos.
            Es todo este trayecto de aprendizaje, de vida, extraordinariamente pedagógico y único, que genera en cada uno de nosotros, una sensibilidad peculiar, una cierta forma de captar  nuestra realidad e interactuar en ella en una perspectiva de influenciar, de transformar, de reparar: un proceso que es único en cada uno de nosotros y que nos torna, también seres humanos únicos.
            El proceso creativo –sea de carácter literario o no– constituye una forma del creador de analizar su realidad, una forma muy particular de encontrarse, organizarse o de ajustarse. Quiere decir: al construir para el exterior, para ser leído, visto, escuchado. Así,  el creador plasma en la obra la captura que hace de la realidad y, en este proceso se encuentra inmerso en el análisis y la recomposición para reparar alguna cosa que existe dentro de sí, como si se enclaustrase en el libro de su sentir, sus ansiedades o sus miedos.
            En esta perspectiva, el proceso de escritura hace parte de la oficina que tenemos en cada uno de nosotros y que sirve para pensar, reflexionar, transformar nuestra realidad y, en esa transformación de nosotros mismos, la consideración de un sistema adaptativo permanente a la dinámica de la vida. El tiempo de escribir, es un tiempo solitario, de evocación, de idealización, de liberación: cada palabra, frase, cada texto, constituye un alumbramiento de meditaciones, fantasías, sueños o desencantos, frustraciones y angustias. Escribir es dar un grito, es una forma de exorcizar y proyectar nuestro desasosiego.
            El libro Manifestos Contra o Medo – Antologia de uma intervenção cívica, del Dr. Luis Norberto Lourenço, nos devuelve la sociedad en la cual vivimos, en toda su complejidad: producido por una mente extraordinariamente rica, inquieta y participativa, Manifestos Contra o Medo nos envuelve en temas tan diversificados como la medicina, la violencia, el nazismo; las bibliotecas públicas, el aborto, los judíos; el periodismo, el racismo, la reforma agraria; el amor, la política y los derechos humanos.
            En toda esta complejidad, el autor nos habla de la sociedad que hemos venido a construir incitándonos al análisis e inquietándonos con ella y aún más: desafiándonos a resistir, a actuar y a construir un mundo mejor.
            Socorriéndose de un proceso panfletario en la construcción de la narrativa (además, también usado por Eça de Queiroz en la crítica mordaz a la sociedad de su tiempo), el autor nos propone un mirada o tomografía de la sociedad, descortinando en varios planos, aspectos fundamentales de nuestra realidad social: una realidad que nos limitamos a vivir, de forma liviana, acrítica, adormecida.
            Gracias a una labor militante y analítica de producción literaria al ritmo de las ocurrencias de la vida social, el escritor nos invita a una vivencia más atenta, reflexiva y participativa para lograr el desafío de tomar partido en las realidades que aquejan cotidianamente a nuestra sociedad. Tomar partido sin miedo, participando de forma organizada, en una dimensión democrática: individual, grupal o social hasta influenciar positivamente, los acontecimientos de nuestra sociedad. A lo largo  del libro vamos recordando temas que incendiaran las páginas de los periódicos, abordados ahora a la luz del pensar esclarecido, vigilante, crítico y libre de Luis Norberto Lourenço.
            Pero, ¿qué describe el libro? ¿De qué se ocupa? De nuestra realidad social: de la complejidad de las dinámicas sociales,  del amor, del aborto, de los derechos humanos; del 25 de Abril, de las élites, del fin de la enseñanza pública; de la política cultural, de la abertura de las bibliotecas el fin de semana (como en España), de la democracia; de la ética, de los jueces, de los trenes de la Beira Interior; del racismo, de la medicina, de Aristides de Sousa Mendes; de la Constitución, de la abolición de los partidos, del  valor de la cooperación.
            98 artículos: una intervención crítica notable en la cual el autor nos devuelve, de forma inconformista y consecuente, el retrato inquieto de la sociedad que hemos venido construyendo, una sociedad que necesita ser concertada. 98 artículos: una intervención crítica notable que nos deja, del principio al fin, en un hojear curioso y ávido de páginas.

*Carlos Casaquinha
(Texto de la presentación del libro en Portalegre, 14/07/2012)


Nota editorial:
Esta terceira publicação, de quatro, realiza-se a pensar na apresentação do livro no próximo dia 4 em Salamanca, ver aqui detalhes.

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sábado, setembro 01, 2012

Voz cívica de Luís Norberto Lourenço*


[tradução do original português para espanhol por:
Luís Norberto Lourenço, Beatriz Mayor Serrano y Ana Luísa Esparza Molína]

A intervenção, a crítica construtiva, o inconformismo, são o sal da Democracia; O medo atrofia o pensamento e a acção. O medo limita, quando não mata, a criatividade, a crítica, escribió Luís Norberto Lourenço, en el texto titulado Manifesto contra o medo, publicado en la prensa regional en 2001. Licenciado en Historia, profesor, fundador de la Casa Comum das Tertúlias, en 2004, en Castelo Branco, editor, incansable dinamizador cultural, Luís Norberto Lourenço publicó recientemente el libro Manifestos contra o medo: antologia de uma intervenção cívica, que fue lanzado en la Biblioteca Municipal de Algés el 10 de Marzo de 2012 a las 18 horas, por Luís Raposo, arqueólogo y Director del Museo Nacional de Arqueología [de Portugal].
            En el libro se recopilan artículos de opinión que el autor editó en la prensa escrita y en la blogósfera, desde el año 1995 hasta el 2011. Son textos de un hombre libre y comprometido con su tiempo, gestos de quien vive Abril, escritos que capturan el pensamiento del autor, sus valores, con llamamiento, retos a la reflexión que motiva y a la realización de hechos concretos. Es una escrito lúcido, sin apegos ni amarres, inteligente, inquisidor y dialogante.
            Como bien refiere Luís Raposo, en el prefacio, tenemos 215 páginas de refrigerio en tiempo de banalidades, de falta de compromiso cívico. Los textos surgen dispuestos  cronológicamente, a los cuales se juntan textos inéditos que ficaram na gaveta, así dicho por el propio Luís Norberto Lourenço, en la Presentación del tomo.
            Los temas son variados, escogidos en todo lo que acontece en nuestros días y acaso deba ser destacado para que se establezca el diálogo entre los ciudadanos. Entre otros, se elogia el movimiento cultural en Castelo Branco, pues «Devolvendo a cultura também se cumpre Abril», se repudia la ausencia de las conmemoraciones del 25 de Abril, en Castelo Branco, en el año 2000, se recuerda lo que es celebrar Abril, ensejo para las questões: Quem tem medo de Abril ¿Temem que se lembre a defesa do serviço público, actualmente posto em causa em quase todos os campos? Temem que se lembre que há outra forma de fazer política?; se arrojan propuestas para aperfeiçoar a democracia, el combate a la pobreza y al desequilibrio social; se aborda la desertificación del interior, el periodismo en Portugal, el racismo, la violencia, las prohibiciones de la Democracia y las nuevas censuras, la importancia del voto, la cuestión del aborto, las alianzas políticas; se rescata la memoria de Aristides de Sousa Mendes, desafiase, con propuestas, el poder político a evitar el olvido y se invoca el ejemplo de nuestro cónsul desobediente a Salazar, en nombre de la humanidad.

"Serei revolucionário? É como me sinto cada vez mais", escribe Luís Norberto Lourenço. Por mi, diré que él es una voz que nos motiva y un ejemplo de intervención cívica que nos enorgullece.

*Teresa Sá Couto
(original português publicado en http://comlivros-teresa.blogspot.pt a 07/03/2012)


Nota editorial:
Esta segunda publicação, de quatro, realiza-se a pensar na apresentação do livro no próximo dia 4 em Salamanca, ver aqui detalhes.

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